CONSIDERAÇÕES FINAIS

Indiscutivelmente, toda e qualquer espécie viva necessita de água para o seu desenvolvimento, dessa maneira é extremamente necessário o desenvolvimento de técnicas de convivência com a seca que cerca o semiárido. A criação de infraestruturas hídricas para minimizar os problemas da população, assumiu uma grande importância no Nordeste, onde se concentram os mais baixos índices de qualidade de vida do país.

A força de trabalho na região é baseada principalmente na agropecuária, prática esta que demanda o consumo de água de forma demasiada. Dessa forma, é irrefutável a importância que os reservatórios exercem sobre a população que convive com a seca, pois, os mesmos proporcionam o desenvolvimento do local em que estão inseridos, bem como favorecem a realização de inúmeras atividades, visto que é um direito de todos, usufruir de forma consciente dos múltiplos usos que a água proporciona.

Entre os mais diversos usos de água o mais importante sem dúvida é o abastecimento, lamentavelmente a questão do abastecimento de água no açude Prazeres é tratado com descaso por parte dos órgãos municipais e estaduais, visto que o reservatório não dispõe de uma estação de tratamento de água adequada, evitando que a população possua acesso a água potável de qualidade. Dessa forma, há a necessidade da criação de uma estação de tratamento, para que assim, esse recurso que é primordial para a manutenção da vida não apresente nenhum risco à saúde humana.

No entanto, é necessário também que a população tome consciência, contribuindo para a preservação dos mananciais. A construção do açude Prazeres no distrito de Cuncas proporcionou o desenvolvimento da região e possibilitou a prática da agricultura, que é responsável pelo sustento de inúmeras famílias, como também facilitou o acesso à água para a população de outros distritos do município do Barro-Ce.

Para um melhor aproveitamento das águas do reservatório, seria interessante incentivos por meio do governo municipal e estadual de projetos voltados para a agricultura e piscicultura, pois muitas famílias não possuem condições financeiras de adquirir equipamentos para a irrigação do seu plantio, a prática da piscicultura também permitiria outro aproveitamento da água do açude, a fim de melhorar a economia presente na região. O lazer no açude Prazeres poderia ser intensificado com a criação de infraestruturas localizadas próximo ao reservatório, como por exemplo, a criação de restaurantes ou até mesmo

balneários, entretanto, seria de suma importância o cuidado da população e dos órgãos municipais para não poluir o seu entorno.

O açude Prazeres é o maior reservatório de água do município de Barro-Ce, possuindo uma importante influência na bacia do rio Salgado, a construção dessa infraestrutura hídrica proporcionou melhores perspectivas para os sertanejos desacreditados do distrito de Cuncas, que convivem frequentemente com o fenômeno das secas.

46

REFERÊNCIAS

Águas doces no Brasil: capital ecológico, uso e conservação/ Aldo da Cunha Rebouças, Benedito Braga, José Galizia Tundisi (org.) -3ª Ed.- São Paulo: Escrituras Editora, 2006.

Administrando a água como se fosse importante: gestão ambiental e sustentabilidade/ Ladislau Dowbor, Renato Arnaldo Tagnin (organizadores). - São Paulo: Editora SENAC. São Paulo, 2005.

ANA, Agência Nacional de Águas. Legislação básica. Brasília, 2007. Disponível em: <http://www.cbcs.org.br/userfiles/download/LIVROAGENCIANACIONALDEAGUAScd_L B2.pdf> Acesso em:27 set. 2019.

BRASIL. Resolução CONAMA n.º 357, de 17 de março de 2005,

Disponível em :<http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459> Acesso em: 19 set. 2019.

CAMPOS, José Nilson B. Secas e políticas públicas no semiárido: ideias, pensadores e períodos. Programa de Recursos Hídricos, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza/CE, Brasil.Estud. av. vol.28. São Paulo Oct./Dec. 2014 Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142014000300005> Acesso em:02 set. 2019.

CAMPOS, J. N. B. A evolução das políticas públicas no Nordeste. In: MAGALHÃES,A. R. A questão da água no Nordeste. Brasília: CGEE, 2012. p.261-87.

CARVALHO, D. F.; MELLO, J. L. P.; SILVA, L. D. B. Hidrologia: irrigação e drenagem. 2007. Disponível em:

<http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/jorge/downloads/APOSTILA/LICA%20Parte%201.pdf .> Acesso em: 12 set. 2019.

DUMAZEDIER, Jofre (1976) Lazer e cultura popular - Debates, São Paulo: Perspectiva,

2000.

FITZ, Paulo Roberto. GEOPROCESSAMENTO SEM COMPLICAÇÃO / Paulo Roberto Fitz. – São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

GERHARDT. Tatiana Engel. SILVEIRA. Denise Tolfo (org.)Métodos de Pesquisa. Editora da UFRGS. Porto Alegre, 2009. Disponível em:

<https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/52806/000728684.pdf?sequence=1>

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Carlos Gil. - 6. Ed. - São Paulo: Atlas, 2008. Disponível em: <https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil- a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf> Acesso em: 15 out. 2019.

Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará IPECE. Perfil municipal de Barro- Ce 2017. Disponível em :<https://www.ipece.ce.gov.br/wp-

content/uploads/sites/45/2018/09/Barro_2017.pdf> Acesso em: 01 out. 2019

InstitutoBrasileiro De Geografia e Estatísticas (IBGE). IBGE. Censo2010. Disponível em:<https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ce/barro.html> Acesso em: 01 out. 2019

JUSTINIANO, Eduardo. Félix, Registro Fotográfico. In: Praticando a Geografia: Técnicas de Campo e Laboratório em Geografia e Análise Ambiental. VENTURI, Luís Antônio Bitta (Org.) São Paulo: Oficina do Texto. 2005. P. 178- 190

LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica1 Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos. - 5. Ed. - São Paulo: Atlas 2003.

OLIVEIRA, P. Recursos Hídricos. In: Recursos naturais e meio ambiente: uma visão do Brasil / IBGE. Departamento de Recursos Naturais e Ambientais- 2. Ed.- Rio de Janeiro. IBGE. 1996. 205 p.

REBOUÇAS, Aldo Uso inteligente da água / Aldo Rebouças. -São Paulo: Escrituras Editora, 2004.

SANTOS, M. A natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. Ed. São Paulo: Editora da USP, 2006.

Plano De Ações Estratégicas De Recursos Hídricos Do Ceará. Disponível em

:<https://www.srh.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/90/2018/07/PLANO-DE-ACOES- ESTRATEGICAS-DE-RECURSOS-HIDRICOS-CE_2018.pdf> Acesso em: 25 set. 2019

Plano Nacional de Recursos Hídricos. Programas nacionais e metas: volume 4/ Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Recursos Hídricos. Brasília: MMA, 2006.

Portal Hidrológico do Ceará.Volume Armazenado – Reservatórios. Disponível em:<http://www.hidro.ce.gov.br/acude/nivel-diario>Acesso em: 01 out. 2019.

TUNDISI, José Galizia. Água no Século XXI: Enfrentando a Escassez. -São Carlos: RiMa, IIE, 2. Ed., 2005.

48

VIANNA. P. C. G. A água vai acabar? In: In ALBUQUERQUE, Edu. Silvestre. (Org.). São Que país é esse? Paulo: Globo, 2005. p.343-370.