• Nenhum resultado encontrado

Analisando as dificuldades que o Ensino Básico Brasileiro enfrenta com as evasões no Ensino Médio, ligadas, principalmente, ao desinteresse pelas disciplinas de Ciências Naturais, especialmente a Física, que segundo relatos não apresentam contextos ligados ao cotidiano dos discentes, apresentamos sugestões que passam pela BNCC, uma Educação CTS, que está muito difundida nos documentos oficiais do MEC, e ainda pela Reforma do Ensino Médio.

Os professores devem ficar atentos porque a publicação da BNCC para o Ensino Médio deverá acontecer no ano de 2018, uma vez que a REM vinculou a maioria das mudanças no Ensino Médio à publicação do texto final da BNCC. Assim como citado por Strieder et al. (2016), os próximos Planos Nacionais do Livro Didático (PNLD) terão cada vez mais influência CTS e contribuirão para diminuir a evasão, trazendo o contexto nas disciplinas de Ciências Naturais e possibilitando a formação dos discentes em cidadãos preparados para a vida e o trabalho.

O atual cenário do ensino de Física no Ensino Médio é preocupante e necessita de mudanças. Neste sentido a proposta da BNCC não parece ser o primeiro passo para que os alunos possam ter um ensino de melhor qualidade e um aprendizado mais significativo uma vez que ela se apresenta como uma proposta fora da realidade Brasileira, uma vez que haverá a necessidade de capacitação docente e possivelmente mudança nos cursos de licenciatura em física para melhor atender essa proposta.

Considerando, portanto, o estágio atual da discussão e entendendo a necessidade da implementação da BNCC como um processo de construção coletivo, poderíamos sugerir: - a implementação gradual da BNCC, por etapas de escolarização, a partir do ensino fundamental I até o Ensino Médio, para que haja discussões nas escolas entre gestores, professores e alunos para que se promova um planejamento das atividades de forma que atendam aos preceitos da BNCC e da REM, maximizando os pontos positivos e minimizando os pontos negativos das mudanças;

- promoção nas escolas de cursos de formação continuada de professores envolvendo as temáticas relacionadas à BNCC e à REM, no intuito de possibilitar que os gestores e professores tenham um maior domínio destes conteúdos e possam realizar um trabalho de maior qualidade. Apesar da BNCC ainda estar sendo discutida, e a REM ter sido aprovada sem o devido debate necessário e com ampla rejeição entre os profissionais da educação, de forma que a base, que são os professores, estivessem convencidos que as mudanças propostas não são no intuito

de melhorar a qualidade da educação, a presente pesquisa procurou enaltecer as vantagens oferecidas pelas mudanças, visto que serão orientações a serem seguidas pelos professores.

REFERÊNCIAS

ALVES, N. Sobre a Possibilidade e a Necessidade Curricular de uma Base Nacional Comum. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03 p. 1464 – 1479, Out./dez. 2014 ISSN: 1809- 3876.

AMARAL, L. Temer diz que 'valeu a pena' instituir reforma no ensino médio por MP. G1, Brasília, 2016. Disponível em: ˂http://g1.globo.com/educacao/noticia/temerdiz-que-valeu-a- pena-instituir-reforma-no-ensino-medio-por-mp.ghtml˃. Acesso em: 28 dez. 2016.

AULER, D. Interações entre Ciência-Tecnologia-Sociedade no contexto da formação de professores de Ciências. 2002. 248 f. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade do Sul de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

BARBOSA, L. C. A.; BAZZO, W. A. A escola que queremos: É possível articular pesquisas ciência-tecnologia-sociedade (CTS) e práticas educacionais? Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 8, n. 2, p. 363-372, 2014. ISSN 1982-7199. Disponivel em: <http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/view/890/343>. Acesso em: 20 jan. 2018.

BASTOS, R. S.; JUNIOR, O. G. S.; FERREIRA, M. P. A. Reforma do Ensino Médio e a Educação Física: um abismo para o futuro. Motrivivência, Florianópolis/SC, v. 29, n. 52, p.

38-52, setembro/2017. Disponível em:

<https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/article/view/2175-8042.2017v29n52p38>. Acesso em: 18 fev. 2018.

BATISTA, S. D., SOUZA, A. M., OLIVEIRA, J. M. S. A evasão escolar no ensino médio: Um estudo de caso. Profissão Docente, Uberaba, v. 9, n. 19, 2009.

BONADIMAN, H.; NONENMACHER, S. E. B. O gostar e o aprender no ensino de física: uma proposta metodológica. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Florianópolis, v. 24, n. 2, p.194-223, 2007.

BORGES, L. B. Ensino e aprendizagem de Física: contribuições da teoria de Davydov. 2016. 154 f. Tese (Doutorado em Educação),Pontifícia Universidade Católica, Goiânia, 2016. BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.

BRASIL. MEC. 2000. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Parte III - Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, DF: 2000. 68 p. Disponível em :<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencian.pdf>. Acesso em 02 fev. 2018.

BRASIL. MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/docman/julho-2013-pdf/13677-diretrizes-educacao-basica-2013- pdf/file>. Acesso em 02 fev. 2018.

Nacional de Educação PNE 2014-2024 : Linha de Base. Brasília, DF: Inep, 2015. 404 p.

Disponível em

:<http://portal.inep.gov.br/documents/186968/485745/Plano+Nacional+de+Educa%C3%A7% C3%A3o+PNE+2014-2024++Linha+de+Base/c2dd0faa-7227-40ee-a520-

12c6fc77700f?version=1.1>. Acesso em 02 fev. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – Documento preliminar. MEC. Brasília, DF, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular –2ª Versão do documento preliminar. MEC. Brasília, DF, 2016a.

BRASIL. Exposição de Motivos n.º 00084/2016/MEC, de 15 de setembro de 2016. Brasília, 2016b. Disponível em: ˂https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2016/Exm/Exm-MP-746-16.pdf>. Acesso em: 29 de dezembro de 2017.

BRASIL. Medida Provisória n.º 746, de 22 de setembro de 2016. Institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e a Lei nº 11.494 de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília: 23 set. 2016c.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 2016d.

Disponível em:

<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/15261/constitui%c3%a7%c3%a3o_fe deral_50ed.pdf?sequence=122 >. Acesso em: 02 fev. 2017.

BRASIL. Lei n.º 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. 2017a. Altera as Leis nos 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto- Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Diário Oficial da União, Brasília, 17 fev. 2017.

CÂNDIDO, Rita de Kássia; GENTILINI, João Augusto. Base Curricular Nacional: reflexões sobre autonomia escolar e o Projeto Político-Pedagógico. RBPAE - v. 33, n. 2, p. 323 - 336, mai. /ago. 2017.

CARVALHO, H. A. P.; ZANATTA, S. C.; LEIRIA, T. F. O ensino de física no atual contexto das políticas educacionais e dos paradigmas epistemológicos da ciência do século XX. Pedagogia em Foco, Iturama, v.11, n. 6, p. 116-134, jul. /dez. 2016.

CHAVES, J. A. C et al. As dificuldades de aprendizagem no ensino de matemática e Física dos alunos do 2º ano do ensino médio. III Congresso Internacional das Licenciaturas COINTER - PDVL2016. Recife: [s.n.]. 2016. p. 11. Disponível em:<http://cointer- pdvl.com.br/index.php/comunicacao-oral-2-2/>. Acesso em 02 fev. 2018.

CUTCLIFFE, S. H.; MITCHAM, C. Vision of STS - counterpoints in science, technology, and society studies. State University of New York, 2001.

DOMINGUES, J. L.; TOSCHI, N. S.; OLIVEIRA, J. F. A reforma do ensino médio: A nova formulação curricular e a realidade da escola pública. Educação & Sociedade, Campinas, v.21, n.70, p.63-79, abr. 2000.

DRIVER, R.; ASOKO, H.; LEACH, J.; MORTIMER, E.; SCOTT, P. Construindo conhecimento científico na sala de aula. Química nova na escola, São Paulo, n. 9, p. 31-40, 1999.

FERNANDES SOBRINHO, M. Temas sociocientíficos no Enem e no livro didático: limitações e potencialidades para o ensino de Física. 2016. 349 f. Tese (Doutorado em Educação), Universidade de Brasília, Brasília, 2016.

FIOLHAIS C.; TRINDADE J. Física no Computador: o Computador como uma Ferramenta no Ensino e na Aprendizagem das Ciências Físicas. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 259-272, 2003.

FRIGOTTO, G. Os circuitos da história e o balanço da educação no Brasil na primeira década do século XXI. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n.46, p.235-274 , jan./abr. 2011.

GARCÍA PALACIOS, E. M.; VON LINSINGEN, I.; GONZÁLEZ GALBARTE, J. C.; LÓPEZ CEREZO, J. A.; PEREIRA, L. T. V.; MARTIN GORDILLO, M.; OSORIO, C.; VALDÉS, C.; BAZZO, W. A. Introdução aos estudos CTS. 1. ed. Florianópolis: OEI, v. 1, 2003.

KRASILCHIK, M. Reformas e realidades o caso do ensino das ciências. São Paulo em perspectiva, São Paulo, n. 14, p. 85-93, 2000.

KUENZER, A. Z. O ensino médio no plano nacional de educação 2011-2020:Superando a década perdida? Educação & Sociedade, Campinas, v.31, n.112, p.851-873, jul./set. 2010. MACEDO, E. Base Nacional Curricular Comum: Novas formas de sociabilidade produzindo sentidos para educação. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 12, n. 03 p.1530 – 1555, Out./dez. 2014. ISSN: 1809-3876.

MARSIGLIA, A. C. G.; PINA, L. D.;MACHADO, V. de O.; LIMA, M. A Base Nacional Comum Curricular: um novo episódio de esvaziamento da escola no brasil. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 9, n. 1, p. 107-121, abr. 2017.

MENEGOTTO, J. C.; ROCHA FILHO, J. B. Atitudes de estudantes de Ensino Médio em relação à disciplina de Física. Revista Electrónica de Enseñanza de lasCiencias, Espanha, v. 7, n.2, p. 01-15, 2008.

MIRANDA, E. M. Tendências das perspectivas Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) nas áreas de Educação e Ensino de Ciências: uma análise a partir de teses e dissertações brasileiras e portuguesas. 2012. 292 f. Tese (Doutorado em Educação), Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2012.

MORAES, J. U. P. A visão dos alunos sobre o Ensino de Física: um estudo de caso. ScientiaPlena, Lagarto, v. 5, n.11, p. 1-7, 2009.

MOREIRA,M.A.;Caballero,M.C.eRodríguez,M.L.(orgs.)(1997).Actas del Encuentro Intern acional sobre elAprendizajeSignificativo.Burgos, España. p. 19-44. Publicado em português em Moreira, M. A. (1999). Aprendizagem significativa. Brasília: Editora da UnB. Revisado em 2012.

MOTTA, V. C. D.; FRIGOTTO, G. Por que a urgência da reforma do Ensino Médio? Medida Provisória nº 746/2016 (LEI Nº 13.415/2017). Educação & Sociedade, Campinas, v. 38, n. 139, p. 355-372, abr.-jun. 2017. ISSN 0101-7330.

PEREIRA, R. I.; HEINZLE, M. R. S. Política de redesenho curricular em movimento no ensino médio : contextualização e estado da questão. Olh@res, Guarulhos, v. 5, n. 2, p. 54-76,

Novembro 2017. ISSN 2317-7853. Disponivel em:

<http://www.olhares.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/714/257>. Acesso em: 30 jan. 2018.

PERRENOUD, P. (1999). Contruir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed. PINHEIRO, N. A., SILVEIRA, R. M., BAZZO, W. A. (2007). Ciência, Tecnologia e Sociedade:A Relevância do Enfoque CTS para o contexto do Ensino Médio . Ciência & Educação, 13(1), 71-84.

RAMOS, M. N. Ensino médio integrado: Lutas Históricas e resistências em tempos de regressão. In: ARAÚJO, A. C.; SILVA, C. N. N. D. Ensino Médio Integrado no Brasil: Fundamentos, Práticas e Desafios. 1. ed. Brasília: IFB, v. 1, 2017. Cap. 2, p. 20-43.

ROSA, C. W.; ROSA, Á. B. Ensino da Física: tendências e desafios na prática docente, Revista Ibero-americana de Educação, Passo Fundo, v. 43, n. 1, p. 1-13, 2007.

SANTOS, G. H.; ALVES, L.; MORET, M. A. Modellus: Animações Interativas mediando a Aprendizagem Significativa dos Conceitos de Física no Ensino Médio. Revista Sitientibus – Série Ciências Físicas, Feira de Santana, v. 2, p. 56-67, 2006.

SANTOS, W. P.; MORTIMER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C- T-S(Ciência-Tecnologia-Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio- Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 2, n. 2, p. 110-132, dezembro 2002.

SBF, SOCIEDADE BRASILEIRA DE FÍSICA (2015). A Física no ensino médio e fundamental: proposta para a SBF. Considerações sobre a Base Nacional Curricular Comum e a física na BNCC (Ensino Médio e Fundamental). Disponível em <http://www.sbfisica.org.br/v1/arquivos_diversos/ noticias/dezembro2015/Documento_GT- BNCC_06dez2015.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2018.

STRIEDER, R. B.; SILVA, K. M. A.; FERNANDES SOBRINHO, M.; SANTOS, W. L. P. A educação CTS possui respaldo em documentos oficias brasileiros? ACTIO, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 87-107, jul./dez. 2016. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/actio>. Acesso em: 30 de jan. de 2018.

VEIT, E. A.; TEODORO, V. D. Modelagem no Ensino/Aprendizagem de Física e os Novos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 24, n. 2, p. 87-90, 2002.

WAKS, L. J. (1990). Educação em ciência, tecnologia e sociedade: origens, desenvolvimentos internacionais e desafios atuais. Em: MEDINA, M., SANMARTÍN, J. (Eds.). Ciência, tecnologia e sociedade: estudos interdisciplinares na universidade, na educação e na gestão política e social. Barcelona, Anthropos, Leioa: Universidade do País Basco.

Documentos relacionados