• Nenhum resultado encontrado

Espera-se que este estudo sirva como ponto de partida para que a instituição reconheça a importância do ponto de vista da Arquivologia no quesito gestão de documentos. Levando em conta que a gestão de documentos não é só uma ferramenta e sim um recurso estratégico na modernização dos serviços governamentais e privados, observou-se que a questão mais grave é o espaço físico para armazenamento. Algo que poderia ser resolvida com a aquisição de mais salas, propiciando um tratamento mais apropriado para seus documentos.

Vale ressaltar a relevância do controle na produção dos documentos e dos arquivos dos demais setores, que deve existir durante todo o ciclo vital a fim de garantir o acesso às informações neles contidos.

Com a falta de técnicas de gerenciamento, fica perceptível a não aplicação por parte da instituição, da Teoria das Três Idades que consiste em classificar os documentos em três fases (conforme sua vigência e frequência de uso): arquivo corrente, intermediário e permanente.

Foi possível identificar o acúmulo de documentos nos setores de trabalho e a falta de um manual de serviços de arquivo que regulamente suas rotinas. O resultado disso é a falta de padronização, fazendo com que sejam usadas formas diferentes de armazenamento da documentação.

Quanto à conservação dos documentos, de modo geral, mesmo com a falta de um tratamento de higienização adequado, com vistas à sua preservação, a documentação encontra-se em bom estado físico.

Podemos considerar que, para o sucesso de uma política de gestão arquivística de documentos e para a estruturação de um sistema de arquivos na instituição faz-se preciso o aumento do quadro de funcionários especializados. Esses são alguns exemplos de pontos que precisam ser revistos e que sua alteração é algo que pode contribuir para a melhoria na funcionalidade do arquivo da PG-7.

Contudo, podemos contar com pequenos pontos positivos também. Apesar do setor de arquivo ter problemas graves, é possível perceber a preocupação em tentar garantir com grandes esforços o funcionamento do setor, cumprindo seu papel no que diz respeito à guarda e recuperação de informações. Porém, a ausência de pessoas com conhecimento na Arquivologia à frente da gestão do setor, dificulta execução de algumas atividades dentro do arquivo, principalmente as que envolvem infraestrutura.

Concluímos assim, que a PG-7 exerce atividade indispensável dentro da instituição. Apesar das dificuldades de aquisição quanto às ferramentas de trabalho necessárias, além das

carências de recursos humanos, hoje o Arquivo detém uma capacidade de grande fluxo informacional, tentando controlar e possibilitar o acesso aos usuários da instituição.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Cidália et al. Estudo de Caso. Métodos de Investigação em Educação. Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2008. Disponível em: < http://grupo4te.com.sapo.pt/estudo_caso.pdf>. Acesso em: 21 de abril 2016.

BERNARDES, Ieda Pimenta. Como avaliar documentos de arquivo. São Paulo: Arquivo do Estado, 1998. Disponível em: <http://www.arquivoestado.sp.gov.br/saesp/texto_ pdf_10_Como_Avaliar_Documentos_de_Arquivo.pdf.> Acesso em: 19 fev. 2016.

BRASIL. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão. Portaria nº 17, de 6 de

fevereiro de 2001. Disponível em: <

http://www.lexml.gov.br/urn/urn:lex:br:ministerio.planejamento.orcamento.gestao:portaria:20 01-02-06;17> Acesso em 24 jun. 2016.

BRASIL. Lei n. 8159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8159.html>. Acesso em: 18 jun.2016.

CARVALHO, Emanuel A. de. Manual do SICAJ/ manual do Usuário. V. único, Bahia, 2001. Disponível em: < http://docslide.com.br/documents/manual-sicaj.html> acesso em: 10 jul. 2016.

CONARQ. Conselho Nacional de Arquivos. Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004. Dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística de documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília – DF. Disponível em: < http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/legislacao/resolucoes-do-conarq/262-resolucao-n- 20,-de-16-de-julho-de-2004.html>. Acesso em 10 de novembro de 2008.

CONARQ. Conselho Nacional de Arquivos. Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007. Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos – e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília –

DF. Disponível em: <

http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm>. Acesso em 15 de novembro de 2008.

CONARQ (Brasil). Recomendações para a construção de arquivos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2000.

CORBIN, Juliet; ANSELM, Strauss. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (Brasil). Recomendações para a construção de

arquivos. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2000.

CRUZ, Emília Barroso. Manual de gestão de documentos / Texto de Emília Barroso Cruz. - . ed. rev. e atual.- Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, Arquivo Público Mineiro, 2013. 146 p.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

JARDIM, José Maria. O conceito e a prática da gestão de documentos. Acervo, Rio de Janeiro, v.2, n.2, p.35-42, 1987. Disponível em: < http://www.portalan.arquivonacional. gov. br/media/v.2,n.2,jul.dez.1987.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2016.

KOCK, Walter W. Gerenciamento eletrônico de documentos – GED: conceitos, tecnologias e considerações gerais. São Paulo: CENADEM, 1998.

PAES, Marilena Leite. Arquivo: teoria e prática. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1997.

RHOADS, James B. La función de la gestión de documentos y archivos en los sistemas

nacionales de información: un estudio del RAMP. Paris: UNESCO, 1983. (PGI-83 / WS /

21).

RHOADS, James B. The role of archives and records management in national

information systems. A RAMP study. Paris: UNESCO/UNISIST, 1989.

SANTOS, Vanderlei Batista dos. Gestão de Documentos Eletrônicos: uma visão

arquivística. 2. ed. Brasília: ABARQ, 2005, 223 p.

SCHMIDT, Clarissa M.S. Documento arquivístico digital e gestão de documentos: considerações na perspectiva da Arquivística. Revista, Rio de janeiro, 2015. Disponivel em:<http://edicic2015.org.es/ucmdocs/actas/art/393-Schmidt_Documento-arquivistico-

Documentos relacionados