• Nenhum resultado encontrado

4 6 ANÁLISE DA VARIÁVEL LATENTE EMP

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As análises permitiram atingir o objetivo deste artigo, que foi analisar as CCE nos es- tudantes de uma IES da região metropolitana de São Paulo e comparar com os resulta- dos obtidos em estudos correlatos realizados no Brasil. No primeiro objetivo, a análise descritiva mostrou que as características mais desenvolvidas foram estabelecimento de metas e comprometimento, enquanto as menos desenvolvidas foram persuasão e cor- rer riscos calculados. Cabe colocar que, mesmo sendo as menos desenvolvidas, ainda assim apresentaram pontuação superior a 15 pontos, que é considerada, segundo Mc- Clelland, como o patamar inicial para a propensão a empreender.

Comparando a classificação das características pelas suas pontuações obtidas nes- te estudo e demais aplicações anteriores, vemos que as pontuações obtidas são simi- lares às pontuações dos demais, obtendo-se, assim, um ranking das CCE similar entre a mostra presente e Bartel (2010), Carvalho e Zuanazzi (2003) e Feger et al. (2008). O grau médio e alto de interesse em empreender manifestado pelos respondentes deste arti- go, totalizando 77%, em um cenário presente em que 37% pertencem a famílias que já possuem negócio próprio e 35% trabalham ou já trabalharam neste negócio, estão re- fletidos nos valores acima de 15 nas variáveis CCE. O sexo dos respondentes diferenciou o comportamento captado pelos fatores persuasão e rede de contatos (PRC) e indepen- dência e autoconfiança (IAC), mas os demais fatores mostraram-se insensíveis ao sexo do respondente, com nível de confiança de 95%.

A análise fatorial dos dez fatores das CCE permitiu identificar um comportamento sig- nificativo de constituição de um único variável latente, com nível de confiança de 95% e, assim, a proposição de um fator único que possa representar o nível de propensão a empreender, aqui denominado EMP, de “propensão a empreender”. A característica bus- ca por oportunidades e iniciativa, com 0,19, aparece com o maior peso, enquanto a ca- racterística exigência de qualidade e eficiência aparece com 0,11, o menor peso. Uma limitação deste estudo foi não termos podido contar com a totalidade dos alunos para responderem ao questionário. Como sugestão de estudos futuros, essa análise poderia ser feita com executivos de empresas e comparar seus resultados no sentido de verifi- car se existem diferenças com os empreendedores.

REFERÊNCIAS

BARTEL, G. Análise da evolução das características comportamentais empreende-

doras dos acadêmicos do curso de administração de uma IES catarinense. 2010. Dis-

sertação (Mestrado) – Universidade Regional de Blumenau, Blumenau, 2010.

BORNIA, A. C. et al. Atitude empreendedora: validação de um instrumento de medi- da com base no modelo de resposta gradual da teoria da resposta ao item. RAM, Revis-

ta de Administração Mackenzie, v. 14, n. 5, p. 230-251, 2013.

CÂMARA, E. C; ANDALÉCIO, A. M. L. Características empreendedoras: um estudo de caso com farmacêuticos utilizando o modelo de McClelland. Revista de Empreendedo-

rismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 1, n. 3, p. 64-77, 2012.

CARVALHO, C.; ZUANAZZI, J. Análise das características de alunos de graduação em administração e sua relação com as expectativas do ensino de empreendedorismo. In: ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDORISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EM- PRESAS (EGEPE), 2003, Brasília. Anais... Brasília: UEM; UEL; UnB, 2003.

DEPOSITÁRIO, D.; AQUINO, N.; FELICIANO, K. Entrepreneurial skill development needs of potential agri-based thechnopreneus. ISSAAS Journal, v. 1, p. 106-120, 2011.

47 1º PRÊMIO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS PARA PROFESSORES

FEGER, A. et al. Empreendedores sociais e privados: reflexões sobre suas caracterís- ticas comportamentais. Revista Gestão Organizacional (RGO), v. 1, p. 102-118, 2008.

FONSECA, G.; MUYLDER, C. Auto-percepção do perfil McClelland: um estudo de caso Empretec. Revista Ciências Sociais em Perspectiva, v. 9, n. 16, 2010.

GEM – GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. Empreendedorismo no Brasil – Re-

latório Executivo 2013. Brasília: Sebrae, 2013. Disponível em: <http://www.sebrae.com.

br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relatorio%20Executivo% 20GEM%202013.pdf>. HAIR JR., J. F. et al. Análise multivariada de dados. 5. ed. Tradução de Adonai Sch- lup e Anselmo Chaves Neto. Porto Alegre: Bookman, 2005.

KRISTIANSEN, S.; INDARTI, N. Entrepreneurial intention among Indonesian and Nor- wegian students. Journal of Enterprising Culture, v. 12, p. 55-78, 2004.

LIMA, E. et al. Intenções e atividades empreendedoras dos estudantes universitá-

rios. São Paulo: Uninove, 2011. (Relatório do Estudo GUESSS Brasil 2011).

LOPEZ JR., G.; SOUZA, E. Instrumento de Medida da Atitude Empreendedora – IMAE: construção e validação de uma escala. In: ENCONTRO DA ANPAD, 30., 2006, Salvador.

Anais... Salvador: Anpad, 2006.

MANSFILELD, R. S. et al. The identification and assessment of competencies and

other personal characteristics of entrepreneurs in developing countries. Massachu-

setts: McBer and Company, 1987.

MENEZES, L. C. M. Gestão de projetos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

NASCIMENTO, T. C. et al. A metodologia de Kristiansen e Indarti para identificar inten- ção empreendedora em estudantes de Ensino Superior: comparando resultados obtidos na Noruega, Indonésia e Alagoas. In: ENCONTRO DE ESTUDOS SOBRE EMPREENDEDO- RISMO E GESTÃO DE PEQUENAS EMPRESAS, 6., 2010, Recife. Anais... Recife: CCSA, 2010.

OLIVEIRA, J. M. Lócus de controle e a efetividade empresarial em microempresá-

rios do estado do Rio Grande do Norte. 2010. Tese (Mestrado) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.

PALETTA, M. A. Vamos abrir uma pequena empresa: um guia prático para abertura de novos negócios. Campinas: Alínea, 2001.

SANTOS, P. Uma escala para identificar potencial empreendedor. 2008. Tese (Dou- torado)– Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.

SEBRAE – SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Curso

Aprender a Empreender. Brasília: Sebrae, 2007.

SILVA, K. Determinantes comportamentais e socioeconômicos da propensão a em-

preender de concludentes de administração em IES de Teresina – Piauí. (2009). Tese

(Mestrado) – Universidade de Fortaleza, Fortaleza, 2009.

SOUZA, E. C. L. A disseminação da Cultura Empreendedora e a mudança na relação universidade-empresa. In: SOUZA, E. C. L. (Org.). Empreendedorismo: competência es- sencial para pequenas e médias empresas. Brasília: Anprotec, 2000.

SOUZA, S. A. et al. Métodos, técnicas e recursos didáticos de ensino do empreen- dedorismo em IES brasileiras. São Paulo: Atlas, 2006.

TOLEDO, L. T. et al. Identificação de características empreendedoras em empreen- dedores alagoanos. In: SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA (SEGET), 8., 2011, Resende. Anais...Resende: Associação Educacional Dom Bosco, 2011.

UNCTAD – UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT. Empretec Programme – The Entrepreneur’s Guide. Geneva: UNCTAD, 2010.

VASCONCELOS, V. Comportamento empreendedor dos proprietários-dirigentes de micro e pequenas empresas do setor de confecções (vestuário) de Teresina/PI. 2011.

MOTIVAÇÕES AO