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Um dos principais objetivos perseguidos na presente pesquisa foi analisar os efeitos da informação na governança das rendas do petróleo. Entre as primeiras questões de pesquisas levantadas estávamos interessados em entender como a presença de recursos extraordinários poderia afetar as preferências e expectativas dos eleitores em relação a provisão de bens públicos e na avaliação dos seus respectivos governantes. Um passo anterior para verificar essa questão estava, entretanto, atrelado a necessidade de verificar o nível de informação que eleitores possuíam em relação à presença dessas receitas no seu município. Verificamos, portanto, se choques de receitas de recursos naturais poderiam alterar o comportamento dos eleitores.

Dois principais conjuntos de teorias foram apresentados ao longo do trabalho. O primeiro deles correspondeu à teoria da maldição dos recursos naturais, que defende a existência de uma série de efeitos deletérios da presença das rendas de recursos naturais não antecipados para os ambientes institucionais. O segundo enfatizou a importância e os efeitos da informação no comportamento de eleitores. Nesse sentido, mostramos vários estudos teóricos e empíricos com resultados bastante consistentes em relação aos efeitos positivos de uma cidadania mais informada para a governança política.

Entretanto, a despeito das nossas expectativas iniciais e de alguns dos postulados desse último conjunto de trabalhos, os resultados encontrados no experimento parecem indicar que as novas informações fornecidas pela pesquisa não tiveram grande impacto no comportamento dos eleitores, permanecendo abertas as questões propostas com o objetivo de identificar efeitos causais para as explicações dos microfundamentos da teoria da maldição dos recursos naturais.

Perceber que existe uma associação entre eleitores mais bem informados e mais insatisfeitos na presença de rendas do petróleo serve como um indicativo de que os choques dessas receitas parecem alterar as expectativas dos eleitores em torno das políticas públicas que esperam receber. Sugere, inclusive, que esses eleitores também esperam colher o fruto dos choques das rendas de petróleo no seu município. Nesse sentido, os dados da pesquisa ajudam a elucidar e destacar a importância da disponibilização de informação em ambientes ricos em recursos naturais. E sobretudo, oferece destaque para o fato de que, conscientes da presença dessas receitas, a capacidade de punir e premiar os políticos é salientada.

Assim, ressaltamos que os resultados aqui encontrados precisam ser interpretados em conjunto, tanto em relação às duas etapas da pesquisa, como em relação a outras investigações empíricas sobre os efeitos de petróleo e gás no Brasil. Dessa forma, se analisarmos nossos resultados em conjunto com os achados de Monteiro e Ferraz (2012) e Bhavnani e Lupu (2016), podemos contribuir para uma hipótese informacional em que a presença de rendas do petróleo de fato alteram as preferências dos eleitores, os quais passam a punir os representantes políticos na medida em que atualizam suas preferências diante do conhecimento de que o município está recebendo recursos adicionais, e por outro lado não observa a capacidade dos prefeitos de realizar uma entrega proporcional em termos de provisão de bens públicos. Nesse sentido, os dados revelaram que os eleitores de municípios produtores de petróleo e gás tendem a ser conscientes quanto à presença dessas receitas. Tais resultados são corroborados tanto pela análise dos dados descritivos, como pelos testes das regressões que evidenciam consistentemente a relação entre ser produtor e seu impacto na avaliação dos eleitores em relação ao desempenho e satisfação com serviços públicos.

O repertório informacional dos eleitores também se mostrou consistentemente associado à percepção de desempenho dos serviços públicos e dos prefeitos e a outras variáveis de interesse investigadas na pesquisa. Salientando assim a importância da informação no comportamento dos eleitores.

Outrossim, os eleitores apresentaram comportamentos bastante consistentes nas variáveis investigadas no experimento. Nas situações em que as avaliações dos eleitores, em relação aos serviços públicos ou desempenho dos prefeitos, foram mais positivas, o efeito da informação também foi positivo (quer seja do tratamento, quer seja das informações prévias – sobre royalties ou informação política). Em geral, em todos os modelos, e também nos resultados do survey, pudemos observar claro efeito exercido pelo nível de informação do eleitor no seu julgamento sobre a qualidade dos serviços públicos e dos políticos.

Poderíamos questionar tais resultados se nos apegássemos à análise estrita do efeito das nossas manipulações, dado, entre outras coisas, os trabalhos empíricos que confirmam os efeitos da informação sobre as atitudes dos eleitores, bem como nossas hipóteses iniciais. Ressaltamos, todavia, que devemos analisar com cautela esses resultados, e à luz de referências complementares. É possível que os eleitores investigados tenham se visto em uma situação de conflito e incongruência entre as informações que já possuíam (fruto da sua observação empírica direta) e o choque de informação recebido

pela pesquisa. A queda na produção de petróleo no estado do Rio de Janeiro, bem como a baixa vivenciada nos últimos anos no preço do barril do petróleo são choques de informações amplamente disseminados que podem se somar aos dos eleitores já obtidos pela observação direta. Tais fatos podem ter contribuído para que alguns eleitores tenham confrontado seu repertório informacional e tenham refutado informações novas fornecidas pela pesquisa e incompatíveis com suas crenças iniciais. Rennó (2004), em trabalho citado anteriormente, também destaca o papel desempenhado pelas predisposições individuais nas escolhas dos eleitores.

Nesse sentido, Zaller (1944) chama atenção para o papel interveniente desempenhado pelas predisposições na relação entre as comunicações que as pessoas encontram na mídia de massa, de um lado, e suas declarações de preferências políticas, de outro. Nas palavras desse autor, “as pessoas tendem a resistir a argumentos inconsistentes com suas predisposições políticas, mas só o fazem na medida em que possuem a informação contextual necessária para perceber uma relação entre a mensagem e suas predisposições” (1992, 44). Ou seja, quando os eleitores estão bem informados, eles tendem a reagir criticamente à informação política de fontes externas e, portanto, apresentam comportamentos mais consistentes com suas crenças anteriores e também ao longo do tempo.

Pereira e Melo (2015), analisando dados de eleições municipais brasileiras, corroboram o axioma proposto por Zaler (1944, p. 44). Esses autores analisaram o impacto da corrupção na decisão de eleitores de punir ou não prefeitos. Segundo os dados apresentados, quando o Tribunal de Contas rejeita as contas de um prefeito a probabilidade de este ser reeleito diminui em 29%. Entretanto, quando essa relação é analisada à luz dos gastos públicos em políticas como saúde, educação e saneamento, o efeito negativo da exposição da corrupção desaparece. Como esses autores interpretaram esses resultados? Argumentam pela existência de informações conflitantes, uma informação obtida pelo eleitor pela sua exposição direta e outra informação recebida de um canal externo. Tais informações são incongruentes na exata medida em que, enquanto o Tribunal de Contas fala que o prefeito pode ser corrupto, esse mesmo prefeito implementou uma série de políticas públicas que melhoraram a qualidade de vida. Imagine a situação de um eleitor que mora em determinada comunidade onde a qualidade de vida de fato melhorou (transporte, saneamento, segurança, etc.). Todavia, vem o Tribunal de Contas e diz que esse prefeito é corrupto. A informação que o eleitor recebe diretamente está numa direção e a informação recebida pelo Tribunal de Contas em uma

direção oposta. Nesse sentido, segundo os autores, os eleitores tendem a ignorar pistas externas incongruentes com suas crenças anteriores.

Nesse sentido, os resultados aqui apresentados também podem ser interpretados a partir dessa lógica: por um lado, os eleitores possuem informações prévias coletadas a partir de suas experiências diárias na utilização dos serviços públicos; ao receberem informações externas (fornecidas por uma pesquisa promovida por uma instituição que talvez o eleitor desconheça), eles podem simplesmente rejeitar tal informação. Por outro lado, se estou muito satisfeito com os serviços públicos ou muito insatisfeito, as minhas avaliações podem igualmente não ser afetadas por novas informações. Assim, as informações fornecidas que vão de encontro às avaliações retrospectivas dos eleitores podem tê-los levado a desconsiderar as informações fornecidas pela pesquisa.

Adicionalmente, os resultados aqui encontrados corroboram com uma série de conclusões de pesquisas anteriores, especialmente no que tange ao comportamento de eleitores. Por exemplo, a consistência na relação entre avaliação de desempenho das políticas públicas e desempenho dos prefeitos e propensão em recompensar ou punir os políticos é consistente com outros trabalhos apresentados pela literatura (Carreirão, 2008; 2009; Rennó et al., 2011), bem como com outros trabalhos, os quais revelaram mecanismos bastante sofisticados pelos eleitores em termos de respostas a políticas públicas (Bechtel & Hainmueller, 2011; Manacorda, Miguel & Vigoto, 2010).

Em princípio, uma importante preocupação da pesquisa esteve voltada para buscar entender as preferências dos eleitores quanto às suas expectativas em relação a aplicação das receitas dos royalties e políticas públicas decorrentes. Por dificuldades metodológicas de mensurar diretamente esse construto acabamos apenas tangenciando a questão. Entretanto, entendemos a pertinência dessa agenda de pesquisa e deixamos como sugestão e desafio para pesquisas futuras.

Outro aspecto relevante para melhorar a compreensão dos microfundamentos da teoria da maldição dos recursos naturais relaciona-se aos mecanismos que atuam no comportamento dos políticos, agenda ainda não investigada diretamente pelos trabalhos na área.

Destacamos também que a própria agenda de pesquisa aqui iniciada necessita ser ampliada, pois apenas começamos a delinear alguns contornos iniciais em termos de explicação dos fenômenos. E, em virtude de nossas limitações em relação à seleção da amostra, nossos resultados, em que pese possam fornecer pistas para melhor entendimento das relações sob análise, carecem de poder de generalização.

Por fim, os resultados aqui encontrados apresentam forte congruência com os achados de trabalhos anteriores, tanto em relação à investigação de aspectos ligados à teoria da maldição dos recursos naturais, como na literatura sobre informação política e determinantes da decisão eleitoral. Os achados da pesquisa indicam, em um primeiro momento, que a presença de royalties do petróleo não esteve acompanhada de melhor avaliação dos eleitores a respeito da provisão de serviços públicos, indicando para existência de uma associação negativa entre ser um município produtor de petróleo e gás e satisfação dos eleitores com o trabalho desenvolvido pelas governantes. Entretanto, tal relação se torna mais forte quando eleitores têm consciência da presença dessas receitas em seu município. Em outras palavras, uma vez informados de que seu município tem sido beneficiado com receitas do petróleo e gás, os eleitores atualizam suas expectativas em torno da provisão de bens públicos e esperam experimentar melhorias na aplicação dessas receitas na prestação de serviços públicos.

Outro aspecto, salientado por nossos resultados, diz respeito à forma como eleitores processam informações de fontes externas, contribuindo assim para ampliar o entendimento prático de como eleitores atualizam suas crenças anteriores e quais variáveis são importantes nesse processo de obtenção de informações. Uma outra contribuição, esteve relacionada ao entendimento sobre como eleitores tendem a punir ou premiar os governantes a partir da avaliação que fazem da prestação de serviços públicos, bem como da avaliação do desempenho dos políticos. Em relação à teoria da maldição dos recursos naturais, nossos achados ajudam a ressaltar a importância da disseminação de informação, para, pelo menos em alguma medida, deter os efeitos deletérios da exploração de recursos naturais para os ambientes institucionais.

Assim, pudemos verificar que, apesar de não barrar totalmente comportamentos desviantes dos governantes, eleitores conscientes sobre o recebimento de receitas provenientes da exploração de recursos naturais podem mais facilmente atualizar suas expectativas em relação à oferta de políticas públicas; e quando observado que a maior disponibilidade de receitas não é congruente com uma correspondente capacidade do político de ofertar mais serviços públicos, esses eleitores tendem a punir eleitoralmente seus representantes políticos. Assim, a informação parece, de fato, ter um papel de destaque no controle político, ainda que em contextos ricos em recursos naturais.

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