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A naturalização das violências contra as mulheres e sua invisibilidade, e ainda, o gênero tomado como governo da vida de uma mulher, são fatores que despertam o questionamento sobre a forma de atuação do Sistema Brasileiro de Justiça Criminal. Estes fatores remetem às tensões anunciadas pela literatura em relação à dificuldade de acionamento do Direito Penal por demandas gênero-específicas, dadas as limitações desse ramo do direito. O enfoque nas

130 Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: I - Requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de assistência social e de segurança, entre outros; II - Fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas; III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.

131 FERREIRA, Carolina; SCHLITTLER; Maria Carolina. Proteção integral à mulher: avaliação de risco. In:

Práticas de enfrentamento à violência contra as mulheres: experiências desenvolvidas pelos profissionais de segurança pública e do sistema de justiça. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, abril de 2019. (série Casoteca FBSP, v. 2). p. 184. ISBN 978-85-67450-12-4. Disponível em: http://casoteca.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2019/04/CASOTECA-2018_site.pdf. Acesso em: 27 mai. 2019.

motivações dos crimes parece manter uma moral permissiva da violência contra as mulheres, criando potenciais de restrição da proteção para apenas algumas mulheres, além de silenciar os crimes cometidos contra as mulheres por razões de gênero.

Sabe-se que o patriarcado é enraizado através do controle político exercido pelos homens em relação às mulheres e em uma situação de subordinação do gênero feminino ao gênero masculino, de modo que o fato de pertencer ao sexo feminino representa um marco histórico da violência contra a mulher. Todos este contexto estabelece o início do debate sobre o que é a violência de gênero e sobre o que ela pode ocasionar, isto é, culminando em um feminicídio, conforme apresentado por Saffiotti132.

A partir disso, compreende-se que crime de feminicídio deve ser entendido como o meio, o modo e os motivos pelos quais se morre, em razão de ser mulher133. O fato do feminicídio ter se tornado uma qualificadora do crime de homicídio representou um grande avanço na luta pela defesa da vida de mulheres, entretanto, ainda não é o suficiente para que as demandas gênero-específicas sejam efetivamente solucionadas pelo Direito Penal. Quando há a identificação de um crime de feminicídio, ainda não se consegue chegar a desestabilização do governo da vida pelo gênero, de modo que, até então, não há como se afirmar que os agentes públicos de justiça e de segurança estão agindo de forma diligente na investigação de processos criminais que envolvem a violência doméstica ou crimes de feminicídios, a partir do que foi concluído por Rocha134.

Dessa forma, a elaboração do manual das “Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mulheres: Feminicídios” representou uma excelente oportunidade de orientar a atuação do Sistema Brasileiro de Justiça Criminal, para uma melhor compreensão da ótica sobre o gênero, no curso da investigação de um feminicídio. Assim sendo, os conflitos decorrentes da criminalização do feminicídio são

132 SAFFIOTTI, Heleieth. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2011. Disponível em: https://www.mpba.mp.br/sites/default/files/biblioteca/direitos-humanos/direitos-das-mulheres/obras-digitalizadas/questoes_de_genero/safiotti_heleieth_-_genero_patriarcado_e_violencia_1.pdf. Acesso em: 30 maio 2019.

133 ROCHA, Isadora Dourado. Feminicídio e as tensões de sua criminalização em processos judiciais no Distrito Federal. Revista Brasileira de Ciências Criminais, vol. 152, p. 465 – 498, fev., 2019, [DTR\2019\95].

134 ROCHA, Isadora Dourado. Feminicídio e as tensões de sua criminalização em processos judiciais no Distrito Federal. Revista Brasileira de Ciências Criminais, vol. 152, p. 465 – 498, fev., 2019, [DTR\2019\95].

mais facilmente identificados, a partir de uma compreensão de que esta criminalização não é a solução final para o problema do homicídio de mulheres.

Além disso, com o julgamento de casos simbólicos, como o caso “Maria da Penha”, julgado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e o caso “Campo Algodoeiro” , julgado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, foram estabelecidos parâmetros para a responsabilização dos Estados que eram membros da Convenção Americana de Direitos Humanos. Contudo, em relação ao primeiro caso, o Brasil não se mostrou diligente no cumprimento da elaboração de ações preventivas de combate à violência contra as mulheres por razões de gênero, conforme previsto na Convenção de Belém do Pará e na Convenção Americana de Direitos Humanos. Neste sentido, o deve de prevenção, a partir do entendimento expressado por Castilho135, exige que o Estado adote medidas normativas que reforcem a ideia de igualdade de gênero, e ainda, que sejam adotados recursos judiciais efetivos, permitindo a consolidação das instituições estatais no combate à impunidade nos casos de violência contra as mulheres e na mudança de padrões socioculturais que se baseiam em estereótipos negativos de gênero.

Assim sendo, no ano de 2015, a partir do projeto “Proteção Integral à Mulher: avaliação de risco ”, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios -MPDFT buscou atender a este objetivo de prevenção da violência contra as mulheres por razões de gênero. Com a elaboração de um questionário que permitiu mensurar o risco de morte das mulheres que vão às delegacias136, vítimas da violência de gênero, por meio de uma classificação deste risco, houve um aprimoramento no gerenciamento das políticas públicas para que fosse possível se obter uma garantia de vida das mulheres, permitindo uma otimização dos recursos da rede de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher e guiando-se corretamente a vítima para os mecanismos que terão como prioridade a preservação de sua vida.

Finalmente, diante de todo o exposto, apesar da existência, ainda nos dias atuais, de formas condenáveis de controle masculino sobre o modo de vida feminino, as quais são expressadas, muitas vezes, por meio de ações violentas, sejam elas físicas, emocionais ou

135 CASTILHO, Ela Wiecko Volkmer de. Estratégias do Ministério Público para atender as Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar e Julgar com perspectiva de gênero as mortes violentas de mulheres. Gênero, Niterói, v. 17, n. 2, 1. sem. 2017, p. 31.

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psicológicas, podendo causar danos irreversíveis de ordem subjetiva, conforme concluído por Dantas137, o Sistema Brasileiro de Justiça Criminal, citando-se o sistema de justiça do Distrito Federal por exemplo, vem se aprimorando no desenvolvimento de mecanismos normativos e orientadores de ações preventivas e protetivas às mulheres, com a finalidade de rompimento do processo de constante violência doméstica contra a mulher, proporcionando uma maior visibilidade aos casos de feminicídios para que estes venham a ser evitados, juntamente com o propósito de tentar se evitar o despertar de sentimentos autodestrutivos femininos que poderão culminar com a morte evidentemente evitável de uma mulher.

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