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5- CONCLUSÕES

5.1 Considerações finais

As dificuldades em demonstrar, ou provar, na sala de aula, visando a melhoria da qualidade de ensino são muitas e evidentes. Como relatamos em nossa introdução, os percentuais de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, com conhecimento matemático esperado, está em crescimento, mas ainda representam valores baixos em relação aos números do 5º ano, por exemplo. Fica o seguinte questionamento: por que durante o 2º segmento do Ensino Fundamental há essa queda no conhecimento em Matemática? É necessário outra pesquisa visando responder essa pergunta.

Observamos que, pesquisadores como Arsac (2009), defendem que esta dificuldade dos alunos é um reflexo da má formação dos professores de Matemática, que não têm uma visão muito clara com relação às demonstrações.

Não podemos desistir perante essa situação atual, pois exatamente nos momentos mais difíceis que surge a necessidade de mudança e evolução. O que seria da tecnologia de hoje se não tivessem existido as duas grandes guerras. É exatamente isso que estamos passando no momento: uma guerra entre a educação e a facilidade, esta última que está presente na sala de aula através do telefone celular do aluno ou das respostas prontas que existem nos livros didáticos. Em alguns casos a dificuldade está na formação do professor, na falta de interesse em melhorar suas aulas ou na estrutura deficiente da escola.

47 Segundo Almouloud (2012), nos últimos anos vimos sofrendo com uma ―síndrome do imediatismo‖ e que tudo que se faz ou se pensa deve gerar um resultado prático e imediato. É

necessário realizar procedimentos que tornem possível o uso de demonstrações e argumentações em sala. O professor deve fazer uma reflexão dos seus métodos e aceitar que, em alguns casos é preciso mudar. O provar, o demonstrar e o argumentar, mesmo que simplório, devem ser ensinados aos poucos e de preferência no início da educação básica através da língua materna. Ou seja, precisamos destacar a importância do saber escrever Matemática.

48 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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