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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento GARRINCHA, UM FILME DE PERNAS TORTAS (páginas 169-187)

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O documentário é um gênero fílmico que acomodou diversas vertentes por muito tempo e,

dentro dele, diferentes modos de filmar e pensar o cinema surgiram, cada qual com

características distintas e inovadoras. Umas das vertentes do documentário, abordada por esta

pesquisa é o cinema direto – além do cinema-verdade e do filme-ensaio –, discutimos seu

processo e comparamos umas as outras junto ao nosso objeto de pesquisa o filme Garrincha,

Alegria do Povo.

A concepção de filme-ensaio surgiu na década de 1960 da necessidade de se desvincular do

gênero documentário por reconhecer práticas de construção fílmica que ultrapassam os limites

desse gênero e que não mais poderiam ser assim reconhecidos.

O filme-ensaio tem um formato híbrido que faz uso de materiais diversos. Ele pode ser

considerado também ficção ou uma mistura entre ficção e documentário conforme discutido

aqui no capitulo 3. Várias dessas características não lhe são exclusivas e podem ser

encontradas também no chamado filme experimental e no cinema de autor, que possuem

formatos abertos. Porém, a concepção de filme-ensaio, conforme as referencias apresentadas

supra, tem sido bastante divulgada, devido às práticas recentes de montagem, que envolvem o

uso de arquivos e que foram facilitadas em muito pelas tecnologias digitais. O filme de

Joaquim Pedro, Garrincha, Alegria do Povo não foi denominado “filme-ensaio” pela

recepção crítica, mas sim como um “documentário”, sendo desejo do cineasta, conforme

apontado no capítulo 4 supra, precisamente realizar um “cinema-verdade”. Porém, a partir da

prática pouco comum na época de se utilizar de matérias distintos de arquivo, de material

original filmado, de fotos e recortes de jornal, esta pesquisa considera que o filme tem

características semelhantes àquilo que hoje, em cinema, se considera um “filme-ensaio”.

Inclusive, acreditamos que o filme pode ser visto como um “proto” filme-ensaio, uma espécie

de filme-ensaio dos primórdios da cinematografia brasileira. Não se conhece nenhum filme

brasileiro anterior que tenha feito uso de materiais tão diversos e que seja híbrido, da forma

como Garrincha o é, e que o tenha sido feito com o propósito de construir uma narrativa

poética e documental – hoje bastante difundida em galerias de arte contemporânea.

O Garrincha, de Joaquim Pedro, tenta se equilibrar entre o que era considerado cinema direto

e cinema verdade, entre as exigências de uma tecnologia moderna e sua notável ausência, com

preocupação de superar essa dificuldade e propor uma análise crítica sobre o futebol como

espetáculo.

A maioria dos filmes-ensaios trabalham com imagens de arquivo, às vezes de só um tipo, às

vezes mesclando diversos tipos e com uma voz over dialogando diretamente com o espectador

de forma pessoal, compartilhando sentimentos, acontecimentos e pensamentos, contando uma

dificuldade, expondo um ponto de vista ou um conflito, mas muitas vezes acompanhada por

uma reflexão. Filmes que seguem os moldes do filme-ensaio, abrem uma discussão

contemporânea sobre um novo cinema, porém, pode-se retornar na linha do tempo e

considerar obras de autores como Vertov e Eisenstein e depois Marker e Renais, até mais

recentemente com Godard e Faroki, dentre tantos outros. O que os une é o que eles têm a

dizer, a mensagem e o diálogo com o espectador. Esses cineastas são expressões de ideias e

de idiossincrasias singulares, o que torna seus filmes verdadeiras obras de arte e referência

para futuros cineastas, futuros filmes, futuros estudos, novas e poderosas referências. Porém, a

combinação de fotografias com filmes antigos e material novo e documental de Garrincha,

faz com que o filme seja único. Joaquim Pedro não teve medo de utilizar uma imagem

deteriorada, como o próprio locutor alerta, fato que reverteu-se em uma característica positiva.

As imagens foram utilizadas sem preparação ou alteração alguma, da forma mais realista

possível, do jeito que as encontrou. Toda essa combinação de imagens filmadas, imagens de

arquivo, fotografias e manchetes de jornais é conjugada por cortes secos e frenéticos, como

pode-se observar na linha do tempo de edição contendo a duração de cada plano, no início e

no final, menos de um segundo. Os cortes são velozes, num estilo vídeoclip, e todo o triunfo

dessa grande obra se dá principalmente devido ao cuidadoso e primoroso trabalho de edição.

Como o próprio Joaquim Pedro observa, o filme se construiu na sala de montagem.

Joaquim Pedro não se apegou à ordem cronológica durante a montagem das partidas que estão

no início do filme, e tampouco existe uma ordem temporal para elas, ora é dia, ora é noite, ora

chove, ora faz sol. No início, essa montagem pode causar certo estranhamento, porque, além

disso, o uniforme do time adversário também muda. Mas no decorrer da sequência percebe-se

que o foco principal está em Garrincha e seus dribles. A mesma estranheza acontece no final

do filme, com as imagens das Copas do Mundo, que são ora de jogos de 1962, ora dos jogos

de 1958 e outra vez dos jogos de 1950, retrocedendo no tempo. Contudo, nessa ocasião a base

de ligação não é Garrincha e sim o uso do esporte pelos políticos.

Se o modo reflexivo encontrado em documentários como Noite e Neblina e Terra sem Pão, é

considerado por Stella Bruzzi

20

como constituinte de obras prematuras do filme-ensaio, essa

prematuridade do filme-ensaio também deve ser apontada no que concerne ao filme

Garrincha, Alegria do Povo. A propósito, identifica-se a presença de uma reflexão durante

todo o filme que em tudo se assemelha àquela presente nos filmes acima citados, com

destaque para a mistura de diferentes tipos de imagens de arquivo, que utilizadas como o

foram, sugerem um tom reflexivo sobre a alienação e o uso político da paixão dos brasileiros

pelo futebol. Destaca-se, também, o fato de que a voz over, muito característica dos pequenos

documentários do Repórter Esso, a fim de garantir confiabilidade, reflete e sugere linhas de

pensamento. Ou seja, ela estabelece um diálogo que transcende a função de mera locução.

Os filmes em destaque que foram realizados com fotografias (still), anteriores a Garrincha,

foram: Cartas da Sibéria, de Chris Marker, já abordado antes, e Salut les cubains (1963), de

Agnes Varda

21

. O primeiro é inteiramente realizado com fotos, mas se assemelha a uma

ficção. O segundo, de Varda, realizado no mesmo ano do lançamento de Garrincha também é

realizado totalmente com fotos. Varda talvez tenha influenciado o cinema cubano a se utilizar

do método – empregado inicialmente por Chris Marker –, como é o caso do cineasta cubano

Santiago Alvarez

22

com seus curtas-metragens Now (1965) e LBJ (1968). Apesar desses

curtas-metragens também serem inovadores para época, Garrincha está possivelmente um

passo a frente no que diz respeito à reutilização de imagens, pois Joaquim Pedro mistura

vários tipos de imagens, inclusive filmadas, para construir uma narrativa.

Entretanto, o uso de materiais de arquivo no cinema não é uma novidade, pois nos primórdios

da história do cinema já havia filmes que compilavam imagens de arquivo, como Padeniye

dinastii Romanovich (1927), de Esther Shub, que se baseia totalmente em filmes de arquivo

encontrados pela autora e depois reeditados para contar um história social. Esses filmes foram

anteriormente considerados “filmes de compilação” pelo teórico americano Jay Leyda. Os

documentários acrescentam o engajamento ativo da cineasta com os participantes de seus

filmes, ou com seus informantes, e evitam a exposição com voz over anônima. Isso situa o

filme mais honestamente num dado momento e numa perspectiva distinta e enriquece o

comentário com a textura de vozes individuais (NICHOLS, 2005, p. 160). Talvez essa seja a

grande diferença entre os filmes compilados e Garrincha: Shub usou somente imagens de

arquivo, enquanto que Joaquim Pedro mesclou imagens de arquivo e imagens filmadas.

21 (1928) Cineasta e fotógrafa belga.

A partir da análise feita sobre Garrincha, hesitamos em considera-lo um documentário

exclusivamente, pois ele é, dentre os vários filmes sobre futebol, um dos filmes mais

carregados de significados, que reflete sobre a própria alienação do esporte, reflete sobre o

uso da imagem de uma personalidade simples, como vimos na entrevista de Garrincha, com

todos os erros de concordância verbal comuns a certo tipo de coloquialidade.

O filme de Joaquim Pedro é acima de tudo esteticamente sofisticado e merece toda atenção de

futuras análises pela sua complexidade e por seus múltiplos diálogos subjetivos com o

espectador. Um filme que trabalha com o pensamento, e não um documentário comum que

pretende informar ou contar uma “verdade” histórica.

Esta dissertação não pretende, enfim, afirmar que Garrincha, Alegria do Povo é um

“filme-ensaio”, mas pontuar algumas características inovadoras que perpetuam e continuam a se

reproduzir em outros filmes, e fazem com que se assemelhem aos filmes que hoje são

considerados filmes-ensaio, inclusive por seu caráter poético e reflexivo. Além da tentativa de

levantamento do uso de diversos materiais.

Partilhamos da opinião do pesquisador Victor Andrade de Melo, de que Garrincha, Alegria

do Povo é considerado um dos documentários mais importantes da cinematografia brasileira,

(MELO, 2006, p.6), porém consideramos ser o filme, pelas suas características, um possível

filme-ensaio dos primórdios do cinema brasileiro.

Joaquim Pedro desenvolveu ao longo de sua carreira filmes com características particulares,

que fogem a qualquer enquadramento mais simples: O Padre e a Moça (1965); Cinema Novo

(1967); Brasília, Contradições de uma Cidade Nova (1967); Macunaíma (1969); A

Linguagem da Persuasão (1970); Os Inconfidentes (1972); Guerra Conjugal (1975); Vereda

Tropical (1977); O Aleijadinho (1978); O Homem do Pau Brasil (1981), são obras incomuns

na cinematografia brasileira, a merecer atenção e análises que devem ir além de

generalizações pouco esclarecedoras. Uma obra tão extensa e significativa, tanto para a

história em geral quanto para a história mais específica do cinema e da literatura, está a

merecer um futuro estudo aprofundado de conjunto, que seja capaz de desvendar todas as suas

nuances repletas de contemporaneidade.

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