O artesanato brasileiro é uma atividade amplamente disseminada e reconhecida mundialmente e principalmente agora em que se começa admiti-lo mais decisivamente como alternativa para a inclusão e incremento para a economia, a gestão pública deve mobilizar esforços de forma a produzir políticas públicas condizentes aos benefícios que a atividade produz.
No caso de São José dos Campos, não se percebe uma cultura de valorização do artesanato, favorecida pela ausência de políticas de fomento, e o que a pesquisa mostra, é que há dificuldades para essa conscientização.
Não obstante, há um número bastante significativo de artesãos na cidade e que vem crescendo com o aumento do desemprego. O artesanato joseense, portanto, se apresenta mais como uma alternativa para o desemprego ou como uma renda extra, o que denota por outro lado, o caráter de urgência em produzir ações que apóiem e criem oportunidades para o segmento.
O que o município realiza de ações para o incentivo ao artesanato regional, corresponde a projetos implantados em governos passados e que não foram ainda atualizados para a realidade do momento, por isso sabe-se que há muitas carências e demandas pendentes.
De qualquer forma, São José dos Campos possui todo arcabouço para replicar, por exemplo, as iniciativas nacionais levantadas na pesquisa.
Os casos nacionais da pesquisa revelam que muitas Prefeituras reconhecem as potencialidades do artesanato para as suas economias, e por isso vêm atuando estrategicamente para o desenvolvimento do artesanato local e para a capacitação e valorização do artesão, ao contrário de São José dos Campos.
Eles ainda revelam que o apoio logístico para a divulgação e exposição do artesanato é uma maneira de valorizar o artesão e desenvolver referências.
Além disso, como uma atividade de pequeno porte, facilitar os acessos financeiros, como o microcrédito, representa uma iniciativa importante para desenvolver o empreendedorismo capaz de transformar o artesanato em uma atividade sustentável.
Vale lembrar que o artesanato do município movimenta o setor do comércio, que fornecer a matéria-prima, o que é representativo para a economia da cidade e com o aumento de pessoas que querem ou precisam desenvolver a atividade, os incentivos ao artesanato regional podem representar uma das ações para a cidade se estruturar, por exemplo, com a aproximação da Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil.
Com isso, sugere-se que este seja o momento ideal para a gestão pública municipal concentrar esforços na elaboração de políticas voltadas para o segmento do artesanato, e as iniciativas nacionais, bem com as sugestões apresentadas neste trabalho, já representam boas linhas de ação.
Concluindo, no que tange o município, fazer do artesanato local uma referência tanto quanto é a sua tradição tecnológica é um desafio, mas que poderá levar benefícios à população em geral e eventualmente impactos positivos para as gerações futuras.
Evidentemente, o escopo do trabalho, bem como as sugestões propostas, não esgotam o assunto nem era essa a pretensão deste trabalho. No entanto, espera-se que, com o atual trabalho realizado, sugestões para trabalhos futuros que versem na área possam ser identificadas e aproveitadas através dessas considerações finais.
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APÊNDICES
APÊNDICE A – Questionário 1:
1) Qual e sua função na Sutaco?
2) Você permitiria a transcrição das respostas deste questionário no meu trabalho de monografia?
3) Quantas feiras de artesanato - aquelas que ocorrem regularmente - existem em São José dos Campos?
4) Como as feiras estão distribuídas pela cidade? Quem escolhe os locais e por ventura elas ocorrem todas em locais abertos?
5) Qual é a estimativa do número de artesãos expositores nas feiras ou cadastrados na Sutaco?
6) Percebe se há algum crescimento na procura por vagas nas feiras ou o contrário?
7) Há algum tipo de fiscalização nas feiras? Quem é o responsável por cada uma delas?
8) A quem pertencem as estruturas das barracas e quem são os responsáveis pela montagem delas?
9) Os artesãos já propuseram algum tipo de reivindicação ou melhoria de condições das feiras junto à prefeitura ou à Sutaco? Se sim, qual ou quais são as principais reclamações?
10) Existe algum levantamento sobre o faturamento das feiras, ou o quanto elas representam para a economia da cidade? Existem dados sobre os tipos de artesanato que os artesãos joseenses produzem?
11) Você gostaria de comentar algum fator ou característica importante das feiras realizadas em SJC?
APÊNDICE B – Questionário 2:
1) Você permitiria a transcrição das respostas deste questionário no meu trabalho de monografia?
2) Qual é a sua função na Fundação Cultural Cassiano Ricardo? 3) Que tipos de cursos de artesanato são oferecidos na Fundação?
4) Como esses cursos são desenvolvidos e a quem eles atendem? É possível estimar o número de participantes?
5) Além desses cursos, a Fundação desenvolve outras ações ou projetos para incentivar a prática do artesanato?
6) Como percebe a procura por esses cursos? Já houve, por acaso, 7) Saberia dizer por que as pessoas procuram os cursos de artesanato? 8) Você gostaria de comentar algum fator ou característica importante dos cursos ou de seus participantes?
ANEXOS
ANEXO A
– Lei Municipal nº 6424/03 de 14 de novembro de 2003. Cria e institui as Feiras de Artesanato do Município de São José dos Campos e dá outras providências.