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5.0 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O setor de construção civil no Brasil e principalmente no Nordeste ainda se utiliza de métodos construtivos bastante arcaicos e sem nenhuma, ou quase nenhuma, preocupação com os impactos gerados antes, durante e depois da construção da edificação.

Alguns governos mantêm programas voltados para a melhoria das condições de habitação de alguns bairros, desenvolvendo projetos que estejam voltados não somente para a construção de casas, mas para toda uma infra-estrutura necessária, no seu entorno, para viabilizar uma maior qualidade de vida à população local, como também para a conscientização dessa comunidade no que se refere à preservação do meio ambiente.

As cidades, com seu crescimento desordenado, viabilizam o crescimento da violência urbana que uma das principais causas do isolamento dos indivíduos, reduzindo s níveis de interação e o processo de conscientização quanto às questões ambientais.

A combinação desse fator os baixos índices de alfabetização dos profissionais do setor acarreta ainda mais os problemas relacionados ao desperdício e retrabalho na

indústria da construção que ainda utiliza métodos construtivos tradicionais e equipamentos de tecnologia antiga.

Em contrapartida, a falta de arquitetos e engenheiros no mercado de trabalho com formação adequada para elaboração de projetos ecoeficientes dificulta a sua utilização em larga escala.

A estratégia para as organizações é de muito tempo fator de grande importância nas organizações, inserir e implementar a variável ambiental no planejamento estratégico torna as empresas atuais, em empresas de vanguarda.

A variável ambiental pode sim, ser utilizada como fator estratégico nas organizações uma vez que as colocaria no topo das organizações preocupadas com o meio ambiente e a responsabilidade social, atendendo assim, aos anseios da sociedade; utilizando-se do “marketing verde” para se comunicar com o seu público alvo.

Qual seria então a melhor solução para o setor? A estruturação de uma cadeia produtiva com princípios ecológicos resolveria? É uma pergunta de fácil resposta e de difícil implantação, pois o setor de construção civil é desarticulado e dotado de uma gama de micro e pequenas empresas, que na sua grande maioria, não têm preocupação com o atendimento a códigos, regras ou normas.

Ver as empresas de construção civil introduzidas em uma cadeia produtiva estruturada e com preocupações ecológicas é sim uma solução viável e possível, para tanto necessitamos de políticas públicas que estimulem essa estruturação no nosso Estado como exemplo, citamos a implantação de programa de contratação de obras para o governo somente a empresas que mantêm programas voltados para as questões da qualidade e do meio ambiente, como é o caso das empresas do Estado da Bahia.

De fato, as empresas atualmente estão se preocupando mais com as questões ambientais, será que essa preocupação é real ou não passa de uma questão meramente mercadológica? A preservação do meio ambiente está na “moda” os consumidores estão exigindo mais das organizações produtos que causem menos impacto ambiental. Mas os

clientes de construtoras têm essas exigências? Têm noção do impacto ambiental gerado por toda a cadeia produtiva do setor de construção civil?

Essas são perguntas que provavelmente ficaram carentes de uma resposta concreta e precisa em relação ao setor de construção civil de Aracaju. Para as empresas pesquisadas, somente daqui a dez anos poderemos ter internalizado nas empresas construtoras de Aracaju rotinas voltadas à preservação e proteção ao meio ambiente.

Talvez o problema esteja na falta de exigência por parte dos consumidores/clientes quanto as questões ambientais e de responsabilidade social faz com que os empresários do setor não se sintam obrigados ou pressionados a investir de maneira continuada em ações voltadas para a proteção do meio ambiente.

Uma provável solução está na adoção de políticas públicas mais rígidas, que obriguem as empresas a desenvolverem programas continuados de gestão ambiental e de responsabilidade social. As empresas construtoras se utilizam, para a fabricação de seu produto e dos materiais utilizados na obra, de um infinito de matérias-primas retiradas da natureza, e o poder público pouco faz para combater essa praticar, ou até mesmo estabelecer políticas de caráter mitigador.

Outro fator importante e que nos faz acreditar no pouco empenho com as questões ambientais são os custos baixos das multas e da ação pouco incisiva do estado frente ao setor.

A utilização de indicadores ambientais e de gestão no setor é de fundamental importância para o monitoramento de suas atividades, pois, o que foi identificado na pesquisa, nos mostra que são realizadas ações voltadas para as questões ambientais de maneira isolada e descontínua, não havendo preocupação com os resultados dessas ações.

Se faz necessário inclusive, criar meios que possibilitem ampliar os níveis de conscientização ambiental dos dirigentes, gerentes e demais funcionários das empresas do setor.

Sugerimos como forma de minimização dos impactos gerados pelas atividades do setor, uma maior articulação entre as empresas; a criação de um programa de qualidade quando da contratação de obras públicas; o estudo e desenvolvimento de novos materiais em nosso Estado; a comprar de materiais e insumos de empresas locais; estudo de meios e formas de reutilização, reciclagem e destinação dos resíduos gerados pela atividade; implantação de programas de educação ambiental voltadas pelo setor; estudos organizacionais voltados para as empresas do setor; investimento pro parte das empresas construtoras no marketing verde e em construções ecoeficientes, entre outras ações.