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O diálogo Górgias apresenta uma série de nuanças que podem ser desveladas numa leitura acurada e ativa. Várias questões são postas no decorrer da obra, embora consideremos que o seu cerne é discutir sobre a retórica sofística. E como percebemos isso? A começar pelo contexto da obra, que era permeado por diatribes no cenário político de Atenas, encabeçado, principalmente por sofistas. Sendo assim, Platão estava atento ao estilo de argumentação empregado pelos retóricos. Ao desenvolver os personagens do diálogo, não foi à toa que escolhera Górgias, figura histórica, reconhecida por ser um dos grandes mestres da retórica sofística, para começar o diálogo com Sócrates sobre o cerne da retórica.

Observamos que o personagem Górgias, coadunado com seu contraparte histórico, certamente bastante conhecido por Platão, defende que a retórica é produtora de persuasão nos ambiente públicos e, faz parte da mais bela arte. Compreendemos que este é ponto inicial da ferrenha discussão que se desenvolve no diálogo em questão. Sócrates argumenta que são várias as artes que possuem a persuasão em seu cerne.

Dos personagens que debatem com Sócrates no diálogo, o que se apresenta logo, de forma abrupta e inconstante é o jovem Polo, discípulo de Górgias, que pretende defender seu mestre das questões levantadas por Sócrates. E quais as conclusões que chegamos ao estudar o debate entre estes dois personagens? Reconhecemos que Platão estabelece entre Sócrates e Polo um questionamento acerca da qualidade de arte atribuída à retórica. A construção da discussão entre os dois personagens é claramente dominada por Sócrates, que primeiramente estabelece que a retórica não é uma arte. Vemos com isto, que Sócrates estabelece um conceito de arte que se distancia dos demais personagens. Enquanto eles veem arte como uma parte da experiência, Sócrates estabelece que tem a técnica o artífice que tiver um domínio específico. Como a retórica defendida pelos seus interlocutores admite ter sucesso sobre os vários tipos de arte, mas sem possuir nada específico, Sócrates destitui a retórica de seu status albergado pelos outros.

Polo, em toda sua jovial impaciência passa a questionar a Sócrates sobre o que seria a retórica, senão uma arte? Vemos aqui que, Platão constrói seu ponto de vista

71 sobre a retórica dos sofistas e considera que ela não passa de pura prática produtora de lisonja, que não está preocupada com a verdade.

Ademais, compreendemos que o Górgias aproxima a filosofia da retórica, apesar de, num primeiro momento parecer que ambas são absolutamente opostas. Falamos sobre a persuasão. Numa leitura acurada do texto, percebemos que Sócrates incute a necessidade de uso da persuasão tanto na filosofia, que é motivada pela verdade, quanto na retórica, engajada em discurso erísticos. Estabelece assim, que há duas espécies de persuasão.

Instituídas as espécies de persuasão, a discussão com Polo se conflita mais ainda, até a chegada de Cálicles, e o tema muda para questões morais de convivência nas poleis, bem como a utilidade da filosofia. Entretanto, foi intuito deste trabalho versar sobretudo sobre a persuasão e seus mecanismos.

Então, levantamos o seguinte questionamento: é possível no diálogo Górgias determinar que há mecanismos que servem às duas espécies de persuasão? Compreendemos nos elementos dialógicos empregados pelos personagens que, paradoxalmente, neste diálogo em si, não ocorrem. Percebemos que Platão vai se preocupar se a filosofia também vai conseguir persuadir quem propõe. Nesse sentido, reconhecemos os elementos nodecorrer das discussões.

O primeiro elemento é o kairós, traduzido por nós como tempo oportuno e, que já era estudado à guisa do pensamento platônico e deve ocorrer para que quem pretende persuadir, possa reconhecer a hora e o tempo certo de falar ou calar-se. Entretanto, no Górgias, desde o primeiro passo, Platão destituiu seus personagens de kairós, sendo também o primeiro fator de insucesso do diálogo.

Em seguida, vimos que durante as querelas disputadas pelos vários personagens, Sócrates e, por conseguinte, Platão, institui que para que a verdade seja ali selada deve haver uma homologhia, um consenso entre as partes que dialogam. Acompanhamos todo o texto e percebemos que constantemente os personagens, e sobretudo Sócrates, passam a exigir constantemente o consenso do interlocutor. Vimos assim que, de acordo com nossa leitura, ancorada no próprio texto platônico e nos comentadores, estimular um consenso é um forte elemento de persuasão. Reconhecemos também que Platão colocara este elemento ausente na obra.

72 E por último, vimos que um forte elemento que serve para corroborar a persuasão é o sentimento de philia, interpretado por nós por amizade. Almas que compartilham este sentimento são mais estimuladas a serem persuadidas. Durante leitura do texto, observamos que Platão estabelece a amizade como forte elemento, que passa inclusive a ser aduzida por vários interlocutores no Górgias, mas que na verdade, nenhum dele expõe verdadeiramente um sentimento de amizade.

Em seguida reconhecemos que há um elemento, este sim bastante presente na obra, que serve de impugnante para a ocorrência da persuasão: a recalcitrância. Sobretudo na pessoa de Cálicles. O estabelecimento deste elemento é um entrave, mesmo diante de todas as estratégias retóricas, tanto empregadas por sofistas, quanto a empregada por Sócrates, a saber, a filosofia.

Apesar de ser um diálogo rico em detalhes, versando sobre retórica e persuasão, argumentamos que o Górgias é um diálogo que não houve diálogo e apesar da última tentativa de Sócrates de encetar a persuasão através do mito, isto não logra êxito, na medida em que os demais interlocutores já estão aquém de tudo o que Sócrates falar. Enfim, apesar de considerar o Górgias um diálogo que fracassou diante da persuasão de seus personagens, atribuímos que o gênio de Platão o fez de forma consciente, para abrir espaço para o que viria a ser a verdadeira retórica, a filosofia. Reconhecemos assim, que o Górgias enceta a primeira preocupação patente de Platão em relação à Retórica, que será reforçada em seu Fedro, aqui todos os elementos estimuladores de persuasão percebidos por este trabalho lograrão êxito.

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