• Nenhum resultado encontrado

Foram obtidos, como resultado de pesquisa, dois portfólios bibliográficos, um nacional e outro internacional, focados na gestão da propriedade intelectual como estratégia de inovação em empresas de tecnologia da informação, formados a partir do uso do processo Proknow – C.

A construção dos portfólios e as análises subsequentes permitiram a identificação de que os periódicos “Research Policy” e “Technovation” apresentaram destaque tanto no portfólio internacional quanto nas suas referências e o periódico “RAND Journal of

PATENTES DIREITO AUTORAL REGISTRO PATENTES DIREITO AUTORAL COPYLEFT REGISTRO

PATENTES DIREITO AUTORAL PATENTES REGISTRO

Fechada Gestão da Propriedade Intelectual

Rígida Flexível Baixa Alta Aberta Tax a de In o vaçã o Tipo d e In o vaçã o

Figura 3 - Influência da forma de gestão da propriedade intelectual em relação a política de

inovação

Economics” apresenta-se como destaque nas referências do portfólio Internacional sobre

a temática estudada.

Quanto aos autores, no portfólio internacional destacou-se, tanto nas referências quanto no portfólio, Henkel, J. e a autora Macgarvie, M., que se destaca por ter dois artigos. Já no portfólio nacional não houve destaque nos periódicos, sendo que, dos autores somente Buinain, A. M. recebem citação nas referências dos estudos do portfólio nacional. No entanto, no portfólio nacional, foram identificados poucos artigos abordando o tema desse estudo, o que sugere carência nas pesquisas nacionais em relação ao tema de propriedade intelectual, inovação e tecnologia da informação.

Na análise do conteúdo, fica evidente a escassez de estudos relacionados à forma de gestão de ativos intangíveis pelas empresas de software e como essas práticas se relacionam com a inovação. Também há uma carência de estudos que façam inferências com o objetivo de auxiliar empresas na melhoria da gestão de propriedade intelectual e/ou modelos de gestão visando a inovação.

Assim, a propriedade intelectual se apresenta como condição para promover a inovação, exigindo e implicando um conjunto de condições objetivas, entendidas como sendo um sistema nacional de inovação. No entanto, se as regras de proteção à propriedade intelectual não estiverem bem estruturadas nesse sistema, isso pode ser um obstáculo ao progresso tecnológico.

Portanto, o tema gestão da propriedade intelectual como estratégia de inovação em empresas de tecnologia da informação apresenta várias lacunas que podem ser alvos de novos estudos. Entre elas, como observado na busca em artigos nacionais: a falta de pesquisas com foco na interação entre PI e inovação em empresas de software; além da falta de modelos de gestão da PI construídos no contexto especifico do setor de TI ou na indústria de software com objetivo de auxiliar essas empresas no processo inovativo.

Por fim cabe relatar que o presente artigo apresenta limitações quanto ao processo de busca nos periódicos nacionais, sendo consideradas duas bases de dados, além de que algumas etapas do processo de busca podem ser consideradas subjetivas, como a leitura de títulos e resumos. Como sugestão para pesquisas futuras, sobressai a possibilidade do desenvolvimento e aplicação de um modelo de gestão da propriedade intelectual como estratégia de inovação específico para as empresas de tecnologia da informação.

2. 5 REFERÊNCIAS DO CAPÍTULO

AMARA, N.; LANDRY, R.; TRAORÉ, N. (2008). Managing the protection of innovations in knowledge-intensive business services.Research policy, v. 37, n. 9, p. 1530-1547.

ARORA, A.; ATHREYE, S.; HUANG, C. (2016). The paradox of openness revisited: Collaborative innovation and patenting by UK innovators. Research Policy, v. 45, n. 7, p. 1352-1361.

BADER, M. A. (2008). Managing intellectual property in inter-firm R&D collaborations in knowledge-intensive industries. International Journal of Technology Management, v. 41, n. 3-4, p. 311-335.

BADAWY, M. K. (2011). “Is open innovation a field of study or a communication barrier to theory development?”: A perspective. Technovation, v. 31, n. 1, p. 65-67.

BESSEN , J.; MASKIN, E. (2009) Sequential innovation, patents, and imitation. The RAND Journal of Economics, v. 40, n. 4, p. 611-635.

BOGERS, M. (2011). The open innovation paradox: knowledge sharing and protection in R&D collaborations. European Journal of Innovation Management, v. 14, n. 1, p. 93-117.

BUAINAIN, A. M.; CARVALHO, SMP. (2000). Inovação e Gestão dos Ativos Intangíveis de Propriedade Intelectual em um Mundo Globalizado. In:Conferência Internacional sobre Globalização, Competitividade e Propriedade Intelectual.

BUAINAIN, A. M.; MENDES, C. I. C.. (2004). Software livre e flexibilização do direito autoral: instrumentos de fomento à inovação tecnológica. Brasília: Parcerias Estratégicas, n. 19, p. 55-85

CANONGIA, C. et al. (2005). Foresight, inteligência competitiva e gestão do conhecimento: instrumentos para a gestão da inovação. Gestão & Produção, v. 11, n. 2, p. 231-238, 2004.

CHABCHOUB, N.; NIOSI, J.. Explaining the propensity to patent computer software. Technovation, v. 25, n. 9, p. 971-978.

CHANG, S.-B.; CHANG, S.. (2010). Exploring the perception and behavior of software engineers about computer software patent. WSEAS Transactions on Information Science and Applications, v. 7, n. 11, p. 1358-1367.

CHESBROUGH, H. (2003).The era of open innovation. MIT Sloan Management Review, v.44, n.3, p.33-41.

______; VANHAVERBEKE, W.; WEST, J. (2006). Open innovation: Researching a new paradigm. Oxford University Press on Demand.

COHEN, W. M. et al. (2002). R&D spillovers, patents and the incentives to innovate in Japan and the United States. Research policy, v. 31, n. 8, p. 1349-1367.

DAVID, P. A.; F., D. (2002). Economic fundamentals of the knowledge society. Policy Futures in Education, v. 1, n. 1, p. 20-49

DAGNINO, R.. (2009). A Relação Universidade-Empresa no Brasil e o "Argumento da Hélice Tripla". Revista Brasileira de Inovação, v. 2, n. 2 jul/dez, p. 267- 307.

SOUZA BERMEJO, P. H. et al. (2015). Conceptualizing organizational innovation: The case of the Brazilian software industry. Information & Management.

DODGSON, M.; GANN, D.; SALTER, A. (2006). The role of technology in the shift towards open innovation: the case of Procter & Gamble. R&D Management, v. 36, n. 3, p. 333-346.

DRUCKER, P. (2010). Inovação e espirito empreendedor (enterpreneurship): prática e princípios. São Paulo: Cengage Learning.

______. Tradução de William Heinemann. (1967). O Gerente Eficaz. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora,.

ENGEL, C.; KLEINE, M. (2015). Who is afraid of pirates? An experiment on the deterrence of innovation by imitation. Research Policy, v. 44, n. 1, p. 20-33.

ENKEL, E.; GASSMANN, O.; CHESBROUGH, H.. (2009). Open R&D and open innovation: exploring the phenomenon. R&d Management, v. 39, n. 4, p. 311-316.

ENSSLIN, L. et al. (2010). Avaliação do desempenho de empresas terceirizadas com o uso da metodologia multicritério de apoio à decisão-construtivista. Pesquisa Operacional, v. 30, n. 1, p. 125-152.

FELLER, J. et al. (2012). ‘Orchestrating’sustainable crowdsourcing: A characterisation of solver brokerages. The Journal of Strategic Information Systems, v. 21, n. 3, p. 216-232.

FRANK, A. G. et al. (2016). The effect of innovation activities on innovation outputs in the Brazilian industry: Market-orientation vs. technology-acquisition strategies. Research Policy, v. 45, n. 3, p. 577-592.

GALLIÉ, E.-P.; LEGROS, D. (2012). French firms’ strategies for protecting their intellectual property. Research Policy, v. 41, n. 4, p. 780-794.

GASSMANN, O. (2006). Opening up the innovation process: towards an agenda.R&d Management, v. 36, n. 3, p. 223-228.

GENNARI, U. (2013). IPR training and tools for better handling of IPR topics by SMEs. World Patent Information, v. 35, n. 3, p. 214-223.

GIANNOPOULOU, E. et al. (2010). Implications of openness: A study into (all) the growing literature on open innovation. Journal of technology management & innovation, v. 5, n. 3, p. 162-180.

GIL, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, v. 5, p. 61. GRIMALDI, M. et al. (2015). The patent portfolio value analysis: A new framework to leverage patent information for strategic technology planning.Technological Forecasting and Social Change, v. 94, p. 286-302.

HALL, B. H.; MACGARVIE, M. (2010). The private value of software patents. Research Policy, v. 39, n. 7, p. 994-1009.

HELMERS, C; ROGERS, M. (2011). Does patenting help high-tech start-ups?. Research Policy, v. 40, n. 7, p. 1016-1027.

HENKEL, J.(2006). Selective revealing in open innovation processes: The case of embedded Linux. Research policy, v. 35, n. 7, p. 953-969.

______; SCHÖBERL, S.; ALEXY, O. (2014). The emergence of openness: How and why firms adopt selective revealing in open innovation.Research Policy, v. 43, n. 5, p. 879-890.

HERTZFELD, H. R.; LINK, A. N.; VONORTAS, N. S. (2006). Intellectual property protection mechanisms in research partnerships.Research Policy, v. 35, n. 6, p. 825-838.

JING, F.; SHUANG, G. Research into the university Intellectual Property Management. In: Management and Service Science (MASS), 2011 International Conference on. IEEE, 2011. p. 1-3. Disponível em: <http:// ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=5998934>. Acesso em: 26/08/2016. KITCHING, J.; BLACKBURN, R. (1998). Intellectual property management in the small and medium enterprise (SME). Journal of Small Business and Enterprise Development, v. 5, n. 4, p. 327-335.

LAAT, P. B de. (2005) Copyright or copyleft?: An analysis of property regimes for software development. Research Policy, v. 34, n. 10, p. 1511-1532.

LEE, K.-J.. (2012). The coevolution of IT innovation and copyright institutions: The development of the mobile music business in Japan and Korea. The Journal of Strategic Information Systems, v. 21, n. 3, p. 245-255.

LERNER, J.; ZHU, F. (2007). What is the impact of software patent shifts? Evidence from Lotus v. Borland. International Journal of Industrial Organization, v. 25, n. 3, p. 511-529.

LUOMA, T.; PAASI, J.; VALKOKARI, K. (2010). Intellectual property in inter-organisational relationships—Findings from an interview study.International Journal of Innovation Management, v. 14, n. 03, p. 399-414.

MACDONALD, S.(2004). When means become ends: considering the impact of patent strategy on innovation. Information Economics and Policy, v. 16, n. 1, p. 135- 158.

MANN, R. J.; SAGER, T. W. (2007). Patents, venture capital, and software start- ups. Research Policy, v. 36, n. 2, p. 193-208.

MARCONI, A. A.; LAKATOS, E.M.(2010). Fundamentos de Metodologia Cientifica. São Paulo: Atlas.

MARESCH, D.; FINK, M.; HARMS, R. (2015). When patents matter: The impact of competition and patent age on the performance contribution of intellectual property rights protection. Technovation.

MARQUES, C. A. N.; SUZUKI, J. A.; FARIA, A. F. (2010). Modelo de estudo de viabilidade aplicado à empresas de software. XXX Encontro Nacional de Engenharia de Produção.

MATIAS-PEREIRA, J. (2010) Fragilidades e perspectivas do sistema de proteção a propriedade intelectual no Brasil. Revista Gestão Industrial, v 5, n 3, 9 22-39

MATTIOLI, M.; TOMA, E. (2009). Proteção, apropriação e gestão de ativos intelectuais. Belo Horizonte: Instituto Inovação.

MILESI, D.; PETELSKI, N.; VERRE, V. (2013). Innovation and appropriation mechanisms: Evidence from Argentine microdata.Technovation, v. 33, n. 2, p. 78-87.

MIOZZO, M. et al. (2016). Innovation collaboration and appropriability by knowledge-intensive business services firms. Research Policy, v. 45, n. 7, p. 1337-1351. MUELLER, E.; COCKBURN, I. M.; MACGARVIE, M. (2013). Access to intellectual property for innovation: Evidence on problems and coping strategies from German firms. Research Policy, v. 42, n. 2, p. 529-541.

MYKYTYN, K. et al.( 2002). The role of software patents in sustaining IT- enabled competitive advantage: a call for research. The Journal of Strategic Information Systems, v. 11, n. 1, p. 59-82.

OCDE. (2006). Manual de Oslo - Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. OCDE - tradução FINEP, Brasília.

ORTT, J. R.; VAN DER DUIN, P. A. (2008). The evolution of innovation management towards contextual innovation. European Journal of Innovation Management, v. 11, n. 4, p. 522-538.

PISANO, G.. (2006). Profiting from innovation and the intellectual property revolution. Research policy, v. 35, n. 8, p. 1122-1130.

RAO, P. M.; KLEIN, J. A. (1994). Growing importance of marketing strategies for the software industry. Industrial Marketing Management, v. 23, n. 1, p. 29-37.

RENTOCCHINI, F.( 2011). Sources and characteristics of software patents in the European Union: Some empirical considerations. Information Economics and Policy, v. 23, n. 1, p. 141-157.

ROCHA, E. M. P.; DUFLOTH, S. C. (2009). Análise comparativa regional de indicadores de inovação tecnologica empresarial: contribuição a partir dos dados da pesquisa industrial de inovação tecnologica. Perspectivas em Ciencia da Informação, v 14, n 1, p. 192-208.

RYLKOVÁ, Ž.; CHOBOTOVÁ, M. (2014). Protection of intellectual property as a means of evaluating innovation performance. Procedia Economics and Finance, v. 14, p. 544-552.

SASTRE, J. F.. (2015). Economía neo-schumpeteriana, innovación y política tecnológica. Cuadernos de Economía, v. 38, n. 107, p. 79-89.

SCHUMPETER, J. A. (1934). The theory of Economic Development. Cambridge: Harvard University Press.

SUH, D.; HWANG, J. (2010). An analysis of the effect of software intellectual property rights on the performance of software firms in South Korea. Technovation, v. 30, n. 5, p. 376-385.

______; OH, D.-h.. (2015). The role of software intellectual property rights in strengthening industry performance: Evidence from South Korea.Technological Forecasting and Social Change, v. 92, p. 140-154.

TANG, P.; ADAMS, J.; PARÉ, D. (2001). Patent protection of computer programs: final report. Brussels-Luxembourg: ECSC-EC-EAEC.

TEECE, D. J. (2006). Reflections on “profiting from innovation”. Research Policy, v. 35, n. 8, p. 1131-1146.

TIGRE, P. B. et al. (2009). Apropriação tecnológica na economia do conhecimento: inovação e propriedade intelectual de software na América Latina. Economia e Sociedade, v. 18, n. 3, p. 547-566.

THOMÄ, J.; BIZER, K. (2013). To protect or not to protect? Modes of appropriability in the small enterprise sector. Research Policy, v. 42, n. 1, p. 35-49.

VEE, Annette. Carving up the commons: How software patents are impacting our digital composition environments. Computers and Composition, v. 27, n. 3, p. 179- 192, 2010.

WEINHOLD, D.; NAIR-REICHERT, U. (2009). Innovation, inequality and intellectual property rights. World Development, v. 37, n. 5, p. 889-901.

WORLD INTELLECTUAL PROPERTY ORGANIZATION. (1967). Convetion establishing the World Intellectual Property Organization. Estocolmo.

Disponivel em: <

http://www.wipo.int/treaties/en/convention/trtdocs_wo029.html#P50_1504>. Acesso em: 02/01/2016

______. (2012). Intellectual property and small and medium-sized enterprises. Disponível em: <http://www.wipo.int/about-ip/en/studies/publications/ip_smes.htm>. Acesso em: 27/08/ 2016.

3 ARTIGO 2 - MEDIDAS, MATURIDADE E DIMENSÕES DA INOVAÇÃO EM

Documentos relacionados