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Retomando a Leitura de imagem e assumindo que ler é atribuir significados como escreveu Pillar, vimos na leitura de Manguel a atribuição de significados. Podemos também associar a leitura de imagens realizada por Manguel à teoria da formatividade de Pareyson, na qual a obra de arte tem leis próprias para sua criação, e assim terá leis próprias para sua leitura, mais especificamente cada imagem tem sua própria lei.

A leitura de imagem se tornou fundamental para o ensino da arte e o modo pelo qual Fayga lê imagens nos ensina a ensinar arte, vemos através de suas exposições possibilidades educativas.

Quando percebi nas leituras de Manguel a narrativa, associei à lembrança das crianças da quinta série que, ao ler imagens, criavam histórias imaginando cenários possíveis para tirar a imagem da moldura. Manguel cria histórias, com certeza mais coerentes e consistentes que as das crianças, mas a narrativa é um ponto a ser mais bem explorado no momento da leitura.

Rossi nos apresenta a leitura que os jovens e crianças fazem da arte; estas são de suma importância, pois dependendo da faixa etária teremos respostas diferentes para uma mesma obra de arte, fora tudo o que já diferencia a leitura de cada pessoa. Considerando este nível cognitivo de crianças e jovens também devemos saber escolher o que caberá ensinar para cada faixa etária. Percebi na leitura realizada por Manguel que, novamente, a imagem contribui para o que iremos dela abordar. Em Joan Mitchel Manguel abordou a cor como elemento fundamental, Em Campim a simbologia, e em Picasso a dor, o sofrimento advindo da expressividade da pintura.

Isto é apresentado no Método de Leitura de imagem de Feldman. Enquanto que o Método de Ott apresenta a categoria Revelando, que é um recriar a obra lida, isso pressupõe o domínio da linguagem artística. E assim o seu ensino.

Ensinar a ler é alfabetizar na linguagem artística. Não dá pra ensinar a ler sem ensinar sobre os elementos que compõem a linguagem artística.

As contribuições para o ensino da leitura de imagem que Manguel e Fayga trazem para a educação são:

Fayga é olhar para a arte como ela própria criadora de sentidos, é olhar para a arte para entender o mundo, mas com a arte como personagem principal, é olhar a arte e ver a arte. É perceber os elementos da linguagem artística, que é fundamental ensiná-los. Ao contemplar isso ver o mundo. Pois as relações que estabelecemos com a arte são reflexos de nossas relações com o mundo.

Manguel é um curioso, conhecedor de arte, e um experiente contador de histórias. Sua leitura de imagens é uma complexa narrativa que entende a obra de arte como algo único e imutável, mas que suscita em cada ser humano um contador de histórias possíveis em relação a cada imagem.

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