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No diálogo entre o pesquisador e seu outro, a alternância de perguntas e respostas, a perplexidade diante dos atos e discursos alheios, assim como os pontos de vista e valores em jogo, fazem da pesquisa um processo vivo de produção de sentidos sobre os modos de perceber e significar os acontecimentos na vida (JOBIM E SOUZA; ALBUQUERQUE, 2012, p. 116).

A realização deste trabalho possibilitou uma reflexão sobre o ensino de Artes Visuais em interface com a inclusão escolar. Ao longo dos capítulos anteriores, discutiu-se sobre o ensino do desenho para pessoas com deficiência visual, sendo possível revisar os estudos realizados na área da Educação Especial e apresentar uma proposição metodológica para esse ensino em uma perspectiva inclusiva.

O itinerário desta pesquisa apresenta algumas questões a respeito das quais se podem traçar algumas considerações. A partir da reflexão sobre o processo interventivo, compreende-se que a proposta Desenho e deficiência visual: uma experiência no ensino de Artes Visuais na perspectiva da educação inclusiva aponta limites e possibilidades na implementação de uma proposta multissensorial, articulando vidência e não vidência.

Entre os impasses enfrentados, podem-se destacar o processo de constituição do campo empírico como um dos primeiros desafios da pesquisa, bem como a escolha da turma e os horários para funcionamento das oficinas, pois o atendimento aos critérios elencados fazia-se necessário para desenvolver a intervenção. Nesse sentido, considera-se importante ressaltar a contribuição da equipe gestora e da equipe pedagógica em nos receber e não medir esforços para a realização da intervenção, fazendo com que a escola se efetivasse como campo de pesquisa.

Nesse aspecto, não se pode esquecer a contribuição da professora colaboradora, pois sem ela não teria havido o acesso à turma. Além disso, sua disposição em ajudar no que fosse necessário fez com que compartilhássemos, além do planejamento, os receios e as conquistas relacionados à turma. Além das aulas de Arte cedidas pela professora, a escola também ofereceu um horário que havia ficado vago na turma para a realização dos encontros, pois a rede estadual de ensino passava por um processo de reestruturação na carga horária dos

professores, naquele período. Essa abertura possibilitou a ampliação das condições relacionadas ao tempo e ao espaço com os alunos e foi fundamental para que se pudesse cumprir o cronograma de ações.

A escola vem demostrando esforços no que se refere à inclusão de alunos com deficiência, apresentando êxito em alguns aspectos, como a iniciativa e abertura para a formação continuada, no entanto, apesar do empenho, ainda observam-se alguns impasses entre o grupo, relacionados ao distanciamento entre os discursos e as práticas da inclusão escolar, revelando esse processo, ainda, como contraditório, diante dos desafios enfrentados no contexto escolar.

Essa situação demanda a ampliação de ações de aperfeiçoamento na formação continuada, em conformidade com os estudos que apontam a inclusão escolar como um processo, a qual “deve ser gradativa por ser necessário que tanto os sistemas de Educação Especial como os do ensino regular possam ir se adequando à nova ordem” (BUENO, 1999, p. 12). Nessa perspectiva, o autor afirma, ainda, que se faz necessário construir práticas políticas, institucionais e pedagógicas que garantam o incremento da qualidade do ensino que envolve não só os alunos com necessidades educativas especiais, mas também todo o aluno do ensino regular.

É importante ressaltar que, como apontado nesta investigação, já existem relevantes estudos sobre o desenho em interface com a deficiência visual, porém são contribuições que se inserem, especificamente, no campo da Educação Especial. Esta pesquisa, por sua vez, foi desenvolvida na perspectiva da educação inclusiva, contemplando alunos videntes e não videntes, por isso, a escolha dos materiais e o planejamento da sequência didática se apresentaram como um processo em construção durante toda a pesquisa. Tal fato, de início, causava angústia, por receio diante da ausência de estudos que indicassem formas de proceder com o ensino do desenho contemplando vidência e não vidência. Porém, os estudos teóricos realizados ao longo da pesquisa e as experiências práticas realizadas por meio do tateamento experimental no grupo de estudos que gravitam em torno do projeto de pesquisa Arte e Deficiência: os processos educacionais e estéticos de pessoas com deficiência em contextos escolares e não escolares, vinculado ao PPGEd/UFRN, possibilitaram traçar estratégias compatíveis com a proposta da intervenção.

Com a colaboração de muitos parceiros na pesquisa, foi possível superar os desafios que foram surgindo ao longo do percurso investigativo, porém, compreende-se que existiram limites em nossa atuação. Entre eles, podemos citar o tempo reduzido para o aprofundamento de conceitos do componente curricular de Artes Visuais, a necessidade de ampliação do tempo para planejamento coletivo com a professora colaboradora e a impossibilidade de retomar o trabalho no ano posterior, pois a turma havia sido desmembrada.

Diante do que se está discutindo, não se tem como pretensão apresentar conclusões estanques, mas sim, apontar possíveis estratégias de ensino de desenho no contexto da inclusão escolar, compreendendo que “uma proposta pedagógica é um caminho, não é um lugar. Uma proposta pedagógica é construída no caminho, no caminhar. Toda proposta pedagógica tem uma história que precisa ser contada. Toda proposta contém uma aposta” (KRAMER, 1997, p. 19).

Nessa perspectiva, o itinerário desta pesquisa aponta algumas contribuições à prática pedagógica do ensino de Artes Visuais no contexto da inclusão, a partir da pesquisa-intervenção realizada. Respondendo a questão de estudo e o objetivo geral desta investigação, comprovou-se que é possível construir uma abordagem de ensino de desenho envolvendo alunos videntes e não videntes no contexto da classe comum do ensino regular, a partir de oficinas pedagógicas que mobilizem as expressões tátil, corporal e gráfica, defendendo, inclusive, a adoção da abordagem multissensorial como uma possibilidade de enfoque pedagógico que não se restrinja à presença de alunos com deficiência visual.

Este estudo promoveu a identificação das experiências escolares e culturais dos alunos relacionadas ao desenho e, por meio das oficinas realizadas, foi possível lhes oferecer a oportunidade de ressignificar a produção gráfica do desenho no contexto escolar. Por meio dos estudos teóricos e práticos, formulou-se o delineamento de uma sequência didática de ensino de desenho na perspectiva da educação inclusiva a partir da qual foram potencializadas as interações entre os alunos da turma, as quais passaram a ocorrer com mais frequência durante a intervenção, em um processo colaborativo de aprendizagens. Também foi possível proporcionar experiências multissensoriais, associando a mobilização do corpo e do tato como aspectos intrínsecos à leitura e à produção do desenho tátil-visual, antes não experimentado pela turma.

Nesse sentido, mediante este estudo, pode-se apresentar a indicação de possíveis materiais adaptados para o trabalho pedagógico para grupos de alunos com esse perfil, indicando que eles podem ser construídos no próprio processo de ensino e aprendizagem, a partir de recursos simples e acessíveis na própria escola ou no seu entorno. Os recursos utilizados, como as caixas vazadas, as miniaturas, os diferentes tipos de lápis e papéis, foram indicando, no decorrer da execução da proposta, que a sua funcionalidade depende das respostas dadas pelos alunos durante as oficinas, as quais nos fizeram refletir sobre a ação interventiva desenvolvida na escola, redimensionando-a, sempre que se fez necessário. A partir dessas observações, foram escolhidas as miniaturas, propostos os jogos corporais de estátua e formuladas as interações entre o grupo, tendo a multissensorialidade como aspecto central na produção e na apreciação dos desenhos na escola.

A partir desta investigação, marcada por estudos, pesquisas, debates e experiências, ressignificamos nosso olhar para a inclusão escolar de alunos com deficiência visual na rede comum de ensino, compreedendo-a como um processo em construção, marcado por tensões, contradições, desafios e conquistas ocorridas no chão da escola, por meio da formação continuada e da abertura para conhecer o outro e conhecer a si mesmo.

Sendo assim, espera-se que este estudo possa contribuir para a ampliação das discussões relacionadas à área do ensino de Artes Visuais em interface com as deficiências, sobretudo a deficiência visual, principalmente suscitando diálogos no contexto da escola regular, para que assim, possa promover novas perguntas, construir novos itinerários e traçar novas propostas na perspectiva da educação inclusiva

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ANEXO A – CRONOGRAMA DE ENCONTROS COM A TURMA – 7º ANO C

DATA ENCONTROS ATIVIDADES PROPOSTAS

10/10/2013

Quinta-feira 1º encontro Apresentação da proposta à turma: 7º ano C. E. E. A. Newton Braga – Alecrim, Natal/RN.

23/10/2013

Quarta-feira 2º encontro Levantamento das experiências culturais e escolares dos alunos com o desenho – Entrevista coletiva.

24/10/2013

Quinta-feira 3º encontro Oficina de desenho: “objetos do cotidiano”.

30/10/2013

Quarta-feira 4º encontro Oficina de desenho: “objetos do cotidiano”.

06/11/2013

Quarta-feira 5º encontro Oficina de desenho: “corpo humano”.

20/11/2013

Quarta-feira 6º encontro Oficina de desenhos preferidos.

Entrevista individual com alunas cegas.

27/11/2013 Quinta-feira

7º encontro Oficina de desenho: “abstração e movimento”.

28/11/2013

Quinta-feira 8º encontro Entrevista e avaliação coletiva.

Discussão e reflexão sobre as atividades propostas nas oficinas.

05/12/2013

Quinta-feira 9º encontro Exposição das produções gráficas tátil-visuais dos alunos à comunidade escolar.

06/12/2013