• Nenhum resultado encontrado

Artificial Intelligence and Big Data in the Health Sector: Expert Systems and Law.

BR402012000002-0 Vinhos e espumantes

5. Considerações finais

Diante da contextualização apresentada e atingindo o objetivo da pesquisa, ao qual foi direcionada a compreender o significado e a formação de um cluster juntamente com a Indicação Geográfica afirma-se que uma área delimitada por IG pode se tornar um cluster, pois as IG’s, ligadas a sua tipicidade, estimulam a valorização dos recursos territoriais e o surgimento de novos nichos de mercados.

Por sua vez, a articulação entre os produtores de determinada região, pode levar também ao estabelecimento de clusters, considerado como uma possível estratégia de desenvolvimento e/ou fortalecimento econômico de uma região. A formação de um cluster pode assumir diversas formas, destacando-se principalmente por ser uma aglomeração geográfica de empresas que normalmente

ISSN ELETRÔNICO 2316-8080

VALES DA UVA GOETHE E CLUSTERS: UMA ANALISE DO INSTRUMENTO

127

PIDCC, Aracaju, Ano V, Volume 10 nº 03, p.109 a 131 Out/2016 | www.pidcc.com.br

atuam no mesmo setor da economia tornando-se um “aglomerado” interligado por um setor específico.

Ou seja, são concentrações geográficas de empresas interconectadas de um setor específico que englobam arranjos de empresas relacionadas e outras entidades importantes para competição, favorecendo essa competitividade, com base no aglomerado e nos diferenciais regionais que possuem. Portanto, a grande importância do reconhecimento das indicações geográficas nas pequenas localidades, é possibilidade de sua atuação como instrumento de desenvolvimento da economia local, bem como um estímulo aos atores sociais para promover processos de qualificação numa determinada área geográficas.

Conforme apontam Bruch, Vieira e Barbosa (2014) para as pequenas regiões menos desenvolvidas, conseguir ter o reconhecimento do mercado de suas características singulares pro meio do uso de um sinal como a Marca Coletiva ou a Indicação Geográfica pode ser uma interessante alternativa de inserção no mercado diante da impossibilidade dos pequenos produtores competirem com as grandes empresas, principalmente as do agrobusisness.

Por fim, com a conquista da IG, a empresas participantes da cadeia na região juntamente com a formação de um cluster podem alcançar um aumento no seu faturamento e na competitividade no mercado interno e externo.

Referências Bibliográficas

WIPO. Acordo sobre Aspectos Relacionados à Propriedade Intelectual e Comércio (Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights TRIPs), 1994. Disponível em: <https://www.wto.org/english/thewto_e/whatis_e/tif_e/agrm7_e.htm>. Acesso em 01abril2015. ALMEIDA, Alberto Francisco Ribeiro de. A Autonomia Jurídica da Denominação de Origem. Wolters Kluwer Portugal sob a marca Coimbra Editora. Coimbra: Almedina, 2010. 1475 p.

AQUINO, A. L.; BRESCIANI, L. P. Arranjos produtivos locais: uma abordagem conceitual Clusters / a conceptual framework. Publicado em: Organizações em contexto, Ano 1, n. 2, dezembro de 2005. BRESSAN, S.S. A internacionalização do cluster vitivinícola da serra gaúcha e o papel das instituições públicas e privadas. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ, 2009. Dissertação (Mestrado em Administração) Instituto COPPEAD de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Disponível em:< http://www.coppead.ufrj.br/upload/publicacoes/Silvia__Bressan.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2015.

BRASIL (1996). Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei de Propriedade Industrial – LPI). Dispõe e regula sobre direitos e obrigações relativos à propriedade industrial. Disponível em <http://www.direitocom.com/lei-da-propriedade-industrial-comentada/disposicoes-preliminares-art- 01-a-05>. Acesso em: 10jan2015.

KELLY LISSANDRA BRUCH, JULIO CESAR ZILLI, ZELI FELISBERTO, GUILHERME SPIAZZI DOS SANTOS, ADRIANA CARVALHO PINTO VIEIRA

128

PIDCC, Aracaju, Ano V, Volume 10 nº 03, p.109 a 131 Out/2016 | www.pidcc.com.br

BRUCH, K. L. Indicações geográficas para o Brasil: problemas e perspectivas. In: PIMENTEL, Luiz Otávio; BOFF, Salete Oro; DEL’OLMO, Florisbal de Souza. (Org.). Propriedade intelectual: gestão do conhecimento, inovação tecnológica no agronegócio e cidadania. 1ed.Florianópolis: Fundação Boiteux, 2008, v. , p. -245

BRUCH, K. L. Signos distintivos de origem: entre o velho e novo mundo vitivinícola. 1. ed. Passo Fundo: Editora IMED, 2013. 320p .

BRUCH, K.L.; VIEIRA, A.C.P.; BARBOSA, P. M. S. Differentation between collective marks and geographical indication wine brazilian sector. In: Book 37 World Congress of Vine and Wine, 2014, Mendonça. Mendonça: OIV, 2014. v. 1. p. 259. Disponível em:< http://nbcgib.uesc.br/nit/ig/app/papers/0809271603158619.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2015.

CARVALHO, N. T. P. de. A estrutura dos sistemas de patentes e de marcas – passado, presente e futuro. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. 749 p.

CASSIOLATO, J. E.; SPAZIRO, M. Uma caracterizaç ão de arranjos produtivos locais de micro e pequenas empresas. In: LASTRES, H.M.M.; CASSIOLATO, J.E.; MACIEL, M.L. (Orgs.) Pequena Empresa: Cooperaç ão e Desenvolvimento Local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.

CERDAN, C.M.T.; BRUCH, K.L.; SILVA, A.L.; COPETI, M.; FÁVERO, K.C.; LOCATELLI, L. Indicação Geográfica de produtos agropecuários: importância histórica e atual. In: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Curso de propriedade intelectual & inovação no agronegócio: Módulo II, indicação geográfica / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; organização Luiz Otávio Pimentel – 4ª ed. – Florianópolis: MAPA, Florianópolis: FUNJAB, 2014.

D’HANES, L.M.A.P. Indicações de origem geográfica: uma breve introdução. In: Sinais distintivos e tutela judicial e administrativa. Manoel J. Pereira dos Santos; Wilson Pinheiro Jabur (coordenadores). Série GV Law. São Paulo: Saraiva, 2007.

EMBRAPA. Indicações Geográficas de Vinhos Finos do Brasil. Disponível em:< http://www.cnpuv.embrapa.br/tecnologias/ig/>. Acesso em: 20 mar. 2015.

FLORES, S.S.; FALCADE, I.; MEDERISO, R.M.V. Desenvolvimento rural sustentável sob a perspectiva da vitivinicultura no Rio Grande do Sul. Anais...VIII Congresso Latinoamericano de Sociologia Rural. Porto de Galinhas: ALASRU, 2010. Disponível em: <http://www.alasru.org/wp- content/uploads/2011/07/GT4-Shana-Sabbado-FLORES.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2015.

GOLLO, S. S.; CASTRO, A.W.V.de. Indicações geográficas: o caso da indicação de procedência

Vale Dos Vinhedos – Serra Gaúcha/Rs/Brasil. Disponível em:<

http://www.sober.org.br/palestra/6/937.pdf>. Aceso em: 01 abr. 2015.

GOLLO, S.S.; CASTRO, A.W.V. O processo de inovação e de estratégias de cooperação competitiva para obtenção da indicação de procedência do Vale dos Vinhedos: o caso da vinícola Lidio Carraro, Serra Gaúcha/RS, Brasil. IN: Anais... XLVI Congresso Brasileira de Economia, Sociologia e Administração Rural – SOBER. Rio Branco: SOBER, 20 a 23 de julho de 2008. Disponível em:< http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/43992/1/781.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2015.

ISSN ELETRÔNICO 2316-8080

VALES DA UVA GOETHE E CLUSTERS: UMA ANALISE DO INSTRUMENTO

129

PIDCC, Aracaju, Ano V, Volume 10 nº 03, p.109 a 131 Out/2016 | www.pidcc.com.br

GUEDES, M. do S. B; MOREIRA, M. V. C. Marca e certificação para competitividade
 e sustentabilidade dos arranjos produtivos locais. Disponível em:< http://ecoeco.org.br/conteudo/publicacoes/encontros/vii_en/mesa2/trabalhos/marca_e_certificacao_p ara_competitividade_e_sustentabilidade.pdf>. Aceso em: 01 abr. 2015.

INSTITUTO BRASILEIRO DO VINHO (IBRAVIN). Mapa brasileiro da vitivicultura: áreas de cultivo de uvas e elaboração de sucos e espumantes, 2014. Disponível em: <http://www.ibravin.org.br/regioes-produtoras>. Acesso em: 15mar2015.

INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL (INPI). Planilha de acompanhamento dos pedidos / registros de indicações geográficas. Atualização do o andamento dos

pedidos depositados no INPI em 07/04/2015. Disponível em:

<http://www.inpi.gov.br/images/docs/planilha_de_ig_-_07-04-2015_0.pdf>. Acesso em 03abril2015. KEGEL, P. L.; AMAL, M.; CARLS, S. A Indicação Geográfica como vetor de desenvolvimento regional e a possibilidade de sua aplicação no setor de cristais artesanais do Vale do Itajaí. Anais..I Circuito de Debates Acadêmicos. Brasília: IPEA/CODE, 2011. Disponível em:< http://www.ipea.gov.br/code2011/chamada2011/pdf/area7/area7-artigo15.pdf>. Acesso em: 01 mar. 2015.

KRUCKEN, L. Design e Território: valorização de identidades e produtos locais. São Paulo: Studio Nobel, 2009.

LA ROVERE, R. L. SHEHATA, L.D. Políticas de apoio a micro e pequenas empresas e desenvolvimento local: alguns pontos de reflexão. Revista Redes. Santa Cruz do Sul, vol.11 n.3, p.9-

24, set/dez 2006. Disponível em:<

http://www.ie.ufrj.br/hpp/intranet/pdfs/reflexoespoliticas_versao_final_%281%29.pdf>. Acesso em: 5 fev. 2015.

LOCATELLI, L. Indicações Geográficas: a proteção jurídica sob a perspectiva do desenvolvimento econômico. Curitiba: Juruá, 2007.

MARSHALL, A. (1890) Princípios de Economia. São Paulo: Nova Cultural, 1983.

MASCENA, K.M.C. FIGUEIREDO, F.C. BOAVENTURA, J.M. Clusters, Sistemas e Arranjos Produtivos Locais: análise das publicações nacionais no período de 2000 a 2011. USP: SIMPOI, 2012.

MATOS, L. A. I. Um Paradoxo no Cluster de Vinho: Vantagens e Desvantagens da Região Demarcada do Douro sobre a Inovação. Dissertação original apresentada à Universidade de Trás-os- Montes e Alto Douro, Mestrado em Gestão. 2011. Disponível em:< https://www.researchgate.net/profile/Ligia_Inhan/publication/261698171_Um_Paradoxo_no_Cluster _de_Vinho_Vantagens_e_Desvantagens_da_Regio_Demarcada_do_Douro_sobre_a_Inovao/links/0c 960535014271f6c3000000.pdf>. Aceso em: 01 abr. 2015.

PEREIRA, L. C.; VIEIRA, A.C.P. O desenvolvimento regional a partir do enoturismo na região delimitada pela Indicação de de procedência dos Vales da Uva Goethe - sul de Santa Catarina. In:

KELLY LISSANDRA BRUCH, JULIO CESAR ZILLI, ZELI FELISBERTO, GUILHERME SPIAZZI DOS SANTOS, ADRIANA CARVALHO PINTO VIEIRA

130

PIDCC, Aracaju, Ano V, Volume 10 nº 03, p.109 a 131 Out/2016 | www.pidcc.com.br

Anais IV Seminário de Ciências Sociais Aplicadas, 2014, Criciúma. IV Seminário de Ciências Sociais Aplicadas. Criciúma: Editora Unesc, 2014. v. 4. p. 1.

PORTER, M.E. Clusters and the new economics of competition. Harvard Business Review, v. 76, n. 6, nov./dec., p. 77-90, 1998.

PROT, Vérinique Romain. Protection internationale des signes de qualite agro-alimentaire. Thèse de Doctorat Droit Agro-alimentaire. Université de Nantes, Nantes, 1997. 586 p.

ROSENFELD, S. Bringing business cluster into to the mainstream of economic development. European Planning Studies, v.5, n.1, p. 3-23, 1997.

REBOLLAR, P.M.; VELLOSO, C.Q.; VIEIRA, H.J.; DA SILVA, A.L. Vales da Uva Goethe: região de Urussanga, SC, Brasil. Urussanga: ProGoethe, 2007.

RUFFONI, J. SUZIGAN, W. Influência da proximidade geográfica na dinâmica inovativa de firmas localizadas em sistemas locais de inovação. Revista Economia, Brasília (DF), v.13, n.1, p.35–66, jan/abr 2012. Disponível em:< http://www.anpec.org.br/revista/vol13/vol13n1p35_66.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2015.

SCHMITZ, H. Eficiência Coletiva: caminho de crescimento para a indústria de pequeno porte. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.18, n.2, 1997. Disponível em:< http://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/viewFile/1902/2276>. Acesso em: 10 fev. 2015. SCHMITZ, H. Global Competition and Local Cooperation: Success and Failure in the Sinos Valley, Brazil. World Development, v. 27, n. 9, pp. 1627-1650, 1999.

SILVA, J.A, et al. Relatório técnico 1 - delimitação e caracterização dos Vales da Uva Goethe. Universidade Federal de Santa Catarina – Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Engenharia Rural, 2011, mimeo.

SHAW, E. A guide to the qualitative research process: evidence from a small firm study. Qualiltative Research: An Internacional Journal. vol.2. n° 2, 1999. p. 59-70

SUZIGAN, W.; FURTADO, J.; GARCIA, R.; DIEGUES, A. C.; RUFFONI, J. CERRON, A. P. M. Identificação, Mapeamento e Caracterização Estrutural de Arranjos Produtivos Locais no Brasil. Relatório Consolidado. São Paulo: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, outubro de

2006. Disponível em:<

http://geein.fclar.unesp.br/arquivos/cluster/publicacao/arquivos/relatorios/Relat_final_IPEA28fev07. pdf>. Acesso em: 15 fev. 2015.

VELLOSO, C. Q.; BRUCH, K. L.; CADORI, A. A.; LOCATELLI, L. Identificação dos produtos potenciais e organização dos produtores. In: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Curso de propriedade intelectual & inovação no agronegócio: Módulo II, indicação geográfica / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; organização Luiz Otávio Pimentel – 4ª ed. – Florianópolis: MAPA, Florianópolis: FUNJAB, 2014.

ISSN ELETRÔNICO 2316-8080

VALES DA UVA GOETHE E CLUSTERS: UMA ANALISE DO INSTRUMENTO

131

PIDCC, Aracaju, Ano V, Volume 10 nº 03, p.109 a 131 Out/2016 | www.pidcc.com.br

VIEIRA, A.C.P.; WATANABE, M.; BRUCH, K.L. Perspectivas de desenvolvimento da vitivinicultura em face do reconhecimento da Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe.

Revista Geintec, v.2, 2012, p.327-343. Disponível em:<

http://revistageintec.net/portal/index.php/revista/article/viewFile/49/125>. Acesso em: 10 fev. 2015. VIEIRA, A.C.P., GARCIA, J.R.; BRUCH, K.L. Analise econômico-ecológica dos efeitos da mudança climática na região delimitada pela Indicação de Procedência 'Vales da Uva Goethe em Santa Catarina – Brasil. 2013. In: VI Congresso Internacional Sistemas Agroalimentares Localizados, 2013, Florianópolis. VI Congresso Internacional Sistemas Agroalimentares Localizados. Florianópolis: UFSC / Cirad.

VIEIRA, A.C.P.; PELLIN, V. O uso do instituto das indicações geográficas como instrumento de promoção do desenvolvimento territorial rural – o caso dos Vales da Uva Goethe, Brasil – SC. In: Anais 20th APDR Congress - Renaissance of the regions of southern europe, Évora: Universidade de

Évora, 2014. Disponível em:<

http://apdr.pt/data/documents/Proceedings_20_congresso_APDR.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015. ZEN, A.C. A influência dos recursos na internacionalização das empresas inseridas em clusters: uma pesquisa no setor vitivinícola no Brasil e na França. Tese (Doutorado) Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 2010. Disponível em:<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/27963/000766421.pdf?...1>. Acesso em: 31 mar. 2015.

RECEBIDO 25/08/2016 APROVADO 25/09/2016 PUBLICADO 31/10/2016

ISSN ELETRÔNICO 2316-8080

Compulsory license in Brazil: competition tool or just a threat?

141

PIDCC, Aracaju, Ano V, Volume 10 nº 03, p.141 a 152 Out/2016 | www.pidcc.com.br Compulsory license in Brazil: competition tool or just a threat?

Milton Lucídio Leão Barcellos1

ABSTRACT The compulsory license flexibility should be considered as a real tool in order to correct the abuse or deviation in the use (or absence of use) of intellectual property rights. This paper looks into one of the hypothesis that could be connected with the internationally recognized (but not used) compulsory license in the patent field related to the Brazilian context. The mentioned hypothesis is connected with the recognition of the fraternity principle as a hermeneutic basis to illuminate the compulsory license system in order to become more than just a threat and confirm its essential competition functionality.

Key Words: Compulsory license.

INTRODUCTION

Brazil has a system of compulsory licenses that is aligned with international standards for non-voluntary license exceptions. Any analysis of the compulsory license system as a policy tool in the international context takes us back to the Paris Convention of 1883 (Article 5, implicating an obligation to use the patented invention) and its Hague Act of 1925 (specifying the possibility of non-voluntary licenses based on the abuses of the patent-holder).2 In the Brazilian context, we would look to the Brazilian Constitution of 1824, not for containing a specific provision regarding non-voluntary licenses, but as suggesting an alternative to loss of patent rights when the expropriation of the invention would serve the public interest.3 Later Brazilian constitutions and industrial property laws allow both the protection of inventions and the option of expropriation of inventions or, in more recent constitutions and laws, specific regulations in the industrial property laws related to compulsory licenses (Law 9279/96).4 This Chapter seeks to identify why the

1 Independent Intellectual Property Researcher and Professor in Brazil. Lawyer, Licensed Patent and Trademark Attorney in Brazil. Partner of Leão Intellectual Property Firm. Address: Av. Plínio Brasil Milano, 757, 13th Floor, Porto Alegre, RS, Brazil, Zip Code 90520-002. E-mail: milton@leao.adv.br. Phone: +55 51 32260624.