• Nenhum resultado encontrado

A conclusão de mais uma etapa faz-me refletir sobre os caminhos que pude trilhar na vida acadêmica e pessoal durante quase 8 anos de pós-graduação. Hoje sou convicta de que essa etapa não se limitou a simples busca de respostas a problemas de pesquisa; representa parte de uma jornada que nunca terá fim, que é a da busca pelo conhecimento que pode transformar vidas.

A inserção no mundo da pesquisa, e consequentemente, na pós-graduação strictu-sensu, ocorreu de forma natural durante minha formação enquanto nutricionista. Na graduação, através de um belíssimo projeto multidisciplinar, o “Projeto Jangadeiros”, no qual se investigava o contexto de vida e trabalho, incluindo as condições de saúde e alimentação dos jangadeiros de Ponta Negra, Natal/RN, pude vivenciar e aprender (durante os últimos 2,5 anos da minha graduação) com a professora Larissa Praça, que o enfoque da pesquisa não devia ser limitado à escrita de trabalhos científicos e a consequente preocupação na divulgação desses resultados para o seleto universo dos cientistas, mas, acima de tudo, deveria proporcionar benefícios reais à população “estudada”. A partir daquela vivência, ainda quase que inconscientemente, estava definida a forma com a qual escolhi meu percurso na pós-graduação, não o mais fácil, mas o que deu sentido à minha formação em meio a tantas contradições e obstáculos que vivenciei nesse caminho.

Em 2011, recém graduada em Nutrição, o desejo em continuar inserida no contexto de pesquisa aplicada, sentindo-me útil para população através da minha profissão, era o que impulsionava a busca pela pós-graduação. A aproximação com o grupo de pesquisa “Atividade Física e Saúde” (AFISA), coordenado pelo professor Paulo Dantas, foi oportunizada pela participação desses nas avaliações físicas dos voluntários do projeto Jangadeiros. Durante o ano de 2011, tive a oportunidade de conhecer os projetos da AFISA, que envolviam temas como herdabilidade, saúde e rendimento esportivo de para-atletas, e, finalmente o que envolvia pessoas que vivem com HIV/Aids.

E foi aí, no Projeto “Viver Mais”, que descobri inúmeros desafios e oportunidades enquanto profissional e ser humano. Estava no lugar certo e com as pessoas certas, tudo isso “orquestrado” por um educador ímpar que tem como missão dar oportunidades e envolver todos que o cercam em um propósito que vai além da formação de professores/pesquisadores, que era o de desenvolver pesquisas que oportunizassem o crescimento técnico-científico em uma perspectiva de ações de

saúde que beneficiassem .O “Viver Mais”, que existe há quase 11 anos, proporciona muito mais do que programas de exercícios físicos e, a partir de então, orientações nutricionais. Ele representa um importante suporte social para uma população que, na maioria dos contextos, ainda enfrenta, o estigma em ser “soropositivo”, encontrando, além do suporte técnico para alcançar mudanças importantes no seu estilo de vida, pessoas que acolhem e respeitam suas vivências.

A oportunidade de contribuir através da minha profissão foi maior do que a insegurança por ser uma profissional recém-formada e sem experiência com essa população. O acolhimento das professoras pós graduandas, Themis Soares e Hunaway Galvão, e dos voluntários do grupo me motivaram a estudar e desenvolver além de uma pesquisa científica; me fizeram querer contribuir para proporcionar educação nutricional para que, através de escolhas alimentares mais conscientes e saudáveis, eles compreendessem que a nutrição poderia atenuar muitos dos efeitos adversos associados a infecção e a terapia medicamentosa, proporcionando-os mais qualidade de vida. De uma forma geral, todos os alunos/profissionais que se envolviam com o projeto partilhavam da mesma compreensão de que as pesquisas só tinham sentido pelo que vivenciávamos durante o tempo de convivência com os voluntários no dia a dia. Foram muitos os aprendizados nesse tempo: viver com alegria apesar de tantas adversidades, cuidado com o outro, confiança, empatia e perseverança. A formação como ser humano sensível as necessidades do próximo talvez tenha sido o tema mais aprofundado nessa jornada.

Quanto à formação como pesquisadora e professora, certamente pude vivenciar grandes desafios e obtive muitos aprendizados durante o mestrado e doutorado. Uma parte da experiência da inserção como profissional nutricionista no Projeto Viver mais está descrita no trabalho intitulado “Inserção de profissional de saúde em grupo de pessoa vivendo com HIV: relato de experiência”, publicado em 2012 na revista Lecturas Educación Física y Deportes.

Cada etapa com suas peculiaridades; a cada novo obstáculo, novos aprendizados. Durante o mestrado o tempo limitado, problemas estruturais e de logística de funcionamento do Serviço de Atenção Especializada (local de coleta de dados), foram os principais obstáculos para execução do estudo transversal que investigou aspectos do consumo alimentar, qualidade de sono, perfil lipídico e glicêmico, e estado nutricional antropométrico de vivendo com HIV/Aids. Nessa etapa, a persistência, a motivação e auto cooperação entre os alunos da pós graduação e graduação que participava do grupo foram essenciais para que tudo fosse

concretizado. Em paralelo à pesquisa de campo no SAE, o projeto “Viver Mais” acontecia nas dependências do departamento de Educação Física, sendo sempre válvula propulsora para que não esquecêssemos a importância do trabalho que nos propusemos a realizar. Como produtos acadêmicos dessa etapa foram produzidos os artigos intitulados “Relationship between dietary intake and use of protease inhibitors with anthropometric and biochemical parameters of lipodystrophy in people living with HIV” publicado na revista Nutrición Hospitalaria e “Concurrent training and nutrition advising as a strategy of adherence to the treatment of HIV positive” publicado na Gazzetta Medica Italiana.

No doutorado, com grandes avanços estruturais, o acesso a equipamentos e parcerias com outras instituições de ensino, amparou o desenvolvimento de uma pesquisa com metodologia mais robusta, um ensaio clínico randomizado duplo cego, foi possível. O obstáculo principal dessa fase foi a ausência de suporte para financiar custos com logística do protocolo de pesquisa, como os referentes a aquisição da suplementação, alimentação dos voluntários, materiais básicos de laboratório e transporte de material biológico para análise em universidade parceira. Desse estudo foram desenvolvidos 3 artigos científicos. O primeiro, intitulado “Impact of curcumin on energetic metabolism of people living with hiv: a case study.” foi aceito para publicação na Phytotherapy Research. Outros dois, intitulados “Influence of curcumin supplementation on metabolic and lipid parameters of people living with hiv/aids: a randomized controlled trial”; e “Influence of curcumin on glycemic profile, inflammatory markers, and oxidative stress in hiv-infected individuals.” Foram submetidos em periódicos com fator de impacto superior a 2.0. No decorrer dessa fase podemos, eu e todo o grupo de colaboradores, vivenciar as dificuldades em desenvolver um protocolo de pesquisa com o rigor metodológico necessário, mantendo os voluntários motivados a continuarem inseridos até o fim da pesquisa. Além dos trabalhos científicos citados aqui, foram desenvolvidos trabalhos em parceria com colegas investigando aspectos de qualidade de vida e sua relação com o tempo de participação no projeto, conhecimento em nutrição e sua relação com dieta, trabalhos para avaliar metabolismo e desenvolvimento de crianças e adolescentes vivendo com HIV, entre outros.

A formação durante a pós-graduação envolve aspectos fundamentais que vão além de protocolos de pesquisa e publicações de artigos científicos. Durante esse período tive a oportunidade de orientar alunos da graduação em nutrição da universidade federal e instituições particulares no desenvolvimento de seus trabalhos de conclusão de curso, bem como contribuir na formação científica e pessoal

oportunizando vivências no projeto de extensão, apresentação de trabalhos em eventos científicos e vivências que contribuíram para a formação humana desses.

Também pude partilhar em aulas expositivas para estudantes de graduação do curso de Nutrição da UFRN sobre a vivência como nutricionista e intervenções dietoterápicas no contexto do HIV; palestrei em evento da secretaria estadual de saúde do RN sobre o cuidado nutricional em HIV/aids, participei como monitora/palestrante do curso "O cuidado de pessoas com HIV/Aids na Atenção Básica" promovido pela UFRN em parceria como Ministério da Saúde através do qual serão capacitados profissionais de saúde da rede básica para o cuidado compartilhado às pessoas que vivem com HIV/aids.

Como sugestão para o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, enfatizo a necessidade de considerar de forma ampla, a formação dos seus alunos, para que seu desempenho avaliado não esteja limitado as publicações de artigos científicos, mas também à qualidade da pesquisa desenvolvida, o envolvimento com formação de outros alunos, a contribuição no âmbito na extensão universitária, entre outros. Todos esses aspectos são indispensáveis para formar professores comprometidos com missão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que preconiza além da produção e difusão do conhecimento, a contribuição para o desenvolvimento humano e compromisso com a justiça social e a cidadania.

REFERÊNCIAS

1. Grinsztejn B, Luz PM, Pacheco AG, Santos DV, Velasque L, Moreira RI, et al. Changing mortality profile among HIV-infected patients in Rio de Janeiro, Brazil: shifting from AIDS to non-AIDS related conditions in the HAART era. PLoS One. 2013;8(4):e59768.

2. Maggi P, Di Biagio A, Rusconi S, Cicalini S, D'Abbraccio M, d'Ettorre G, et al. Cardiovascular risk and dyslipidemia among persons living with HIV: a review. BMC Infect Dis. 2017;17(1):551.

3. Andersen O. A characterisation of low-grade inflammation and metabolic complications in HIV-infected patients. Danish medical journal. 2016;63(10).

4. Slim J, Saling CF. A Review of Management of Inflammation in the HIV Population. Biomed Res Int. 2016;2016:3420638.

5. Vassimon HS, de Paula FJ, Machado AA, Monteiro JP, Jordao AA, Jr. Hypermetabolism and altered substrate oxidation in HIV-infected patients with lipodystrophy. Nutrition. 2012;28(9):912-6.

6. Sekhar RV. Treatment of dyslipidemia in HIV. Curr Atheroscler Rep. 2015;17(4):493.

7. Caron-Debarle M, Lagathu C, Boccara F, Vigouroux C, Capeau J. HIV- associated lipodystrophy: from fat injury to premature aging. Trends Mol Med. 2010;16(5):218-29.

8. Kashou A, Agarwal A. Oxidants and antioxidants in the pathogenesis of HIV/AIDS2011.

9. Jimenez-Osorio AS, Monroy A, Alavez S. Curcumin and insulin resistance- Molecular targets and clinical evidences. Biofactors. 2016;42(6):561-80.

10. Gupta SC, Patchva S, Koh W, Aggarwal BB. Discovery of curcumin, a component of golden spice, and its miraculous biological activities. Clin Exp Pharmacol Physiol. 2012;39(3):283-99.

11. Jager R, Lowery RP, Calvanese AV, Joy JM, Purpura M, Wilson JM. Comparative absorption of curcumin formulations. Nutr J. 2014;13:11.

12. Paula AA, Falcao MC, Pacheco AG. Metabolic syndrome in HIV-infected individuals: underlying mechanisms and epidemiological aspects. AIDS Res Ther. 2013;10(1):32.

13. Gir E, Vaichulonis CG, de Oliveira MD. [Adhesion to anti-retroviral therapy by individuals with HIV/AIDS seen at an institution in the interior of Sao Paulo]. Rev Lat Am Enfermagem. 2005;13(5):634-41.

14. Christo PP. Alterações cognitivas na infecção pelo HIV e Aids. Revista da Associação Médica Brasileira. 2010;56:242-7.

15. Kramer AS, Lazzarotto AR, Sprinz E, Manfroi WC. Metabolic abnormalities, antiretroviral therapy and cardiovascular disease in elderly patients with HIV. Arq Bras Cardiol. 2009;93(5):561-8.

16. Montessori V, Press N, Harris M, Akagi L, Montaner JS. Adverse effects of antiretroviral therapy for HIV infection. Cmaj. 2004;170(2):229-38.

17. M.M. Valente A, Reis A, Machado D, Succi R, Chacra A. HIV lipodystrophy syndrome2005. 871-81 p.

18. Brañas F, Azcoaga A, García Ontiveros M, Antela A. Cronicidad, envejecimiento y multimorbilidad. Enfermedades Infecciosas y Microbiología Clínica. 2018;36:15-8.

19. UNAIDS W. Global AIDS monitoring. Geneva: UNAIDS. 2017.

20. Alves DN, Bresani-Salvi CC, Batista JdAL, Ximenes RAdA, Miranda-Filho DdB, Melo HRLd, et al. Use of the Coding Causes of Death in HIV in the classification of deaths in Northeastern Brazil. Revista de Saúde Pública. 2017;51.

21. Pacheco AG, Tuboi SH, Faulhaber JC, Harrison LH, Schechter M. Increase in non-AIDS related conditions as causes of death among HIV-infected individuals in the HAART era in Brazil. PloS one. 2008;3(1):e1531.

22. Pereira CCdA, Machado CJ, Rodrigues RdN. Perfis de causas múltiplas de morte relacionadas ao HIV/AIDS nos municípios de São Paulo e Santos, Brasil, 2001. Cadernos de Saúde Pública. 2007;23:645-55.

23. Silva EFR, Lewi DS, Vedovato GM, Garcia VRS, Tenore SB, Bassichetto KC. Estado nutricional, clínico e padrão alimentar de pessoas vivendo com HIV/Aids em assistência ambulatorial no município de São Paulo. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2010;13:677-88.

24. Jaime PC, Florindo AA, Latorre MdRDdO, Brasil BG, Santos ECMd, Segurado AAC. Prevalência de sobrepeso e obesidade abdominal em indivíduos portadores de HIV/AIDS, em uso de terapia anti-retroviral de alta potência. Revista Brasileira de Epidemiologia. 2004;7:65-72.

25. Mankal PK, Kotler DP. From wasting to obesity, changes in nutritional concerns in HIV/AIDS. Endocrinol Metab Clin North Am. 2014;43(3):647-63.

26. Mayer KH, Dubé MP, Sprecher D, Henry WK, Aberg JA, Torriani FJ, et al. Preliminary Guidelines for the Evaluation and Management of Dyslipidemia in Adults Infected with Human Immunodeficiency Virus and Receiving Antiretroviral Therapy: Recommendations of the Adult AIDS Clinical Trial Group Cardiovascular Disease Focus Group. Clinical Infectious Diseases. 2000;31(5):1216-24.

27. Lauda LG, Mariath AB, Grillo LP. Síndrome metabólica e seus componentes em portadores do HIV. Revista da Associação Médica Brasileira. 2011;57:182-6.

28. Tsuda LC, da Silva MM, Machado AA, Fernandes APM. Alterações corporais: terapia antirretroviral e síndrome da lipodistrofia em pessoas vivendo com HIV/AIDS. Revista Latino-Americana de Enfermagem. 2012;20(5):847-53.

29. Gan SK, Samaras K, Thompson CH, Kraegen EW, Carr A, Cooper DA, et al. Altered myocellular and abdominal fat partitioning predict disturbance in insulin action in HIV protease inhibitor-related lipodystrophy. Diabetes. 2002;51(11):3163-9.

30. Finkelstein JL, Gala P, Rochford R, Glesby MJ, Mehta S. HIV/AIDS and lipodystrophy: implications for clinical management in resource-limited settings. J Int AIDS Soc. 2015;18:19033.

31. Perez-Matute P, Perez-Martinez L, Blanco JR, Oteo JA. Role of mitochondria in HIV infection and associated metabolic disorders: focus on nonalcoholic fatty liver disease and lipodystrophy syndrome. Oxid Med Cell Longev. 2013;2013:493413.

32. Chuapai Y, Kiertiburanakul S, Malathum K, Sungkanuparph S. Lipodystrophy and dyslipidemia in human immunodeficiency virus-infected Thai patients receiving antiretroviral therapy. J Med Assoc Thai. 2007;90(3):452-8.

33. Araújo-Vilar D, Santini F. Diagnosis and treatment of lipodystrophy: a step-by- step approach. Journal of Endocrinological Investigation. 2018.

34. Grinspoon SK. Metabolic syndrome and cardiovascular disease in patients with human immunodeficiency virus. Am J Med. 2005;118 Suppl 2:23s-8s.

35. Kosmiski LA, Kuritzkes DR, Lichtenstein KA, Glueck DH, Gourley PJ, Stamm ER, et al. Fat distribution and metabolic changes are strongly correlated and energy expenditure is increased in the HIV lipodystrophy syndrome. Aids. 2001;15(15):1993- 2000.

36. Myerson M, Poltavskiy E, Armstrong EJ, Kim S, Sharp V, Bang H. Prevalence, treatment, and control of dyslipidemia and hypertension in 4278 HIV outpatients. J Acquir Immune Defic Syndr. 2014;66(4):370-7.

37. Shen Y, Wang J, Wang Z, Qi T, Song W, Tang Y, et al. Prevalence of Dyslipidemia Among Antiretroviral-Naive HIV-Infected Individuals in China. Medicine. 2015;94(48):e2201.

38. da Cunha J, Maselli LM, Stern AC, Spada C, Bydlowski SP. Impact of antiretroviral therapy on lipid metabolism of human immunodeficiency virus-infected patients: Old and new drugs. World J Virol. 2015;4(2):56-77.

39. Apostolova N, Blas-Garcia A, Esplugues JV. Mitochondrial interference by anti- HIV drugs: mechanisms beyond Pol-gamma inhibition. Trends Pharmacol Sci. 2011;32(12):715-25.

40. Joshi DC, Bakowska JC. Determination of mitochondrial membrane potential and reactive oxygen species in live rat cortical neurons. J Vis Exp. 2011(51).

41. Barreiros ALBS, David JM, David JP. Estresse oxidativo: relação entre geração de espécies reativas e defesa do organismo. Química Nova. 2006;29:113-23.

42. Perez-Matute P, Perez-Martinez L, Blanco J, Oteo J. Role of mitochondria in HIV infection and associated metabolic disorders: focus on nonalcoholic fatty liver disease and lipodystrophy syndrome. Oxidative medicine and cellular longevity. 2013;2013.

43. Zaera MG, Miro O, Pedrol E, Soler A, Picon M, Cardellach F, et al. Mitochondrial involvement in antiretroviral therapy-related lipodystrophy. Aids. 2001;15(13):1643-51.

44. Ivanov AV, Valuev-Elliston VT, Ivanova ON, Kochetkov SN, Starodubova ES, Bartosch B, et al. Oxidative stress during HIV infection: mechanisms and consequences. Oxidative medicine and cellular longevity. 2016;2016.

45. Tasca KI, Caleffi JT, Correa CR, Gatto M, de Camargo CC, Mendes MB, et al. The Initial Months of Antiretroviral Therapy and Its Influence on AGEs, HMGB1, and sRAGE Levels in Asymptomatic HIV-Infected Individuals. Mediators Inflamm. 2016;2016:2909576.

46. Sueth-Santiago V, Mendes-Silva GP, Decoté-Ricardo D, Lima MEFd. CURCUMINA, O PÓ DOURADO DO AÇAFRÃO-DA-TERRA: INTROSPECÇÕES SOBRE QUÍMICA E ATIVIDADES BIOLÓGICAS. Química Nova. 2015;38:538-52.

47. Jang EM, Choi MS, Jung UJ, Kim MJ, Kim HJ, Jeon SM, et al. Beneficial effects of curcumin on hyperlipidemia and insulin resistance in high-fat-fed hamsters. Metabolism. 2008;57(11):1576-83.

48. Wang H, Wen Y, Du Y, Yan X, Guo H, Rycroft JA, et al. Effects of catechin enriched green tea on body composition. Obesity (Silver Spring). 2010;18(4):773-9.

49. Panahi Y, Ahmadi Y, Teymouri M, Johnston TP, Sahebkar A. Curcumin as a potential candidate for treating hyperlipidemia: A review of cellular and metabolic mechanisms. J Cell Physiol. 2018;233(1):141-52.

50. Chilelli NC, Ragazzi E, Valentini R, Cosma C, Ferraresso S, Lapolla A, et al. Curcumin and Boswellia serrata Modulate the Glyco-Oxidative Status and Lipo- Oxidation in Master Athletes. Nutrients. 2016;8(11).

51. Derosa G, Maffioli P, Simental-Mendia LE, Bo S, Sahebkar A. Effect of curcumin on circulating interleukin-6 concentrations: A systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Pharmacol Res. 2016;111:394-404.

52. Demmers A, Korthout H, van Etten-Jamaludin FS, Kortekaas F, Maaskant JM. Effects of medicinal food plants on impaired glucose tolerance: A systematic review of randomized controlled trials. Diabetes Res Clin Pract. 2017;131:91-106.

53. Feng D, Ohlsson L, Duan R-D. Curcumin inhibits cholesterol uptake in Caco-2 cells by down-regulation of NPC1L1 expression. Lipids in Health and Disease. 2010;9(1):40.

54. Hussain Z, Thu HE, Amjad MW, Hussain F, Ahmed TA, Khan S. Exploring recent developments to improve antioxidant, anti-inflammatory and antimicrobial efficacy of curcumin: A review of new trends and future perspectives. Mater Sci Eng C Mater Biol Appl. 2017;77:1316-26.

55. Burgos‐Morón E, Calderón‐Montaño JM, Salvador J, Robles A, López‐Lázaro M. The dark side of curcumin. International journal of cancer. 2010;126(7):1771-5.

56. Funamoto M, Sunagawa Y, Katanasaka Y, Miyazaki Y, Imaizumi A, Kakeya H, et al. Highly absorptive curcumin reduces serum atherosclerotic low-density lipoprotein levels in patients with mild COPD. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2016;11:2029-34.

57. Yang YS, Su YF, Yang HW, Lee YH, Chou JI, Ueng KC. Lipid-lowering effects of curcumin in patients with metabolic syndrome: a randomized, double-blind, placebo- controlled trial. Phytother Res. 2014;28(12):1770-7.

58. Mohammadi A, Sahebkar A, Iranshahi M, Amini M, Khojasteh R, Ghayour- Mobarhan M, et al. Effects of supplementation with curcuminoids on dyslipidemia in obese patients: a randomized crossover trial. Phytother Res. 2013;27(3):374-9.

59. DiSilvestro RA, Joseph E, Zhao S, Bomser J. Diverse effects of a low dose supplement of lipidated curcumin in healthy middle aged people. Nutr J. 2012;11:79.

60. Gandapu U, Chaitanya RK, Kishore G, Reddy RC, Kondapi AK. Curcumin- loaded apotransferrin nanoparticles provide efficient cellular uptake and effectively inhibit HIV-1 replication in vitro. PLoS One. 2011;6(8):e23388.

61. Ferreira VH, Nazli A, Dizzell SE, Mueller K, Kaushic C. The anti-inflammatory activity of curcumin protects the genital mucosal epithelial barrier from disruption and blocks replication of HIV-1 and HSV-2. PLoS One. 2015;10(4):e0124903.

62. Conteas CN, Panossian AM, Tran TT, Singh HM. Treatment of HIV-associated diarrhea with curcumin. Dig Dis Sci. 2009;54(10):2188-91.

63. Matsudo S, Araújo T, Marsudo V, Andrade D, Andrade E, Braggion G. Questinário internacional de atividade f1sica (IPAQ): estudo de validade e reprodutibilidade no Brasil. Rev bras ativ fís saúde. 2001:05-18.

64. Medicine ACoS. ACSM's health-related physical fitness assessment manual: Lippincott Williams & Wilkins; 2013.

65. O’Brien KK, Tynan A-M, Nixon SA, Glazier RH. Effectiveness of aerobic exercise for adults living with HIV: systematic review and meta-analysis using the Cochrane Collaboration protocol. BMC infectious diseases. 2016;16(1):182.

66. Borg G. Escalas de Borg para a dor eo esforço: percebido: Manole; 2000.

67. Robertson RJ, Goss FL, Rutkowski J, Lenz B, Dixon C, Timmer J, et al. Concurrent validation of the OMNI perceived exertion scale for resistance exercise. Med Sci Sports Exerc. 2003;35(2):333-41.

68. Saúde BMd. Protocolos do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional- SISVAN na assistência à saúde. Ministério da Saúde Brasília; 2008.

69. Fornes NS, Martins IS, Velasquez-Melendez G, Latorre Mdo R. [Food consumption scores and serum lipids levels in the population of Sao Paulo, Brazil]. Rev Saude Publica. 2002;36(1):12-8.

70. Hopkins WG, Marshall SW, Batterham AM, Hanin J. Progressive statistics for studies in sports medicine and exercise science. Med Sci Sports Exerc. 2009;41(1):3- 13.

71. Batterham AM, Hopkins WG. The case for magnitude-based inference. Med Sci Sports Exerc. 2015;47(4):885.

72. Gulcubuk A, Haktanir D, Cakiris A, Ustek D, Guzel O, Erturk M, et al. Effects of curcumin on proinflammatory cytokines and tissue injury in the early and late phases of experimental acute pancreatitis. Pancreatology. 2013;13(4):347-54.

73. Tapia E, Sanchez-Lozada LG, Garcia-Nino WR, Garcia E, Cerecedo A, Garcia- Arroyo FE, et al. Curcumin prevents maleate-induced nephrotoxicity: relation to hemodynamic alterations, oxidative stress, mitochondrial oxygen consumption and activity of respiratory complex I. Free Radic Res. 2014;48(11):1342-54.

Documentos relacionados