• Nenhum resultado encontrado

Conclui-se, após a pesquisa em fontes bibliográficas e fonográficas e baseadas em práticas interpretativas, que a Bachianas   Brasileiras   n˚   2 de Heitor Villa-Lobos apresenta nuances e aspectos que dificultam e o entendimento e a execução da obra como um todo. Sendo assim, apresentou-se formas práticas, elementos históricos, analíticos, técnicos e interpretativos que podem embasar uma performance da Bachianas Brasileiras nº 2.

Entende-se que antes da performance de qualquer peça o maestro deve possuir e pesquisar subsídios para o seu entendimento total, buscando uma imersão completa no mundo que precisa adentrar, o que justifica a necessidade da contextualização apresentada nas primeiras partes do trabalho. É necessário compreender o contexto histórico conturbado em que Villa-Lobos compôs não só a Bachianas  Brasileiras  n˚  2, mas também todo o ciclo das Bachianas.

Ao longo do trabalho, passado pelo elemento histórico, observa-se que somente a partir da partitura não há indicações suficientes para uma apresentação musical da obra, além de constatar-se a existência de diversos erros e imprecisões de escrita que podem comprometer a sua execução; por causa disso, foi necessária a comparação entre a edição pública oferecida pela Editora Ricordi, o manuscrito do próprio autor. Apenas com as comparações que focam em partituras é possível observar divergências notáveis entre as edições apresentadas. Porém, para maior precisão, voltou-se também para os registros fonográficos da peça estudada. Desta maneira, a precisão em apontar as diferenças e propor soluções para que o regente obtenha melhor resultado tornou-se mais clara.

Com base na experiência aplicada ao Método Saito, propõe-se formas para a execução da obra, aplicando-o às Bachianas Brasileiras  n˚  2. No entanto, para este fim se mostrou indispensável a introdução dos elementos técnica de regência, e para tal dedicou-se um capítulo apenas para a demonstração básica da mesma.

Espera-se, portanto, ter logrado o objetivo de dar subsídios práticos para uma proposta de execução a Bachianas Brasileiras nº 2, proporcionando tanto peso histórico quanto análise prática da técnica musical. Além de propor os quesitos acima descritos,

se que esse trabalho ilustre a importância da pesquisa para a regência de uma maneira geral.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bibliografia

ACQUARONE, F. História da Música Brasileira. São Paulo: Ed. F. Alves, 1944.

ALVIN, Davis Moreira; COSTA, Ricardo. Anchieta e as metamorfoses do imaginârio medieval na América portuguesa. In: Revista Ágora, Vitória, n. 1, 2005, p. 1-19.

ANDRADE, Mário de. Música, doce música. São Paulo: Libraria Martins Editora, 1963.

ARACANJO JR., Loque. O Ritmo da Mistura e o Compasso da História: O Modernismo Musical nas Bachianas Brasileiras de Heitor Villa-Lobos. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

COLI, J. Heitor Villa-Lobos: Modernismo e Étnica, in Música Erudita Brasileira. Tóquio: Ministério das Relações Exteriores da Cultura, 2008.

DUARTE, Roberto. Revisão das Obras Orquestrais de Villa-Lobos volume 2. Niterói: Editora Universitária da Universidade Federal Fluminense, 1994.

DUARTE, Roberto. Villa-Lobos errou? Subsídios para uma revisão musicológica em Villa-Lobos. São Paulo: ALGOL Editora Ltda., 2009.

FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – Imprensa Oficial do Estado, 2001.

GROUT, D. J.; PALISCA, C. V. A History of Western Music. Nova Iorque: 6ª ed. W. W. Norton & Company Inc., 2001.

HORTA, Luiz Paulo. Villa-Lobos, Uma Introdução. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.

HUNSPERGER, Donald; ERNST, Roy E. The Art Of Conducting second edition. Rochester: The Eastman School of Music of the University of Rochester, 1992.

JARDIM, G. R. Bachianas Brasieliras nº 7: O Estilo Antropofágico de Heitor Villa-Lobos. Tese de Doutorado. São Paulo: Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2002.

KIEFER, Bruno. Villa-Lobos e o Modernismo na Música Brasileira. Porto Alegre: Editora Movimento, 1981.

MARIZ, Vasco. Heitor Villa-Lobos: Compositor Brasileiro. Rio de Janeiro: Divisão Cultural do Ministério das Relações Exteriores, 1949.

_________________. História da Música no Brasil. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005. 6ª Edição.

_________________. Vida Musical IV. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Música, 2011.

NEGWER, Manuel. Villa-Lobos: O Florescimento da Música Brasileira. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

NOBREGA, Adhemar. As Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Museu Villa-Lobos / MEC – Departamento de Assuntos Culturais, 1971.

PALMA, Enos Da Costa; CHAVES Jr., Edgard de Brito. As Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana, 1971.

ROBERTS, J. M. O Livro de Ouro da História do Mundo. Rio de Janeiro. Ediouro, 2001.

_________________. Kiyukyoku Nariyamazu: Saito Hideo No Shogai. Tóquio: Shincho Sha, 2002.

_________________. Saito Hideo: Ongaku To Shogai: Kokoro De Utae, Kokoro De Utae!!. Tóquio: Zaida Hojin Minshu Ongaku Kyokai, 2004.

_________________; OZAWA, Seiji; TUJI, Takeshi; MAEBASHI, Teiko; YASUDA, Ken- ichiro; YAMAZAKI, Nobuko. Saito Hideo Kougiroku. Tóquio: Hakusui Sha, 2005.

SALLES, Paulo De Tarso. Villa-Lobos: Processos Composicionais. Campinas: Editora da Unicamp, 2009.

SCHIC, Anna Stella. Villa-Lobos,  Souvenirs  de  l’Indien  Blanc. Paris: ACTES SUD, 1987.

SCHREINERS, Claus. Música Popular Brasileira: Handbuch der folkloristischen und der populären Musik Brasiliens. Darmstadt: Verl. Tropical Music, 1977.

TINÉ, Paulo J. S. Procedimentos Modais da Música Brasileira: do campo étnico do Nordeste ao popular da década de 1960. Tese de Doutorado. São Paulo: Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, 2008.

PARTITURA

VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras nº 1. (Partitura). Nova Iorque: Associated Music Publishers, Inc., 1948.

_________________. Bachianas Brasileiras nº 2. (Partitura). Milão: Ricordi, 1949.

_________________. Bachianas Brasileiras nº 2. (Partitura). Manuscrito do autor, cedido pelo Museu Villa-Lobos, 1930.

_________________. Bachianas  Brasileiras  n˚  3. (Partitura). Nova Iorque: G. Ricordi & Co., 1953.

_________________. Bachianas  Brasileiras  n˚  4. (Partitura). Nova Iorque: Consolidated Music Publishers, 1948. Versão para piano.

_________________. Bachianas  Brasileiras  n˚  4. (Partitura). Nova Iorque: G. Ricordi & Co., 1953.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   5. (Partitura). Nova Iorque: Associated Music Publishers, Inc., 1948. Versão para soprano e orquestra de violoncelo.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   5. (Partitura) Nova Iorque: Associated Music Publishers, Inc., 1948. Verção para soprano e piano.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   6. (Partitura) Nova Iorque: Associated Music Publishers, Inc., 1946.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   7. (Partitura). Paris: Éditions Max- Eschig, 1978.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   8. (Partitura). Paris: Éditions Max- Eschig, 1969.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   9. (Partitura). Paris: Éditions Max- Eschig, 1969. Verção para orquestra de cordas.

_________________. Bachianas   Brasileiras   n˚   9. (Partitura). Paris: Éditions Max- Eschig, 1984. Versão para coro.

GRAVAÇÃO

VILLA-LOBOS, Heitor. Bachianas Brasileiras nº 2. In: Villa-Lobos Par Lui-Même, Disc 2 [LP/CD]. Orchestre National De La Radiodiffusion Française. Paris: EMI, 1957.

Documentos relacionados