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“O senhor… mire, veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas - mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam, verdade maior. É o que a vida me ensinou. Isso que me alegra montão”. (Guimarães Rosa, 1956)

Após a realização deste estudo intenso, tanto de interações como de reflexões, constato que os objetivos propostos foram alcançados. Assim, além da compreensão acerca da concepção de necessidades de saúde que detinham os profissionais, foi possível a construção da teoria “A (in) visibilidade das necessidades de saúde: a dinamicidade do ‘convívio nosso

com o mundo’”, com fundamentação nos dados coletados em Itabirito – MG e podendo ser

generalizada para outros contextos de ESF no âmbito do SUS.

Destaca-se que as necessidades humanas são de fato tão peculiares e únicas que refletir acerca delas é um exercício complexo, porém extremamente enriquecedor. Pois para de fato supri-las preciso tratar de entregar-me e para entregar-me preciso tratar de conhecer- me, não só como profissional, mas como pessoa.

Para descobrir o que está encoberto, para chegar ao fundo da questão é preciso disposição, coragem para desafiar as amarras de um sistema que por vezes amordaça. Não se trata do que o outro me diz, mas sim de que significado tem o que foi dito. O que há por trás das palavras? Qual a necessidade por trás da necessidade? Ou seja, qual a necessidade de fato? Qual o cuidado necessário para que essa invisibilidade dê lugar a clareza e, enquanto profissional, eu consiga enxergar o usuário como sujeito carregado de significações em seu convívio com o mundo?

Necessito de entregas: para a vida, para o conhecimento, para as experiências. Para entregar-me preciso confiar, para confiar preciso acreditar. Acreditar que não posso mudar o mundo, mas posso ser parte da mudança; posso entregar-me para que ocorra o descobrimento e o cuidado das necessidades do necessitado.

Por mim cuidadas, por mim conhecidas, de mim conhecidas e que nesse caminhar seja transformada em um ser humano mais humano, já que sendo “pessoas únicas e especiais”, como humanos, necessitamos.

Posso dizer que a realização desta pesquisa gerou mudanças tanto profissionais, como pessoais, somando a minha existência reflexões que impulsionam a um novo agir, a novas maneiras de pensar os encontros, os laços, as pontes para a visibilidade do que nos constitui como seres humanos.

Como contribuições do desenvolvimento da “Teoria da Invisibilidade: a dinamicidade do convívio nosso com o mundo” aponta-se a viabilização do retorno para a ESF do conceito construído com base nos dados fornecidos por seus profissionais do que são as necessidades de saúde, possibilitando reflexões acerca da temática e trazendo subsídios para a melhoria da prática profissional interdisciplinar, bem como para os processos de gestão, visando a integralidade da assistência.

Após esta teorização, propõe-se que sejam realizadas reuniões periódicas para planejamento entre gestores e as equipes de saúde da família, possibilitando, dessa forma, que os olhares cuidadores sejam voltados para as necessidades específicas de cada território. Assim, enquanto em uma equipe são realizados grupos com enfoque em gestantes, em outra equipe poderão ser realizados grupos que atendam as mulheres no climatério, por exemplo.

Assim, espera-se que essa teorização possa contribuir para a implementação de práticas mais criativas na organização dos serviços de saúde, com vistas a alcançar um cuidado integrado das Necessidades de Saúde, sejam elas visíveis ou invisíveis.

Outra colaboração deste estudo, torna-se evidente, após a discussão tanto do acolhimento como um “radar” quanto do acolhimento como um “crivo”, o que nos leva a refletir acerca de formas de operacionalizarmos a realização do acolhimento na ESF de modo que tanto as necessidades visíveis como as invisíveis alcancem o cuidado integral desde o momento do “encontro” do usuário com o profissional ou serviço de saúde.

Para tanto, propõe-se que o acolhimento seja realizado de forma interdisciplinar, de forma que seja possível decodificar o que o usuário traz consigo para o serviço. Nesta perspectiva, estes resultados apontam para a necessidade de instituir na ESF uma equipe acolhedora, que seja responsável por este acolhimento instituído nos serviços, sendo esta sua função cotidiana. Assim, será evitado nas unidades a sobrecarga uni nuclear e que atividades relativas ao núcleo profissional sejam relegadas ao segundo plano por falta de tempo para que sejam exercidas.

Percebe-se a precisão de investimentos de esforços nas pontes para a visibilidade das necessidades de saúde, com destaque para aquelas que são invisíveis, nos micros espaços de produção do cuidado na ESF. Assim, vale refletir que o cotidiano profissional é um convite para o entendimento de “modos de andar a vida diversos”, sendo primordial entregar-se ao desafio de não aceitar condutas estanques para realidades dinâmicas.

Nesta perspectiva, entende-se que para o suprimento de muitas das necessidades de saúde a articulação com profissionais de núcleos diferentes, demais serviços que compõe a rede de atenção à saúde, bem como com os dispositivos de cidadania da comunidade, é

premente. No entanto, mesmo que os entraves dificultem uma articulação intersetorial mais dinâmica e fluida, esta teoria permite-nos enxergar quantas pontes para o descobrimento/suprimento das necessidades de saúde podem ser criadas e outras reforçadas no micro espaço de cada ESF.

Também se sugere que os conceitos existentes na literatura, acerca das Necessidades de Saúde, sejam discutidos durante a formação dos profissionais de saúde, tanto nas universidades, como nos cursos técnicos e, sobretudo, nas capacitações para agentes comunitários de saúde. Podendo, a “Teoria da (in) visibilidade” contribuir para estas reflexões, uma vez que foi construída a partir dos significados atribuídos pelos profissionais que vivenciam no cotidiano o impacto da existência das Necessidades de Saúde.

Essa teoria, apresenta como uma de suas limitações a necessidade de aprofundamento acerca de quais são as necessidades de saúde dos profissionais de saúde, tendo em vista a saúde do trabalhador, o que poderá ampliar a variação do fenômeno estudado. Também não foram aprofundadas as questões referentes a dinâmica das necessidades quanto ao gênero, a idade e os contextos sociais que influenciam na existência, na vivência e significação das necessidades de saúde.

Dessa forma, finalizo minha dissertação de mestrado, a qual vejo como uma base para prosseguir meus caminhos como enfermeira pesquisadora, dando continuidade aos estudos acerca das necessidades de saúde em uma futura tese de doutorado.

Estudar acerca das necessidades de saúde ampliou meu olhar sobre o cuidado na interação com o outro ser humano cuidado, mas inquietações ainda borbulham no âmago de minha existência com as limitações que a este estudo são impostas. Pois, não foi abordada, devido ao tempo estimado para realização do estudo, a concepção dos usuários acerca das necessidades de saúde. Como os usuários “enxergam” as respostas dos serviços de saúde as suas necessidades? Considerando que é no encontro entre profissionais e usuários que se direcionam os caminhos para o descobrimento/suprimento das necessidades de saúde, faz-se necessário dar voz aos usuários do município de Itabirito – MG para melhor gestão da ESF.

O acolhimento “radar” surge como uma importante saída da invisibilidade, sendo promissor o aprofundamento desta reflexão, em estudos futuros, tendo em vista seu impacto para o alcance da integralidade da assistência na ESF.

Em suma, é investigando, refletindo, produzindo novos conhecimentos e sugerindo novos modos de agir em saúde que os pesquisadores podem afetar positivamente os rumos dos trabalhos produzidos na ESF.

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APÊNDICE A -TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PROFISSIONAIS

Gostaria de convidá-lo (a) a participar de uma pesquisa intitulada “Necessidades de saúde:

concepções de profissionais da atenção primária a saúde” sob minha coordenação, Dra. Cláudia

Maria de Mattos Penna, professora na Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais. O estudo tem por objetivo compreender as concepções de necessidades de saúde de profissionais e usuários da Atenção Primária a Saúde (APS) de Itabirito com a finalidade de contribuir para a melhoria da assistência no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e a coleta de dados será realizada por meio de entrevistas e observação. Assim você responderá perguntas sobre o que você entende por necessidades de saúde e como o serviço responde as necessidades de saúde dos usuários. As respostas dadas serão gravadas, se assim for permitido, para ser o mais fidedigno a elas, estando à sua disposição para ouvir, se assim o desejar. Se você permitir farei observações do momento da entrevista para anotar em um caderno, chamado de diário de campo, que você poderá ler depois para autorizar sua utilização ou não. Espera-se que esta pesquisa possa contribuir para a transformação das práticas cotidianas dos serviços, podendo, este estudo incitar o debate as necessidades de saúde e a organização dos serviços, além de contribuir com o aprimoramento do cuidado na APS e com a elaboração de políticas públicas que tenham como enfoque central as reais necessidades de saúde dos usuários do SUS. Como pode ver os riscos de participação são mínimos e caso você se sinta constrangido em dar respostas, afirmo que sua colaboração é voluntária e o seu anonimato será garantido. Firmo o compromisso de que as declarações serão utilizadas apenas para fins desta pesquisa e veículos de divulgação científica, e as gravações e o diário de campo ficarão sob minha responsabilidade por um período de 5 anos e depois serão destruídos. Em qualquer fase da pesquisa, você poderá fazer perguntas, caso tenha dúvidas, e retirar o seu consentimento, além de não permitir a posterior utilização de seus dados, sem nenhum ônus ou prejuízo. Você poderá contatar também o Comitê de Ética1 para esclarecimentos sobre

questões éticas em pesquisa. Esclareço também que você não terá nenhum gasto adicional e nem receberá qualquer tipo de bonificação. Se estiver de acordo e as declarações forem satisfatórias, favor assinar o presente termo, dando seu consentimento para a participação da pesquisa em questão. Declaro ter recebido informações suficientes e estou de acordo em participar desta pesquisa.

Assinatura: _________________________________________________________________

1Contatos: Comitê de Ética e Pesquisa da UFMG(COEP): Av. Pres. Antônio Carlos, n° 6627. Prédio da

Reitoria, 7° andar, sala 7018, Bairro Pampulha, Belo Horizonte/MG. CEP: 31270901. Tel: (31) 3409-4592. Profª Dra. Cláudia Maria de Mattos Penna Tel: (31) 3409-9867 ou 3409-9836. Escola de Enfermagem UFMG.

APÊNDICE B - TERMO DE AUTORIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Exmo. Sr.

Secretário de Saúde... Município de Itabirito - MG

Venho por meio deste, solicitar sua autorização para realização da pesquisa intitulada “Necessidades

de saúde: concepções de profissionais e usuários da Atenção Primária a Saúde” de

responsabilidade da Prof.ª Drª Cláudia Maria de Mattos Penna, docente da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais.

O estudo tem por objetivo é compreender as concepções de necessidades de saúde de profissionais e usuários da APS com a finalidade de contribuir para a melhoria da assistência no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de uma pesquisa qualitativa e a coleta de dados será realizada por meio de entrevistas com profissionais de saúde e usuários atendidos, convidados para participarem. Esclareço que a identificação do município será mantida em sigilo e as respostas fornecidas pelos entrevistados serão utilizadas apenas para fins desta pesquisa.

Após tais esclarecimentos e se estiver de acordo com o mesmo, assine o presente termo, dando sua autorização e consentimento para que a pesquisa possa ser realizada.

Cidade: _________________________________________ Data: ____/_____/________ Nome: _____________________________________ Assinatura: __________________________________ Cargo: _____________________________________ Instituição: __________________________________ Documento: __________________________________

Pesquisador: Cláudia Maria de Mattos Penna

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