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Com base nas discussões fundamentadas no decorrer da elaboração do presente estudo, foi verificado e pontuado que o controle dos atos governamentais esteia a correta e ativa aplicação do erário público, com o objetivo de atender as necessidades e demandas reprimidas da população assistida. Esse controle pode ser exercido institucionalmente pelos órgãos públicos competentes e pelos cidadãos, que passam a desempenhar um importante papel nas relações entre Estado e sociedade.

Em se tratando de forma específica da cidade de Sumé – PB, tendo sido analisado os Pareceres Técnicos emitidos pelo Tribunal de Contas do Estado – PB, a partir da auditoria e inspeção das obras analisadas, que compõem o exercício financeiro dos anos de 2012 e 2013, verifica-se que são irregularidades que cabem justificativas plausíveis e tecnicamente bem fundamentadas, para apontar o porquê de determinados erros e falhas cometidas por parte da equipe técnica e do gestor público, responsável pela execução financeira, pois destina os recursos públicos para tais obras.

No entanto, em nenhum momento foi verificado esse respaldo técnico para fundamentar as respostas apontadas pela Prefeitura Municipal de Sumé – PB, em relação as irregularidades e inconsistências apontadas pelo TCE/PB, que estão relacionadas diretamente à ineficiência e falta de fiscalização de Controle Interno da gestão municipal analisada.

Compreende-se que as falhas e erros cometidos nessas obras analisadas são frutos de falta de recursos humanos para avaliar, acompanhar e ter condições de resolver problemas burocráticos de ordem financeira e documental. Também falta de assistência técnica para averiguar a aplicação de cada valor investido.

As respostas apresentadas apontam falhas no sentido, não há fundamentos teóricos que justifiquem o porquê de determinadas irregularidades terem sido cometidas. Não há clareza e tão

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pouco persuasão para responder a um órgão público de fiscalização, que aponta os erros, com o intuito de alertar o gestor sobre as medidas que devem ser retificadas, para evitar prejuízos a população assistida e ao erário. Ou seja, esses apontamentos descritos nos Pareceres Técnicos do TCE/PB, não são de ordem punitiva, e sim como atento para o gestor municipal e sua equipe.

Por fim, entende-se que esta pesquisa deve ter continuidade com análises de outros aspectos que possam ser revelados a partir dos dados coletados, mas que por questões de tempo e de extensão do estudo não puderam ser examinados neste momento. Podem também ser realizados estudos comparativos da mesma natureza do atual, com outras unidades da federação.

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