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O presente trabalho apresentou seu objeto de estudo, a Rede Koiné, como um conjunto de Comunidades de Prática Virtuais, disponível na internet para todos os colaboradores do Sistema Firjan, que objetivam gerar, compartilhar ou trocar conhecimentos por assunto. Afim de que não se perca conhecimentos na organização e o mesmo seja utilizado por outros.

Com a análise da pesquisa empírica, foi possível verificar e apontar algumas considerações relevantes acerca do objeto de estudo. Verificando no primeiro plano, a Cultura Organizacional do SENAI diante do compartilhamento de conhecimentos, e sua posição diante dos colaboradores que fazem uso da Koiné.

E no segundo plano, a Koiné como meio integrador de seus membros e ambiente propício para geração e compartilhamento de conhecimentos.

No que tange a Cultura da organização foi observado que o SENAI caminha para o êxito, ainda existem ajustes a serem feitos, mas em geral, 77% dos respondentes mantiveram a posição de concordância em afirmativas positivas.

Quanto ao relacionamento do SENAI para com os membros das CdPs da Koiné, a maioria dos colaboradores (70%) concordaram em dizer que há estímulo e incentivo para participação, mas não há reconhecimento quanto se utiliza ou contribui para as CdPs.

Quanto a posição do SENAI para com a Koiné, houve divergência de opiniões, muitos foram positivos, dizendo que a Koiné tem status e função na organização (30%), outros já disseram que as CdPs da Koiné são visíveis somente informalmente (30%), no meio de pessoas que as utilizam e ainda teve quem dissesse que a organização suporta a Koiné com recursos diretos (20%).

Quanto a geração do conhecimento, 70% concordaram em dizer que o SENAI utiliza o espaço das CdPs da Koiné para geração e transformação de novos conhecimentos. E finalmente, 80% confirmam dizendo que o uso das CdPs da Koiné para compartilhamento de conhecimento são comuns na organização.

Contudo, considera-se que o SENAI está no caminho para melhoria. A ferramenta desenvolvida por eles (Koiné), já cumpre seu papel em 70%, os outros 30% precisam ser aprimorados. Alguns pontos críticos podem ser considerados, por exemplo, o fato da organização não reconhecer quem utiliza a ferramenta. É necessária visão integrada por parte dos gestores da organização, e de conscientização que o sucesso parcial não se sustenta, ou seja, de que adianta estímulo para o uso das CdPs, se não há o reconhecimento após o uso, o incentivo inicial não se sustenta sem o reconhecimento.

Para confirmar o desnível por parte da gerencia em relação a Koiné, tem-se o resultado negativo de 50%, em relação a posição do SENAI para com a Koiné.

Entendendo que a parte gerencial das CdPs foi o ponto mais crítico da análise, conclui-se o trabalho, com a perspectiva de gerenciamento ideal de Cianconi (2003), onde a mesma relata que a organização tende estar antenada em administrar e vincular as diferentes facetas e em promover práticas que conscientizem e levem à colaboração, ao aproveitamento e reutilização

do conhecimento. É imprescindível que o gestor trabalhe questões culturais na organização; dê aos indivíduos o reconhecimento e a visibilidade necessária para motivá-los a criar e compartilhar mais; administre os relacionamentos internos e externos, criando um ambiente harmônico e ajudador entre pessoas; disponibilize os recursos tecnológicos necessários para permitir o aproveitamento do conhecimento; gerencie as melhores práticas e faça mensuração dos ativos intangíveis, valorizando-os e incentivando-os sempre.

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