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A Copernicia prunifera apresenta alta germinabilidade com tratamento prévio, cotilédones fotossintetizantes e persistentes; rápido crescimento da raiz principal com presença de tuberosidade e maior razão de alongamento e alocação de biomassa para as raízes nas plantas submetidas a pequenas concentrações salinas.

A salinidade afetou de forma diferenciada cada variável estudada: altura, largura, massa fresca e seca da parte aérea e massa fresca e seca das raízes, sendo mais crítico na produção de matéria seca da raiz.

Os melhores resultados para a produção de mudas com relação ao estresse salino foram os de 0, 25 e 50 mol.m-3 de NaCl, em especial 25 mol.m-3, haja visto o melhor desenvolvimento da largura foliar neste nível de salinidade. Quando submetida a níveis elevados de salinidade como maior ou igual a 100 mol.m-3 de NaCl compromete o desenvolvimento e possivelmente a vida desta planta, não sendo aconselhável tentativas de produção e ou implantação de mudas em áreas que apresentem este nível de salinidade no solo.

É recomendável o seu plantio no aproveitamento de áreas salinizadas em perímetros de irrigação, que apresentem a condutividade elétrica de até 3 dS.m-1 (para plântulas de até dois meses de idade), gerando uma renda (produção de cera) na época em que no semi-árido brasileiro (período seco) o homem do campo praticamente não tem opção de renda.

A Copernicia prunifera apresentou comportamento similar ao esperado em plantas glicófitas, não resistindo altas concentrações salinas. Porém, trabalhos sobre a fisiologia e anatomia desta espécie devem ser realizados, para que haja uma maior precisão quanto sua classificação e quanto ao nível de resistência e tolerância em ambientes salinizados. Também pesquisas sobre a germinação, o crescimento, estabelecimento de plântulas e a reprodução desta espécie em seu ambiente natural e em solos nativos salinizados devem ser intensificadas para um manejo sustentável e plantio em programas de reflorestamentos da vegetação ciliar do bioma Caatinga.

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