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O pensamento acadêmico dominante elege a organização formal capitalista como a única forma organizacional possível. Visão que corresponde a um processo ideológico e hegemônico atrelado a uma lógica utilitarista instituída pela Sociedade de Mercado. Inserido na área de Estudos Organizacionais em

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Administração e inclinado a uma perspectiva critica acerca de Formas Não Convencionais de Organização, este estudo teve como propósito compreender o impacto do discurso e de ações alinhadas a uma visão desenvolvimentista sobre a forma de organização, o modo de produção e o convívio social no contexto das Comunidades Tradicionais de Faxinais.

Desse modo, entende-se que as Comunidades Tradicionais representam fenômenos sociais possíveis e relevantes para compor o rol de objetos de análise à disposição de pesquisadores, críticos ou não, no campo de Estudos Organizacionais em Administração. Enquanto Formas Não Convencionais de Organização, representam fenômenos que, em função das suas características peculiares constituintes têm a lógica substantiva como guia de sua forma de organização e de suas práticas, constituindo insights para estudos interessados no rompimento com os pressupostos dominantes do modo de produção capitalista.

Entende-se que fomentar reflexões teóricas e empíricas acerca do conceito de organização visando romper com categorizações atualmente aceitas e reproduzidas em diferentes estudos contribuiria para o reconhecimento da multiplicidade de formas e práticas organizacionais dotadas de singularidades que as tornam distintas entre si. Assumir um conceito de organização não excludente acarretaria na flexibilização do arcabouço teórico de Administração

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levando a uma compreensão múltipla dos fenômenos sociais na área de Estudos Organizacionais.

Por outro lado, o paradigma dominante da Sociedade de Mercado, como reforça Santos (2010), pressiona qualquer forma alternativa de proposta para grupos sociais. Supremacia que ocorre tanto pelo fato de que Formas Não Convencionais de Organização não seriam capazes de garantir crescimento, desenvolvimento e progresso constantes das estruturas econômicas hegemônicas, quanto pelo fato de que tais configurações sociais prejudicariam a ideologia de sucesso individual baseado no ganho particular e na propriedade privada e acumulação de capital.

Assim sendo, se formas alternativas de convívio social indicam a possibilidade de uma vida baseada na racionalidade substantiva, promovendo o resgate do ser humano como central de seu modo de organização e da forma de condução das atividades cotidianas, também são constantemente ameaçadas, por um paradigma dominante que impõe com severidade uma racionalidade instrumental. Essa lógica limita princípios de solidariedade, reciprocidade e comunhão, impondo um sistema hegemônico cada vez mais influente, que age na supressão de valores sociais humanos para a expansão de princípios utilitaristas.

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Portanto, contatou-se que a tensão intrínseca ao acesso e ao uso dos territórios comunitários que é reproduzida pelo discurso da propriedade privada e da eficiência produtiva, reforça conflitos e contradições entre o modo de vida tradicional das comunidades faxinalenses e os propósitos desenvolvimentistas de atores públicos e privados, promovendo a fragmentação de elementos culturais e da coletividade no cotidiano das Comunidades Tradicionais de Faxinais.

Desse modo, a substituição da prática de subsistência pela produção para o mercado condiciona a identidade coletiva dos faxinalenses a um processo de encapsulamento cultural em decorrência do processo de desconstrução dos territórios comunitários. Crenças, valores, costumes e conhecimentos tradicionais em função do isolamento, ao qual as pessoas são submetidas seriam destituídos de seu significado social e sofreriam o rompimento de um ciclo histórico de compartilhamento entre as pessoas.

Ou seja, os fatores culturais correspondentes à construção das singularidades reconhecidas no contexto das Comunidades Tradicionais de Faxinais, pela redução ou despersonalização dos mecanismos comunitários de transmissão, deixam de ser reproduzidos nas comunidades faxinalenses. Os territórios faxinalenses assim se veem invadidos por uma lógica utilitarista de organização e produção.

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Por fim, a desagregação dos criadouros comunitários, ou seja, a desconstrução das terras de criar pode ser percebida a partir de duas dimensões, uma física e a outra simbólica, corroborando com as discussões de Wagley (1954) e Nogueira (1955) ao apontar o espaço, físico ou simbólico, como o elemento central na delimitação de uma comunidade, ou com as reflexões de Hobsbawm (2000) sobre a ação da ideologia do progresso sobre o território, físico e simbólico, de povos antigos.

Fisicamente corresponde ao cercamento e redução do território comunitário, que passa a ser mantido individualmente por seus proprietários, fragmentando atividades ligadas à produção de subsistência dos faxinalenses. Em termos simbólicos, pelo processo de aprisionamento da consciência coletiva em que a personalidade moral compartilhada pelos membros da comunidade tem sua centralidade destituída. Consequentemente, comportamentos e condutas sociais são condicionados a normas e princípios individuais gerando uma série de conflitos e contradições no cotidiano das Comunidades Tradicionais de Faxinais.

Considerando a relevância do estudo sobre Formas Não Convencionais de Organização como busca por alternativas ao Management, é pertinente apontar as reflexões acerca das contribuições das Comunidades Tradicionais de Faxinais para se pensar em uma organização que seja de fato coletivamente orientada.

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Isto se torna relevante se considerados os limites conceituais da atual Teoria das Organizações para a compreensão de diferentes formas de associações humanas por conta de, apesar do discurso dominante que defende a existência de formas coletivistas (co-gestão, gestão participativa, gestão social), na verdade, os mecanismos gerenciais e organizativos do Management refletem ideais individualistas e centrados na racionalidade instrumental, servindo, antes de tudo, como reforço ideológico (FARIA, 2009).

Partindo desta premissa, defendeu-se no presente estudo que a ocorrência de iniciativas comunitárias notadamente coletivistas que surgiram durante a propagação do capitalismo se deu, de certa forma, como resistência à imposição de um projeto de sociedade centrado no individualismo e na acumulação capitalista. Ou seja, estas iniciativas comunitárias que emergiram ao redor do mundo – especialmente em um contexto geográfico periférico aos grandes centros industrializados e economicamente desenvolvidos – seriam antigas formas de organizar que foram esquecidas e/ou marginalizadas pela Sociedade Capitalista. A força da re-descoberta destas formas de organização está em reconhecer o potencial explicativo de seus princípios diferenciados para a constituição de formas organizacionais centradas no ser humano.

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Finalmente, destacamos a seguir premissas organizativas das Comunidades Tradicionais de Faxinais que podem contribuir objetivamente para o campo de estudos organizacionais como novas referências teóricas. Este esforço de inspira no projeto iniciado por Guerreiro Ramos (1989) de busca por novas referências para a área.

A descaracterização da lógica de propriedade privada pelo uso coletivo de espaços e de bens. O contexto organizacional das comunidades faxinalenses estabelece a

possibilidade de um convívio entre os pares que não admite competitividade e sim cooperação. Neste sentido, nestas comunidades não se estabelece a propriedade privada como elemento de sucesso e diferenciação, onde a terra surge como recurso de fato coletivista. Se adotarmos a linguagem marxiana, poderíamos dizer que a terra, no que se refere à criação de porcos, é considerada por seu valor de uso, e não de troca. Esse princípio torna-se fundamental para a compreensão das formas de gestão e organização comunitárias tendo em vista que, diferente de outras propostas anunciadas como alternativas ao modelo dominante – como, por exemplo, as sociedades cooperativas – os Faxinais não se fundamentam na propriedade jurídica coletivista; ou seja, não está presente nos Faxinais a ideia de que todos os participantes são donos do negócio ou de um patrimônio. Essa descaracterização é importante, pois, representa a ruptura com

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um padrão fundamental da sociedade de mercado, o princípio da equivalência contratual e da monetarização dos bens.

O respeito mútuo entre as pessoas e o resgate da essência do ser humano no cotidiano. As pessoas são percebidas como indivíduos que compõem uma

sociedade ampla e não como sujeitos isolados e autossuficientes, que agem individualmente em busca de objetivos eminentemente individuais. Constituem alternativa de forma de vida que compõe uma proposta de convívio social centrada no comunitário e na tolerância as diferenças humanas entre membros de distintas raízes étnicas, expressando possibilidades concretas de emancipação, autonomia, soberania alimentar e cultural. Reflete valores substantivos de organização da vida humana associada tal como anunciados por Guerreiro Ramos (1989), que é delimitada pela preocupação dos membros do grupo com elementos de uma cultura comunitária centrada na coletividade, na solidariedade e no convívio social, e em oposição a um discurso de defesa da economia mercantilista, constituída sob a égide do individual, da competição e da acumulação financeira.

A produção centrada na prática de subsistência. As atividades dos faxinalenses

guiam-se pela ênfase em práticas de produção de subsistência, desconectadas da lógica utilitarista de acumulação do capital. Em grande parte, este princípio é fundamental para que se imponham limites ao ritmo da produtividade, e reforça

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os elos sociais entre os membros das comunidades. Mesmo quando ocorre excedente da produção – ou seja, a produção é maior do que o necessário para a subsistência dos produtores – o foco central nos Faxinais é a produção para a manutenção da comunidade, manifestada nas práticas de troca entre os faxinalenses.

Assim, considerando a relevância do estudo sobre Formas Não Convencionais De Organização, bem como as reflexões construídas no decorrer deste trabalho, é pertinente propor alguns caminhos que se revelam como possibilidades de investigação para futuros pesquisadores. Isso para que sejam ampliados os conhecimentos teóricos e empíricos na área de Estudos Organizacionais em Administração, em decorrência dos limites conceituais da atual Teoria das Organizações para a compreensão de diferentes formas de associações humanas. Portanto, assumindo-se que os pressupostos defendidos pela moderna Teoria das Organizações implicam no reconhecimento de um único tipo de organização social, as organizações formais burocráticas alinhadas ao modo de produção capitalista, defende-se o resgate dos princípios inerentes à abordagem substantiva da organização em Estudos Organizacionais na área de Administração.

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As reflexões de Guerreiros Ramos (1989) acerca da Teoria da Vida Humana Associada nas bases da racionalidade substantiva representam um campo de investigação acadêmica, na área de Estudos Organizacionais em Administração, que depende de maior atenção por parte dos pesquisadores pela possibilidade de consolidação das diretrizes apontadas pelo autor como base para a reformulação da Teoria das Organizações. Tais diretrizes prezam pela multiplicidade de princípios singulares que correspondem a diferentes contextos sociais.

Concomitantemente, torna-se evidente a necessidade de ampliação do campo de investigação de pesquisadores na área de Estudos Organizacionais em Administração para a análise de formas não convencionais de organização, como por exemplo, contextos comunitários tradicionais, pela possibilidade de contribuir significativamente para a quebra de paradigmas hegemônicos ideologicamente difundidos pelas concepções teóricas vigentes. Essa proposição é endossada pelas reflexões de Misoczky (2006; 2012) e Vizeu (2008; 2011), que questionam a supremacia, no Brasil, de análises em torno de organizações formais.

Outro aspecto relevante com relação ao estudo de comunidades tradicionais diz respeito à necessidade por uma compreensão da construção histórica da atual crise na qual a sociedade está inserida. A análise de tais contextos sociais permite que pesquisadores observem com mais atenção os princípios que instituem

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costumes, valores, crenças, conhecimentos e práticas comunitárias tradicionais, nos dias atuais esquecidas.

Finalmente, corroborando com as reflexões de Vizeu (2010), é necessário atribuir aos Estudos Organizacionais em Administração o adequado tratamento da perspectiva histórica. Conforme observam Booth e Rowlinson (2006), essa ênfase constitui-se um elemento central, tendo em vista que sua construção pode possibilitar a teorização da história de uma realidade, tornando-a assim parte de um conjunto teórico que visa a explicar os fenômenos organizacionais.

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