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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os resultados desse trabalho mostram que a tendência de exodontia no Brasil, durante esses 15 anos, está em decréscimo. O modelo assistencial prestado pelo SUS parece ter ajudado na redução dessa taxa de exodontia, pois, a saúde bucal tem sido incorporada às ESF por diversos municípios e cada vez mais usuários são beneficiados por essa assistência. O impacto da queda da taxa de exodontias, só pode ser afirmado, em relação aos usuários do SUS, pois, os dados analisados são pertencentes a esse sistema público de saúde. A queda na taxa da exodontia é influenciada por todos os fatores analisados. As condições socioeconômicas da população oportunizam outras escolhas além da exodontia. A oferta da atenção secundária por meio do CEO aumenta a oferta de procedimentos especializados mostrando-se essencial para que o serviço seja menos mutilador. O número de ESB aumentou a taxa de exodontia pela demanda reprimida da população. Esse estudo torna-se útil, pois, nos mostra que determinantes da condição de vida (IDH) e de saúde (oferta da atenção primária e secundária) das pessoas interferem nas perdas dentárias. Pode-se afirmar assim, que políticas públicas que reduzam as desigualdades socioeconômicas e que possibilitem o acesso aos serviços de atenção primária e de atenção secundária à saúde bucal tendem a modificar o quadro das perdas dentárias no Brasil. Estudos futuros para investigar fatores correlacionados que possam avaliar a tendência dessas perdas dentárias tornam-se importantes para melhorar o entendimento da determinação social das perdas dentárias.

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ANEXOS

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