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CONSIDERAÇÕES FINAIS A ARTE NÔMADE DO TÉDIO

Só proponho alimentar seu tédio. Para tanto, exponho a minha admiração. Você em troca cede o seu olhar sem sonhos à minha contemplação: Antônio Cícero No século XXI, estudar a poética de João Gilberto Noll é propiciar a descoberta de vertentes e discussões que se iluminam com teorias contemporâneas, até então não incluídas nas perspectivas das teorias da literatura. Mas, graças ao descentramento discursivo pelo qual se tem passado no campo do pensamento ocidental, torna-se atual a análise de sua obra, a busca de novas texturações de sua produção poética. Textura e intensidade colocam a importância desse estudo para além da circunscrição de textos e intertextos para essa fabricação textual, que, no sentido de Deleuze e Guattari (2012), traz não só o signo verbal como fator estruturante, mas também outros signos (música, cinema, pintura), que se permutam entre si, exigindo do leitor a não fixação em um único ponto de referências, colocando-o no contexto de múltiplas intertextualidades compondo o mosaico da obra nolliana.

Mostra-se, ao leitor, necessário investir nos constantes deslocamentos de significância e subjetivação, posicionando-se nas conexões, às vezes imprevisíveis, entre os elementos que emergem nos espaços de leitura do romance Harmada; como, assim, faz-se extremamente significativa a leitura realizada nesta dissertação como outra escuta, que observa os núcleos motívicos que ficaram encobertos ou tomados como irrelevantes nas práticas da crítica nacional canônica.

Percebemos, também, que o romance se situa nos novos impasses do contemporâneo, por exemplo: a compreensão do plano de composição do romance se faz pela percepção do leitor-crítico, entendendo-se que sempre se tem visões que são disparadas pelo objeto, mas nunca captados em sua totalidade, contrariamente ao estabelecido pelas leituras e pela crítica canônica. Para acompanhar a multiplicidade rizomática que se processa no romance nolliano, acionamos a noção de nomadismo deleuzeano e a de escritura derridariana para revelar em

Harmada, a pluralidade dos seres, o ―eu‖ narrador desterritorializado, os signos em trânsito, a

máquina de guerra literária, traçando cartografias e paisagens rasuradas, rasgadas,

impactando a linguagem.

Nesta linha de fuga, os capítulos expuseram essa mobilidade da conjuntura textual de Noll, assim como, um modo de leitura da escritura nolliana. Esta se encontra no pêndulo de uma escrita impossível e as possibilidades da escrita, armando uma tríade: escritura, tédio, nomadismo, articulado ao movimento de escritor-personagem-leitor nômade no espaço do tédio como ócio criativo, atuando como paradoxo do nomadismo. A escritura de Noll é movida nos intervalos de letargia e fúria nomádica, gerando Harmada, mostrando, ao leitor, que a coragem para a vida se mede com a audácia da leitura da obra de nolliana.

O tédio presente na escritura e produzido, de certo modo, por ela, nos lança-nos em nomadismos. Em outras palavras, a escritura abre espaços de derrisão, que ora se faz ora é tecida pela potência do tédio como compreendeu a fenomenologia heideggeriana, conforme Svendsen (2006, p. 138): ―o tédio é tão radical que é capaz de promover uma reviravolta para a autenticidade‖. Ou então, os deslocamentos provocados pela envergadura do tédio, põem em tensão a ficção da escritura, promovendo, assim, os nomadismos nollianos. Com esse entendimento, chegamos a identificar na escritura nômade de Harmada três instâncias moventes nos espaçamentos da linguagem de Noll. Primeiro, no plano da escritura plasmada pela linguagem inventada pelo autor; segundo, o personagem-narrador protagonista; e, por último, os planos da leitura e do leitor.

Estas instâncias são engendradas ao desenrolar do fio da linguagem, no espaço do tédio como provocação ao sistema econômico capitalista e social que reverencia a utilidade da produção em massa. A linha do tédio potencializando as multiplicidades do ato de escrever, mobilizam linhas de fuga literárias para desconstruir o modelo romanesco realista, denotando intersecções daquelas instâncias que provocam escoamentos desordenadores da escrita literária, problematizando o ser, o uno e o sublime; os ditames da sociedade sob o signo do lucro capital, ao passo que revelam a crise da linguagem, consequente crise do sujeito- escritor, em consonância com a crise da arte.

Quanto ao autor João Gilberto Noll, temos um escritor também em crise, plasmado em suas múltiplas interfaces, sobretudo com as artes; interface, cuja teoria pós-estruturalista como instrumental revelam um sentido preciso, mas também inabitual. Procuramos não fazer uma metalinguagem, mas colocar no mesmo campo ou domínio uma reflexão ensaística a respeito do movimento textual e o objeto artístico Harmada no ângulo do tédio relacionado ao nomadismo produzido pela linguagem.

O objeto da arte, Harmada, cria com o leitor partilhas do sensível que entram em relações de ressonância mútua intrínsecas a cada domínio, uma repercutindo na outra: texto literário e noções teóricas. Nesse sentido, procuramos considerar as linhas de fuga da arte nolliana pontuando as instâncias nomádicas em cada capítulo. Destacamos que não aplicamos Deleuze e Derrida ao campo literário, o que seria inócuo, mas apreendemos ressonâncias, relações de troca possíveis entre o fluxo de escrita de Noll e os conceitos dos pós- estruturalistas. Essa atitude crítica se justifica por razões intrínsicas ao romance em estudo. Este produz uma indecibilidade que não é apenas um efeito de superfície ou de estilo, é resultado de uma desconstrução da arquitetura da escrita, na qual detectamos um devir-Noll em Deleuze e Guattari e um devir-Deleuze-Derrida em Noll. Plano de correlações que situa nossa dissertação com o conceito central do nosso trabalho: o de nomadismo.

Compreendendo o nômade não necessariamente como aquele que se desloca, que não equivale ao movimento extensivo, mas que se trate de uma certa velocidade, pois que a velocidade, ela mesma, não implica numa rapidez, no sentido que denota o célebre verso do poeta russo Vladimir Maiakóvski: ―Melhor morrer de vodca do que de tédio‖. Porém, trata-se justamente de um movimento intensivo, no qual a intensidade é uma exploração de níveis, que se trata de uma viagem como acontecimentos de intensidades, ou seja, o efeito de presentificação para o leitor. Em síntese: notamos na travessia do personagem desde a metáfora da criação do anti-mítico-adão na cena de abertura do romance, passando pela sua viagem de busca, que a ―falta‖ promove a sua precária insistência em viver e reinventar-se pelas possibilidades da arte.

A escritura nômade é potencializada pelo tédio, na medida em que abre-se como espaço de ócio criativo. Sendo esse espaço de não fixidez, anti-sedimentação, escrita como campo de multiplicidade que apontam as diferenças poéticas do por vir em Noll, como destacamos nos aspectos da escritura nômade e a presença do tédio em nossa leitura ensaística. Dessa forma, corroboramos com o projeto literário de questionamentos da linguagem e dos limites da prosa-ficcional trabalhados pelas singularidades do fazer artístico de João Gilberto Noll em Harmada.

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