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Buscando situar o grupo com o qual mantive contato, de acordo com a bibliografia das Ciências Sociais que aborda a prostituição, a delimitação mais adequada corresponde a adotada por Fonseca (1996) quando a autora propõe que a relação da profissional do sexo com o cliente, enquanto prostituição, só existe perante o pagamento. Procurei conhecer mulheres que se entendessem vivendo relações de prostituição, ou seja, com uma autodefinição de si como prostituta. Termos como prostituta, puta, garota de programa, profissionais do sexo, entre outros são utilizados para referir-se às mulheres que têm a prostituição como ocupação. No grupo pesquisado a nomenclatura mais recorrente é “garota de programa”.

A literatura aqui apresentada discorre sobre a prostituição e diversos problemas sociais e morais que a envolvem como a prostituição infantil, as questões de saúde pública (Doenças Sexualmente Transmissíveis e violência) e, o que tem recebido maior atenção nos últimos anos, o tráfico internacional de mulheres. Discorrem também sobre a “mistura” de sexo com dinheiro, os ganhos simbólicos decorrentes da ocupação e a prostituição enquanto vivência de sexualidade.

Questões estas sempre pertinentes, pois o tema da prostituição articula várias convenções sociais como a exigência da monogamia, da sexualidade passiva da mulher, a heteronormatividade, bem como a questão “[...] da contradição entre o sentimento e o dinheiro” (DUARTE, 2004, p. 70). Além disso, está em alta no Brasil e em diversos países da Europa a discussão sobre a regulamentação da prostituição como profissão e a sua legalidade em meio ao estigma e a imagem da prostituta como vítima de circunstâncias indesejadas e como uma “mulher” moralmente desviada que permanecem no imaginário social, em acordo com a normatividade heterossexual (BUTLER, 2008).

O gênero como categoria analítica partiu das feministas norte-americanas na década de 80 que há muito problematizavam a naturalizada sujeição das mulheres e buscavam contrapor-se ao discurso que se utiliza do sexismo como forma de discriminação, apontando que não há características subjetivas, faculdades, comportamentos ou papéis inerentes aos indivíduos determinados biologicamente, mas por uma construção social. Os dados da biologia não são determinantes, mas

coexistem com aspectos da personalidade e comportamento (NICHOLSON, 2000; PISCITELLI, 2002) e são utilizados para reiterar o sexismo. A estudiosa Judith Butler (2008, p. 25). afirma que “[...] a rigor, talvez o sexo sempre tenha sido gênero, de tal forma que a distinção entre sexo e gênero revela-se absolutamente nenhuma”. Assim, é possível compreender que o sexo é tão discursivo e cultural como o gênero e também não é puro domínio natural como se pretende convencionar.

Se a mulher é reprimida por ser mulher, a mulher prostituta é estigmatizada por ter a sua identidade social “[...] construída a partir da sua condição de transgressora das regras e normas estipuladas socialmente para o exercício da feminilidade” (GUIMARÁES; MERCHÁN-HAMANN, 2005, p. 530). Sendo representada como desprovida de certas características do gênero feminino e fortemente ligada a características do gênero masculino como a dissociação entre sexo e sentimento amoroso (GASPAR, 1985). É como se nessa mulher houvesse uma anomalia de gênero. Deste modo, no imaginário social “[...] a prostituição aparece como fortemente determinante da inserção social da mulher prostituta e de sua condição feminina” (RUSSO, 2007, p. 501).

Ao contrário do que permeia o imaginário social, ao analisar aspectos da identidade das garotas de programa entrevistadas relacionando-os com aspectos apresentados por outros pesquisadores contemporâneos verifiquei como elas significam sua inserção na prostituição e como elas demonstram superar a ambivalência “mãe x puta”. A prostituição apareceu como um aspecto a mais da sua identidade, não determinante da sua sociabilidade, nem da sua condição feminina. Um projeto e não um destino.

Apresento os dados encontrados em minha pesquisa observando que vivemos em um contexto sócio-histórico no qual a afirmação de uma atitude considerada desviante mediante a justificativa de ser uma escolha individual, de busca financeira e de busca por prazer pode torná-la legítima. Se não para todos e em todos os contextos, ao menos para si. Isso porque, a liberdade de escolha, a autonomia econômica, o viver com prazer e não mais ser conduzido pela ancestralidade e seus valores como castidade e estabilidade, tornaram-se valores supremos.

A prostituição está historicamente ligada ao feminino e à malícia que lhe foi atribuída. Não apenas a prostituição de mulheres é mais comum e mais procurada,

mas também o feminino e as características atribuídas a ele são almejados pelas mulheres que atuam como garotas de programa. De modo que corpo e comportamento tidos como femininos parecem ser essenciais para o exercício financeiramente bem sucedido da prostituição.

Entendo que não são as semelhanças biológicas que definem o corpo, “[...] mas, fundamentalmente, os significados culturais e sociais que a ele se atribuem” (GOELLNER, 2003, p. 29). Neste sentido, parece-me que “[...] a gente ‘se torna’ mulher, mas sempre sob uma compulsão cultural a fazê-lo” (BUTLER, 2008, p. 27). E se gênero é um ato performativo e o sujeito só existe enquanto ação, “[...] gênero não é algo que somos é algo que fazemos” (BUTLER apud SALIH, 2012, p. 89). Sendo esta a direção que tomei para pensar gênero a partir da prostituição percebi ao longo da minha pesquisa que “ser” garota de programa “[...] é a estilização repetida do corpo, um conjunto de atos repetidos” (BUTLER, 2008, p. 59).

Em um ambiente de muita troca de informações e realização de procedimentos estéticos como bronzeamento, massagem, depilação, corte de cabelo, pintura e aplicação de “mega hair” em cabelos entre outros, frequentado por mulheres e travestis garotas de programa certos “cuidados estéticos” apresentaram- se como essenciais para o exercício da prostituição e associados a uma imagem ideal de feminino. De modo que esta imagem era materializada nos corpos a partir de diversos tratamentos estéticos que vão desde cirurgias e apliques de cabelo até procedimentos mais cotidianos como fazer as unhas semanalmente, fazer escova e “chapinha” nos cabelos diariamente, bronzeamento artificial e massagens algumas vezes por semana. A autotransformação das garotas de programa é cotidiana. E diz respeito não apenas à transformação ou ao trato do corpo em si, mas também aos gestos e comportamentos, bem como a maquiagem, o perfume e a própria vestimenta dos corpos.

Pensando sobre esta autotransformação cotidiana das garotas de programa, o próprio contexto levou-me a pensar em paralelo a transformação “drag” e travesti e, consequentemente, a relacioná-las. Quanto a isso percebi que há estudos sobre a construção do corpo “feminino” realizada por travestis e transexuais, contudo parece que também nos interesses de pesquisa esta construção está naturalizada quando realizada por “mulheres”. Verifiquei em minha pesquisa que os atributos físicos destas mulheres também têm muito pouco de “natural” e que sendo o gênero

um ato performativo, nem ali, nem aqui encontramos o “mais natural”, mas sempre uma construção consciente e árdua em busca daquele utópico feminino. Que, neste caso, é fonte de importantes ganhos financeiros.

A partir destes dados perguntei-me de onde vem a “cartilha” a ser seguida já que os corpos, as descrições nos blogs e as fotos parecem seguir um roteiro predefinido, tamanha a semelhança entre as mais diversas mulheres de diferentes agências, sites e casas. Quanto a isto as garotas me falaram sobre as exigências do “mercado” entendido aqui a partir de um fórum de discussão de um dos grandes

sites de anúncios de garotas de programa de Porto Alegre e dos clientes em geral.

No fórum, os clientes e possíveis clientes homens contam suas experiências com garotas de programa e discutem suas preferências de custo, corpo e comportamento. Observando o fórum tive a forte impressão de uma “objetificação” da mulher: nos relatos, nas críticas, nos elogios. Ao mesmo tempo em que as garotas de programa entrevistadas demonstram autonomia e forte poder de decisão diante dos seus clientes. Apesar disso e por isso o fórum pode ser uma ferramenta importante para uma análise futura da relação das garotas de programa com seus clientes e com as exigências/opiniões dos mesmos. Na ação a “objetificação” se concretiza ou o que ocorre é o empoderamento da mulher prostituta que exige do cliente tanto quanto ele exige dela?

Utilizando-me da reflexão antropológica realizei uma imersão para tentar entender como o outro pensa o mundo e o que impulsionou a pesquisa aqui apresentada foi a busca por conhecer e analisar os possíveis ganhos simbólicos (OLIVAR, 2011) atribuídos à profissão e as condições para sua ocorrência, relativizando, em acordo com Fonseca (1996) a imagem da prostituta sofrida que só exerce esta atividade devido à coerção ou a miséria. Para tanto defini como primeira tarefa metodológica realizar observação participante e, como segunda, realizar entrevistas semiestruturadas com mulheres que atuam de diferentes formas na prostituição para aprofundar questões vistas em campo. Dadas as transformações ocorridas no decorrer do trabalho e o local de observação meu novo problema de pesquisa questionou se os procedimentos estéticos realizados por garotas de programa podem ser entendidos como uma materialização do gênero feminino e se este processo está relacionado com a ocupação das mesmas. Além disso, pensei e verifiquei a prostituição como uma escolha dentro de um campo de possibilidades e

analisei como as mulheres participantes da pesquisa entendem suas identidades e significam sua vida como garotas de programa. Percebi que sim, aquele salão de beleza é um espaço exclusivamente feminino, um espaço de construção do feminino como características corporais e comportamentais independente de “sexo”.

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