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Esta dissertação procurou aproximar-se de dependentes químicos e familiares no intuito de compreender a relação do uso de álcool e drogas com a violência, a partir dos relatos de vivências destes participantes, à luz da Teoria Familiar Sistêmica e da literatura atual na área da saúde, especificamente dependência química. Nesse sentido, espera-se que esses estudos tenham ajudado a entender os contextos familiares e sociais dos dependentes químicos e a violência associada a eles.

Nesses estudos, a violência revela-se nos discursos, tanto dos dependentes químicos, como dos familiares. Episódios de violência são relacionados, pelos sujeitos das pesquisas, ao uso de álcool e/ou outras drogas pelos pais ou outro familiar dos internos, ao uso de drogas pelos internos, mas também a outros familiares e ator social que não fazia uso abusivo de substâncias psicoativas. Fica clara a relação que é feita pelos participantes entre uso de álcool e drogas com a violência, porém, no decorrer das entrevistas, das histórias de vida contadas, pode-se perceber que a violência percorre todo o desenvolvimento dos internos e de seus familiares, também como prática educativa, que está sendo transmitida transgeracionalmente aos internos, dependentes químicos. Outras situações agravantes nesta amostra foram a falta de apoio social, o baixo nível socioeconômico, a dificuldade do tratamento, e falta de preparo dos órgãos de contenção aos usuários e tráfico.

Nesse sentido, os discursos tanto de alguns internos quanto de alguns familiares é de que a violência recebida é merecida ou é uma prática educativa legítima, culpabilizando apenas o uso de drogas como responsável pela violência, sem perceber a violência sofrida ou infligida, independente do uso de álcool ou outras drogas.

Diante disso, podemos concluir que a violência está presente na vida, no cotidiano dos usuários de álcool e drogas e familiares, porém relacionada a diversos fatores, não só a dependência química, que por sua vez apareceu diversas vezes como válvula de escape para aliviar as angústias geradas pela violência sofrida, principalmente ocorrida na infância, tanto da família, quanto da sociedade. A violência aconteceu mesmo sem o uso de álcool e outras drogas. A pobreza, a violência crônica na infância e o uso de álcool ou substâncias por familiares, principalmente pelo pai, foram elementos importantes nos contextos que se apresentaram. São histórias de vida marcadas por desestrutura familiar, abandono paterno e materno, negligência, violência intrafamiliar, uso de álcool e outras drogas, institucionalização e perda de vida escolar regular.

Portanto, os contextos apresentados são complexos e fica clara a necessidade de incremento das políticas públicas, assim como no aperfeiçoamento contínuo das estratégias dos profissionais que trabalham com esta população. Também são importantes os estudos e o desenvolvimento de estratégias para lidar com a violência nas famílias, a fim de que se rompa a transmissão transgeracional da mesma.

Por fim, os resultados destes estudos se referem a uma população de dependentes químicos em tratamento e os familiares cuidadores, que talvez já tenham uma melhor percepção das dificuldades de suas famílias em termos de dependência química e violência, o que limita os achados. Além disso, essa pesquisa foi realizada apenas com homens de uma comunidade terapêutica, tornando-se importante a realização de estudos que verifiquem mulheres usuárias e dependentes químicos. No estudo dois, a falta de acesso a outros membros da família limitou o estudo à visão somente um dos membros da família e que provavelmente está relacionado à falta de envolvimento dos mesmos no tratamento do

interno. Além disso, a visão das parceiras é limitada mais à fase adulta dos internos, sendo as suas informações mais dos relatos do interno e familiares.

Contudo, acredita-se que os resultados encontrados neste estudo podem subsidiar mais investigações tanto com dependentes químicos, quanto com seus familiares, a fim de melhor compreender a dinâmica da violência e dependência química. Os resultados podem ser utilizados como subsídio aos profissionais da saúde, estudantes, pesquisadores e gestores de serviços de saúde, no sentido de desencadear reflexões, discussões e ações com o intuito de assistir de forma eficaz esta parcela da população, aliadas a estruturação de programas de promoção à saúde, prevenção da dependência química e recuperação, crianças, adolescentes, adultos, dependentes ou não de substâncias psicoativas.

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APÊNDICE A

Roteiro de entrevista com dependentes químicos Nome: Idade: Escolaridade: Religião: Cidade de moradia: Tempo de internação: 1. Como decidiu se internar?

2. Você se considera um dependente químico?

3. Já se internou outras vezes? Quantas vezes? Onde?

4. Alguma vez foi internado compulsoriamente? Se sim, quem o internou? Por que acha que lhe internaram?

5. Já se tratou em locais em que não há internação? 6. Como começou a usar drogas?

7. Qual a(s) droga(s) que você costumava usar?

8. Como era sua vida familiar antes de começar a usar drogas?

9. Como era seus relacionamentos sociais antes de começar a usar drogas? E depois? 10. Com quem você estava morando antes de se internar?

11. Como é o seu relacionamento com as pessoas que mora? 12. Caso não more com pai, mãe ou irmãos, perguntar:

a- Você tem pai? Como é o seu relacionamento com ele? b-Você tem mãe? Como é o seu relacionamento com ela? c-Você tem irmãos? Como é o seu relacionamento com ele(s)?

13. Já presenciou violência na sua família? (entre pais/ entre irmãos/entre pais e irmãos/ entre todos os membros e o interno)

14. O que você entende por violência?

15. A violência na sua família (se ocorreu) ocorreu antes ou depois do início do uso de álcool ou outras drogas?

16. Você praticou algum tipo de violência antes de começar a usar drogas, com você, na família ou fora dela? Como ocorreu?

17. Você praticou algum tipo de violência depois que iniciou o uso de drogas, com você, na família ou fora dela? Como ocorreu?

18. Você acha que fica agressivo, com raiva, quando está sob o efeito da droga? Você manifesta alguma agressividade? (hetero ou autoagressão)

19. Como se sente quando acaba de usar a droga?

20. Como se sente quando fica algum tempo sem as drogas? Você fica agressivo, violento?

21. Como fazia pra conseguir as drogas?

22. Você acha que existe alguma relação entre o uso de álcool e outras drogas e violência?

23. Já teve algum tipo de relação com o tráfico de drogas? Acha que o tráfico tem alguma relação com a violência.

APÊNDICE B

Roteiro de entrevista com os familiares Nome: Nome do Interno: Grau de parentesco: Idade: Escolaridade: Religião: Cidade de moradia:

24. O que sabe da internação do seu familiar? 25. Você o considera dependente químico?

26. Ele já foi internado de forma involuntária alguma vez? Se sim, por que acha que ocorreu?

27. Ele já utilizou de outros tipos de tratamento que não seja a internação? 28. Como o interno começou usar álcool ou outras drogas?

29. Qual(is) a(s) droga(s) que ele costuma usar?

30. Como era sua vida junto com ele antes de começar a usar drogas? 31. Como era a vida familiar antes dele começar a usar drogas? 32. Como é o seu relacionamento com ele?

33. Como é o relacionamento dele com as outras pessoas que moram na casa?

34. Já presenciou violência na família? (entre pais/ entre irmãos/entre pais e irmãos/ entre todos e ele) O que você entende por violência?

35. Ele já sofreu algum tipo de violência na família?

36. Ele praticou algum tipo de violência antes de começar a usar drogas? Como ocorreu?

usar drogas? Que tipo de comportamento?

38. Como ele se comporta quando usa droga? Ele ficava agressivo, com raiva, quando está sob o efeito da droga? Que tipo de comportamento agressivo, violento ele manifesta? (hetero ou autoagressão)

39. Como ele fica quando está há algum tempo sem as drogas? Fica agressivo, violento?

40. O que ele faz pra conseguir as drogas?

41. Você já praticou algum tipo de violência com ele? Se sim, que tipo de violência? Você lembra em que situação?

42. Outra pessoa da família ou não já praticou algum tipo de violência com ele? O que ocorreu?

43. Você acha que existe alguma relação entre o uso de álcool e outras drogas e violência?

44. Ele já se envolveu com o tráfico de drogas? Como foi? 45. Acha que o tráfico tem alguma relação com a violência?

46. Como era a vida social dele antes de usar drogas (escola, amigos)? E depois? 47. Ele já passou por algum tipo de violência na escola, com amigos, polícia ou

ANEXO A

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA

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