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A história da literatura poderia ser contada a partir do ponto de vista de suas relações com a violência.

(Jaime Ginzburg)

A partir dos pontos abordados nessa dissertação, nos sentimos autorizados para afirmar

ou apontar, que a literatura não só representa ou interpreta a realidade extratextual, mas acima de tudo atua em sua construção, uma vez que a “a ficção de crimes reflete a sociedade para qual ela foi escrita, de maneira que os seus leitores reconheçam nela um retrato real daquele mundo, com a sua ética, os seus valores e a sua racionalidade” (JEHA, 2011, p. 105).

Em Coivara da memória, por exemplo, temos essa representação, pois ela é uma obra

que reflete não só enquanto crítica da realidade brasileira, como também, “agrega-lhe uma mão muito original, firme e vigorosa que, trabalhando uma tradição nordestina” (DAL FARRA, 2009, p.17) comprova que a vivacidade dessa “linhagem, pode oferecer à literatura nacional uma diversidade fecunda” (DAL FARRA, 2009, p. 17). Isso porque, nessa obra, Francisco Dantas expressa-se através da re-escrita do romance de 30 que revisita o nordeste e desnuda toda uma sociedade patriarcal e excludente, cuja organização política era baseada no Coronelismo. Um período que muito sangue foi derramado, crimes e atrocidades eram cometidos pelos grandes fazendeiros, dos quais não eram punidos, pois eles detiam o poder.

É nesse clima hostil, como foi observado, que o narrador-protagonista, dessa obra, relata os fatos de sua vida de um lugar, cuja situação é questionável, visto está preso por um crime que possivelmente será condenado. Dessa forma, esse narrador-protagonista que narra os fatos sob a sua ótica, visto ser uma narrativa em primeira pessoa, não tem lugar, foi expulso, ele representa o que a teoria pós-colonial vai chamar do terceiro espaço. Um espaço fragmentado,

e, acima de tudo contraditório e ambivalente. Esse terceiro espaço é considerado por Bhabha (2007) um espaço híbrido em que as diferenças sociais se pronunciam, tendo no hibridismo o elemento constituinte da linguagem e da representação como todo. Dessa maneira, o terceiro espaço está no entre, “deveríamos lembrar que é o “inter” – o fio cortante da tradução e da negociação, o entre-lugar – que carrega o fardo do significado da cultura” Bhabha (2007, p 38). Por conseguinte, o “entre” torna possível que outras histórias vêm à tona, “é possível que se comece a vislumbrar as histórias nacionais, antinacionais, do ‘povo’. E, ao explorar este terceiro espaço, nós podemos evitar a política da polaridade e emergir como os outros de nós mesmos” (BHABHA, 2007, p. 38).

Logo, como nossa pesquisa aponta, não só o narrador-protagonista, mas a obra Coivara da memória como todo tem muito de hibridismo, tanto no plano estético, quanto no plano cultural. Uma vez que esteticamente, corroborando com José Paulo Paes, Dantas reatualiza o regionalismo, como já dito, utiliza uma linguagem que é erudita, mas, com “forte travo regional”, ele mistura o moderno com a tradição. Adentrando ao nosso trabalho, cujo crime é enfatizado, Francisco Dantas agrega a essa narrativa, o enigma que é uma categoria bastante evidente nas narrativas de mistério. Um outro ponto, é a fragmentação do enredo, e, de certa forma, das personagens que tem suas identidades em crise. Quanto ao tempo, há nessa narrativa uma dualidade temporal em que passado-presente se fundem. Nota-se, portanto, que essa narrativa é hibrida esteticamente, pois agrega vários elementos.

Culturalmente Dantas traz ao cenário da literatura um assunto de relevo, sobretudo, nas

regiões norte-nordeste, os crimes por tocaias, que de certa forma mostra e politiza, um período da política brasileira em que os mandos e desmandos eram feitos de forma arbitrária pelos coronéis. E, ao mesmo tempo, coloca em discussão assuntos que estão nos atuais debates dos estudos culturais, visto trazer à narrativa personagens femininas que não têm voz, mas ao mesmo tempo estão empenhadas na vida privada e pública, como também as que estão à margem da sociedade.

No plano da literatura enquanto prática discursiva, Bhabha aborda o espaço existente entre o ver e o interpretar, entre o significante e o significado, através desse intervalo e o contexto sócio-histórico do agente da linguagem se pode visualizar o hibridismo chamado por ele de terceiro espaço (SOUZA, 2004). Sob esse viés, pensar nesse narrador-protagonista como

híbrido é pensar também na impossibilidade da autenticidade do seu discurso. Em razão de ter em sua representação discursiva traços dos dois discursos, tanto no que concerne aos detentores do poder, a família Costa Lisboa, quanto aos sujeitos-margem, a família do pai.

Desse modo, temos em Coivara da memória um narrador-protagonista, que é antes de tudo um ser ambíguo, visto ter uma identidade em crise, e consequentemente, um discurso fragmentado. Pois ele narra o vivido sob a sua perspectiva, podendo manipular algumas informações, principalmente no que se refere ao crime do coronel Tucão, apresentado na obra como mandachuva da cidade. O dito crime, como mostrado no nosso trabalho, é carregado de enigmas, não se sabe ao certo se é uma tocaia armada para o serventuário, ou mesmo se ele o executou. Contudo, o narrador-protagonista revisita o baú da memória para explicar esse crime: “À medida, porém, que fui escutando as vozes de minha gente, e escorregando a mão pelo relevo de suas faces, vim pouco a pouco me rendendo às ressonâncias afetivas que me restituíram uma certa naturalidade. Daí para cá os dedos vieram se amaciando, aplicados em dobras as ondulações” (CM, p.352). Dessa forma, escrever esses relatos do crime, ou seja, arquivar esse crime é um tanto quanto sofrido para esse narrador, às vésperas do julgamento, dado que, diz ter caído numa cilada.

Ao arquivar esse crime, muitas outras histórias vêm à tona no processo rememorativo, portanto, o crime aqui nessa narrativa é pensado como mal de arquivo, como mostrado no nosso trabalho, um mal que não é só do narrador-protagonista, ele é, sobretudo, um mal social. Pois vasculha nas lembranças os restos de uma sociedade em declínio, tanto economicamente, quanto das relações familiares e sociais. Outrossim, pensar nesse crime como mal de arquivo é pensar o outro lado do arquivo, onde se realizam as trocas e circulações discursivas (BIRMAN, 2008). O mal de arquivo também está relacionado à pulsão de morte, visto está ligado tal ao esquecimento como a renovação do arquivo. Da mesma forma que ela [a pulsão de morte] apaga traços inscritos, ela propícia que novos registros sejam arquivados (DERRIDA).

Assim, para se ter esse arquivo do crime, foi preciso que o serventuário do cartório desarquivasse de forma solitária as recordações dos parentes e companheiros de vida de má sorte, ou por assim dizer, os fantasmas de sua vida. A exemplo de seus pais, que reportam à sua orfandade; de seus avós, que lembram sua infância de menino de engenho; a sua tia Justina, sua eterna companheira de carceragem; a João Marreco, Garangó, e Lameu Carira, que remetem

aos sujeitos que estão além da margem da sociedade; a Luciana, sua eterna paixão, enfim, ao coronel Tucão que o colocou nessa situação de preso preste à condenação.

Esses arquivos estratificados devorados pela umidade e pelo tempo só são desvendados a partir do desfalecimento desse narrador-protagonista, que vive momentos de angústia às vésperas da sentença final, daí detectarmos no crime a peça chave dessa narrativa, como também, uma tradução do mal de arquivo. O mal que é também mostrado nesse arquivo como uma violência histórica da sociedade. Ao arquivar essas memórias ele se sente culpado. Por ser uma narrativa de crimes seguida de enigmas, ele é enganado pela própria escrita, visto que as sensações imediatas do crime são logo substituídas por medo e culpa. Escrever esse livro sobre a história de sua vida, é de certa maneira, uma tentativa de redimir à própria culpa.

Como nos confere o narrador:

Agora neste instante, já não arranco limalhas de ferro das palavras, que se vêm embrandecendo de tal modo oferecidas, como se eu magicasse às golfadas. Só o fraseio gorduroso de tabelião é que ainda persiste me ensopando os dedos. Com mais esta experiência, me invade uma sensação de vida vã. Chego ao termo destas notas de cara lambida e alforje vazio, ainda escancarado para os temores que tanto tenho pelejado para arredar. Do muito que regateei com a minha gente, não trago mais que a orfandade que já tinha e a confirmação de que desenterrar os mortos é se deixar empestar pela inhaca das tumbas, o que não torna nem mais árido, nem mais brando, o ramerrão que me retém apartado do mundo – apesar das ânsias. (CM, p. 352)

Nessa acepção, o narrador desse relato ao arquivar esse crime, considerado um mal de arquivo, nos convida às tocaias de sua vida e do texto como todo, porquanto, essa narrativa é carregada de ciladas, visto ter no discurso do narrador uma obscuridade e ambiguidade, ao mesmo tempo que a verdade é mostrada é também velada. Por fim, nós enquanto leitores não podemos acreditar em tudo que esse narrador diz, porque ao fazer isso, cairemos nas tocaias não só do crime propriamente dito, mas do crime enquanto jogo linguístico. A cada passo que você, enquanto leitor, vai dando na tradução dos significados, de todo esse emaranhado de crimes e traições, melhor fica a compreensão da obra.

Portanto, sabedora que a presente pesquisa encontra-se inacabada, e, consciente que Coivara da memória por ser uma obra literária, aberta e cheia de lacunas, cujo universo propicia ao leitor descobrir infinitas interconexões, não é o nosso papel aqui desvendar o mistério que permeia o texto, pois ao fazer isso podemos correr o risco de não chegarmos com fidelidade ao que o texto propõe.

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