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As análises envolvendo parâmetros físicos ligados ao comportamento bioclimático da caatinga mostra a complexidade no entendimento dos fluxos radiativos do ecossistema.

O campo da emissividade representou de forma satisfatória o ambiente da caatinga com valores de emissividade de acordo com a faixa de valores de Paz (2002), variando de 0,95 a 0,99 na estação chuvosa e entre 0,85 a 0,95 na estação seca. A representatividade do albedo também foi satisfatória mostrando as áreas que tiveram aumento entre os anos de 2003 e 2004 no mês de dezembro, mais seco de acordo com os parâmetros de emissividade, permitindo a detecção de áreas degradadas em conjunto com as informações do satélite Landsat 5. Dessa forma, podemos entender que o estágio de degradação na Sub-bacia é preocupante devido a grande quantidade de solo exposto (cerca de 24% da área da Sub-bacia) e 62 % de vegetação esparsa. Essa realidade torna a Sub-bacia Hidrográfica do Rio Taperoá uma área com alta suscetibilidade a processos de degradação ambiental podendo se tornar irreversível se políticas de sustentabilidade não levarem em conta a especificidade do ambiente em questão e o processo de desertificação estará cada vez mais eminente.

Os resultados obtidos utilizando as técnicas de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, como ferramentas para uma análise da degradação do meio físico na área de estudo, permitiram um entendimento e análise de valores da variável física da emissividade que mostram um comportamento específico da bacia e podem ser utilizados em modelos de circulação atmosférica que necessitem de um

interface ou interconexão solo-vegetação-atmosfera.

Os resultados obtidos por técnicas de sensoriamento remoto mostram que, de maneira rápida e com certo grau de precisão, dados orbitais podem e devem ser tratados em ambientes de modelagem para a detecção de áreas degradadas e os parâmetros físicos podem se tornar necessários para aplicações de monitoramento de bacias hidrográficas.

6.2 RECOMENDAÇÕES

Pretende-se dar continuidade com uma análise a partir do Balanço de Radiação, envolvendo os fluxos radiativos de superfície de solo com o uso do solo com a finalidade de melhor detectar as mudanças mesoclimáticas na Sub-bacia hidrográfica do Rio Taperoá. Para a análise do saldo de radiação a temperatura do ar e da superfície serão parâmetros importantes e para a próxima proposta de pesquisa serão utilizados dados de temperatura de superfície das imagens do sensor MODIS (Terra) e dados de rede de estações climatológicas para estimar a temperatura, para realizar análises a partir do balanço de radiação, correlacionando os fluxos radiativos de superfície do solo e seus respectivos usos utilizando a linguagem LEGAL do SPRING. Essas informações darão melhor visibilidade sobre as atividades humanas que mais contribuem para o processo de degradação ambiental na área de estudo. O que deve abrir uma maior discussão sobre as práticas atuais e as que possam ser adotadas com o objetivo de sugerir políticas de desenvolvimento territorial mais sustentáveis para as populações locais.

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