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De m aneira geral, at ravés dos result ados da análise t em poral das m at as ciliares, podem os observar que a t endência de desflorest am ent o e regeneração das m at as de galeria no período de 1962 a 1995 perm aneceu, quando com par am os est as const at ações com os r esult ados obt idos no t r abalho de Azev edo e Fer r eir a ( 1998) .

Em relação aos result ados da análise da influência da resolução ( “ grain” ) e na est im at iva da dim ensão fract al, podem os concluir que a dim ensão fract al é influenciada pela resolução espacial das im agens orbit ais e de m apas, pois dependendo do t am anho do “ grain” ( m aior ou m enor nível de det alhe de um conj unt o de obj et os) a dim ensão fract al apresent a valores diferent es.

Quant o ao “ ext ent ” , concluím os que a dim ensão fract al não apresent a variação, não sendo influenciada pelo t am anho da área.

Concluím os, at ravés de análises est at íst icas, que os parâm et ros espaciais que apresent am m enos influência na est im at iva da dim ensão fract al, dos fragm ent os de m at as ciliares na alt a Bacia do Rio Passa Cinco, deve t er um a resolução ( “ grain” ) de 50m e um “ ex t ent ” de 17.677 ha.

Est es result ados nos alert am para a im port ância da resolução espacial e da ext ensão da área est udada em est udos de ecologia da paisagem , pois a ut ilização de um dest es par âm et r os, de form a incorret a, desencadearia em um a seqüência de erros que im possibilit ariam que est udos r elacionados a essa t em át ica apresent a- se result ados confiáveis que sucum biriam em previsões er r adas e inadequadas dos pr ocessos ecológicos, assim com o suas var iações espaço t em por ais.

Com base nos result ados da análise espaço - t em poral das m at as ciliares, obt idos para t oda a área, sem discrim inar as unidades geom orfológicas, pode- se afirm ar que a variabilidade de D no t em po é pequena, ou sej a, a dim ensão fract al apresent a baixa variabilidade no período de 1962 – 1 9 9 5 .

Ent ret ant o, quando avaliam os os result ados discrim inados segundo unidades geom orfológicas, enco nt ram os result ados dist int os. A m at a ciliar localizada nos v ales fechados são as que m enos sofr em int erferência ant rópica. Em um est ado int erm ediário, as colinas, apresent aram um grau de pert urbação m édio. Por fim , nos vales abert os, a m at a ciliar sofreu a m aior pert urbação ant rópica.

As relações ecológicas da paisagem m ost raram que a dim ensão fract al possui um a associação posit iv a com o t am anho dos fr agm ent os flor est ais. A m edida que os fragm ent os de m at as ciliares t endem a possuir áreas m aiores, m aior ser á a dim ensão fr act al do fr agm ent o, sendo coer ent es e concor dant es aos result ados de Krum m el ( 198 7 ) .

Em relação ao índice de densidade de borda, os result ados nos perm it em concluir que o efeit o de borda é m ais int enso nos fragm ent os de m enor área. Os fragm ent os de m aior área apresent am , por sua vez, os m enores índices de densidade de borda.

Os fragm ent os m enor es são os m ais vulner áveis a pr essões ant r ópicas, se com par ados aos fr agm ent os m aior es. Est as afir m ações for am confir m adas por m eio de t rabalhos de cam po, onde foi efet uada a análise floríst ica dos fragm ent os de m at as ciliares.

Os r esult ados m ost r am que os fr agm ent os m aior es que 60 ( ha) apr esent am um bom est ado de pr eser v ação e conser v ação. Os fr agm ent os com ár ea ent r e 20 e 60 ( ha) , possuem um est ado r azoáv el de conser v ação, apresent ando um est ágio sucessional int erm ediário ent re capoeira alt a e m at a secundária. E por fim , os fragm ent os ent re 10 e 20 ( ha) , que apresent am um est ado r uim de conser v ação e pr eser v ação.

Os result ados apresent ados e discut idos nest e t rabalho const it uem - se em um a cont inuação aos est udos a ser em desenv olv idos por out r os pesquisadores, na área geoecologia da paisagem e t eoria dos fract ais.

Cont udo, gost aría de salient ar, que a t eoria dos fract ais, com o qualquer out r o m odelo m at em át ico apr esent a lim it ações. O sucesso dest e t ipo de

t em porais significat ivas. Não podem os deixar de considerar que a nat ureza do obj et o pode influenciar no result ado das variações t em porais e t am bém que, pequenas variações de D, podem represent ar m udanças significat ivas na paisagem , principalm ent e quando est am os incorporam os dados biológicos. Sendo assim , caber á ao pesquisador t er à m ão um bom conhecim ent o t eór ico - m et odológico para decidir qual será o equilíbrio ent re esses ext rem os.

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