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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento LUCAS FONSECA FERNANDES (páginas 67-74)

A estabilização do solo tem o objetivo de promover melhorias das mais diversas formas em solos cujas características não se adequam ao exigido para os mais variados fins. Nesta pesquisa foi realizada a estabilização com emulsão asfáltica (RR – 2C) de um solo caracterizado como areia siltosa bem graduada (SUCS) ou A-2-4 (TRB), típico da cidade do Natal/RN cujas características mostraram-se aquém do exigido por norma para uso na pavimentação. Para entender o comportamento da mistura solo-emulsão foram feitos ensaios de compactação, CBR e DCP, bem como correlações entre DCP e CBR, em três teores de emulsão (3%, 5% e 7%) e em diferentes condições: sem cura e sem imersão, sem cura e com imersão, com cura de 7 dias e com imersão.

Os resultados da mistura foram comparados com o do solo e a partir deles é possível concluir que:

• O uso de emulsão asfáltica RR-2C para estabilizar o solo estudado, caracterizado como areia siltosa bem graduada (SM-SW), não é satisfatório para uso na base e sub-base de um pavimento. Isso porque o objetivo da estabilização dos solos é melhorar suas propriedades, sejam elas físicas, químicas ou mecânicas, de modo que seu comportamento seja melhorado também e os dados coletados mostram que a capacidade de suporte das misturas solo-emulsão, em todas as condições de ensaio e teor de emulsão, foi inferior ao CBR indicado por norma para uso nas camadas de base e sub-base;

• Com o aumento do teor de emulsão asfáltica no solo, a capacidade de suporte tende a diminuir, em função tanto da dificuldade na homogeneização da mistura quanto da menor densidade da emulsão em relação ao solo, que provoca uma menor compactação da mistura;

• As misturas apresentaram melhores correlações entre DCP e CBR do que o solo puro, que pode ser atestado pelos elevados coeficientes de determinação (R²) pouco maiores que os do solo puro, mas também pelo encaixe das linhas de tendência estabelecidas. Enquanto as linhas de tendência do solo puro apresentaram-se totalmente fora do padrão estabelecido a partir de vários estudos feitos em lugares, solos e metodologias diferentes, as curvas das misturas apresentaram-se dentro ou muito próximo a este padrão, o que pode indicar uma melhoria do comportamento do solo;

• O processo de cura para mistura solo-emulsão é de grande importância, uma vez que após a cura de 7 dias, a capacidade de suporte foi aumentada na maior parte das amostras, com exceção da mistura com 3% de emulsão realizado na energia normal, mas ainda assim não foram maiores que as capacidades de suporte do solo puro; • A dificuldade da mistura do solo com a emulsão não só reflete no comportamento

mecânico da mistura como também inviabiliza esse procedimento em campo;

Assim, faz-se necessário estudos mais aprofundados do uso de emulsão asfáltica como estabilizante deste solo, através de outros ensaios que permitam a avaliação do comportamento da mistura, tais como ensaio de cisalhamento direto, de resistência a compressão simples, de resistência à tração por compressão diametral e de permeabilidade, além de analisar tempos de cura superiores à 7 dias.

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