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O percurso construído ao longo da pesquisa junto ao povo Anacé permitiram que se construíssem algumas reflexões sobre como se materializa a dinâmica do capital nos territórios ocupados por comunidades tradicionais – que estabelecem uma relação com a Natureza baseada na manutenção de condições de subsistência incompatíveis com a dinâmica de funcionamento da economia capitalista – nesse período de proeminência do papel que cumprem os países emergentes para a manutenção de sua reprodução sob a égide da crise economico-financeira que se agudizou em 2008.

Ao mesmo tempo em que essas comunidades tradicionais têm em comum o seu passado; marcado pela violência de como se deu a ocupação colonizadora, fosse através da força e da violência física, fosse através da destruição de sua cultura e da violência simbólica a que estiveram submetidas; elas têm em comum também o seu presente. O medo, o preconceito, a ameaça, a exploração, a opressão, a violência permancecem existindo, mas ganham novos contornos e refuncionalizam-se nessa fase do desenvolvimento capitalista.

Foi assim que a construção do Complexo Industrial e Portuário do Pecém - CIPP no final da década de 90 ficou conhecida no povo Anacé como o período do “massacre dos três noves”. Segundo os indígenas, para ser instalado, o CIPP gerou a perseguição sobre esse povo, ocasionando uma forte ruptura na forma como se davam os modos de vida de comunidades que se estabeleceram historicamente nessa região da zona costeira do Ceará, vivendo a partir da pesca, da caça e da agricultura tradicional. Implicando em mudanças na forma como se estabeleciam as suas relações comunitárias, pois novos contornos adquirem-se para estabelecer-se frente às mudanças em curso sobre seu território.

Como um empreendimento estratégico, pólo de atração de setores ligados ao ramo petroquímico e a “indústria do petróleo”, o CIPP representou um marco de inserção do estado do Ceará na economia internacional, neoliberalizante. Desde o chamado “governo das mudanças” durante os anos 90, os traços fundantes dessa inserção, baseada nos incentivos ao capital internacional, em benefícios concedidos sob a forma de isenções fiscais, sob a forma de disponibilização de mão-de-obra barata e de bens naturais então transformados em recursos e matérias-primas mercantilizados, permanecem vigentes.

No entanto, com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC – em 2007 como programa “impulsor” do desenvolvimento, os bancos públicos (como o BNDES) e o Estado passaram a ter um papel preponderante na economia. Este último passou a ter uma participação ativa como financiador e garantidor da rentabilidade de projetos vinculados ao mercado de commodities e projetos vinculados a demanda que surge por infra-estrutura. Protagonista, ele passou a atuar no direcionamento da concentração dos recursos, utilizando-se do mecanismo de espoliação. Eis, portanto, o papel dos decretos de desapropriação da população para garantir o acesso à terra por parte

dos empreendedores e, em consequência, a outros “incentivos” como o acesso à mão-de- obra barata e a bens naturais, através da regressão dos estatutos regulatórios, da coerção e das tentativas de cooptação as quais os Anacé estiveram submetidos. Há, desse modo, um sofisticamento dos instrumentos de promoção da acumulação capitalista.

A crise internacional abriu espaço para que países ditos emergentes, como o Brasil, ganhassem proeminência no mercado global, de modo que pudessem estabilizar o sistema ao criar demanda de bens de investimento e de consumo, ainda que sob pena de seu prórpio endividamento. É esse acesso retardatário da burguesia nacional que configura ao país a condição de capital-imperialista, ainda que sua inserção seja subordinada. E é dessa maneira que o capital sobreacumulado, excedente, pode ser reinvestido em expansão. Repousa aí a esperança de que haja recuperação e abertura de um novo ciclo de crescimento. A linha limítrofe dessa expansão de capital encontra como fronteira a reprodução do modo de vida de comunidades não completamente inseridas na dinâmica capitalista. Nessa etapa histórica, é necessário, pois, integrá-las, abrindo novos mercados para que continue se dando o processo de acumulação e os territórios sejam continuamente abertos ao desenvolvimento capitalista.

O papel da supressão de formas alternativas de produção e consumo, relativamente autônomas e soberanas, garante que a perca dos meios de produção por parte dos indígenas gere a necessidade de buscar o trabalho assalariado como forma de sobrevivência. Quando falamos de mudança no modo de vida não nos referimos apenas às formas de manutenção da subsistência, mas de como estas se relacionam com a produção da cultura e de laços de identidade entre a comunidade, tendo em vista que essa ruptura provoca o destecimento de relações comunitárias, a produção de outras crenças e valores.

A opção por adotar esse modelo de “desenvolvimento”, aprofunda a crise ambiental e civilizatória a qual a humanidade está submetida. Pouco tem se discutido sobre o que de fato significa, em termos socioambientais, climáticos, ecológicos, a aposta brasileira em alavancar seu desenvolvimento através do aprofundamento da exploração de uma matriz energética que produz a concentração de mais carbono na atmosfera. Eis no CIPP a exploração e o refino de petróleo, a queima de carvão mineral e a escandalosa utilização de um volume gigantesco de água em benefício dos empreendimentos numa das regiões mais áridas do país, que padece pela escassez de recursos hídricos.

Esses impactos ambientais atingem de maneira diferenciada os indivíduos, porque os mais afetados pelos prejuízos ambientais são justamente comunidades de cor e raça que ocupam historicamente o território. Falamos assim da produção não apenas de injustiças ambientais, mas do aprofundamento do racismo ambiental, na medida em que há hoje uma discriminação institucionalizada que questiona inclusive a sua existência como povo.

A nova configuração do Imperialismo no século XXI é, portanto, necessariamente mais ofensiva, aprofundando não apenas a exploração do trabalho na periferia do sistema, mas aprofundando também relações de desigualdade e violência sobre os setores historicamente desfavorecidos, oprimidos e invisibilizados. Aprofundando a exploração incontrolável sobre a Natureza de modo que sejam garantidas as transferências de valor econômico acompanhadas de fluxos ecológico-materiais apropriados como matérias- prima para manter em funcionamento o modelo. A água, a terra, o genoma humano, as culturas, a biodiversidade, a justiça, a ética, os direitos dos povos e a própria vida devem, para o capitalismo, transformar-se em mercadorias.

A luta identitária emerge assim como forma de luta contra o destecimento de relações provocadas por esse modelo para o povo Anacé. Imersos nessa realidade, paradoxalmente, o fio condutor de suas histórias é a presença marcante do elemento da resistência para se manter vivo. No passado, fosse através da guerra declarada contra o colonizador, fosse através a ocultação da sua identidade de “povo da terra”, povo indígena. No presente, seja através da luta para manter seu modo de vida, seja através da busca por reconhecimento de sua identidade como povo que tradicionalmente ocupa esse território.

Buscar sua etnicidade, seus traços étnicos, é uma forma de buscar a si mesmo, para que – nesse reencontro – com a possibilidade de ser e de estar no mundo. Um mundo que os silenciou e invisibilizou. Buscar ser reconhecido como povo indígena é uma forma de manifestar que estão vivos e querem continuar vivos, com o direito de ter o seu modo de vida e de ocupar o seu território.

Nesse cenário de expansão sob novas fronteiras de acumulação se põe em curso o monolitismo de um modelo que destrói toda pluralidade dos modos de vida dessas comunidades, das suas formas de manutenção da subsistência; que lhes retira a autonomia do trabalho livre, que distribui aos historicamente excluídos e explorados os prejuízos decorrentes do “desenvolvimento”, representado através do aprofundamento do racismo e da produção de injustiças ambientais.

É desse contexto de luta, no presente, pelo reconhecimento da história de resistência e de vida desses povos, que se fortalece a importância de suas tradições culturais, de sua linguagem oral, pois remetem a tudo aquilo que historicamente o capital operou para ocultar, para destecer, para, modificando à sua lógica, destruir. São das memórias repassadas tradicionalmente de “pai para filho”, de geração a geração, nos canteiros e roçados, na ida à mata, às lagoas, em busca do alimento, nos alpendres das casas, cheias pela convivência alegre e festiva com os “parentes”, familiares e vizinhos, quando se contavam as histórias dos antigos e do que se cresceu ouvindo falar de onde se retiram as forças para seguir resistindo no presente. É daí de onde emerge a luta pelo reconhecimento do povo Anacé como povo indígena.

Os símbolos, quando ligados a essas lutas, ganham a força de armas. É a história viva, que se refaz em processo. Nos anos mais difíceis do passado, onde se lutou para continuar a viver num lugar em que se negou a existência de índios, a força para manter viva a chama da luta no presente. O alimento para as novas gerações, que tem o desafio de, diante dos paradoxos desse tempo histórico no século XXI, continuar (re)existindo.

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ANEXOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Você está sendo convidado a participar como voluntário de uma pesquisa. Você não deve participar contra a sua vontade. Leia atentamente as informações abaixo e faça qualquer pergunta que desejar, para que todos os procedimentos desta pesquisa sejam esclarecidos. Esta pesquisa será desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Estou convidando-o(a) para participar de uma pesquisa intitulada “A Etnia Anacé e o Complexo Industrial e Portuário do Pecém: Um olhar a partir dos povos indígenas do Ceará”.

Esse estudo pretende analisar o contexto das transformações decorrentes da ampliação do Complexo Industrial e Portuário do Pecém sobre as comunidades de Matões e de Bolso, ambas localizadas no município de Caucaia/CE.

Acredito que ele seja importante porque pode vir a fortalecer a luta do povo indígena Anacé a partir da documentação de sua história, relatos de vida e de resistência. Para sua realização serão aplicados questionários e serão feitas entrevistas com a população. Sua participação constará de responder a perguntas e relatar sobre como compreende o passado e o presente da comunidade, diante da expectativa do futuro. Os benefícios poderão se dar através do fortalecimento da memória coletiva e da identidade Anacé, no processo de documentação da sua existência em que consistirá este trabalho.

Esclarecemos que você tem garantido o seu direito de não aceitar participar da pesquisa e que mesmo aceitando poderá retirar seu consentimento em qualquer momento da mesma sem nenhum tipo de prejuízo ou retaliação. Também esclarecemos que esse estudo é confidencial, sendo portanto guardado o segredo das informações referentes aos participantes, uma vez que estas informações divulgadas apenas em eventos ou publicações científicas, não havendo identificação dos voluntários. Esclarecemos, por fim, que você não receberá nenhum pagamento por participar da pesquisa.

Orientador: Antônio Jeovah de Andrade Meireles, endereço eletrônico:

Pesquisadora: Maria Cecília Feitoza Gomes, endereço eletrônico:

feitoza.cecilia@gmail.com – Fone: (85)99594705. Endereço: Departamento de

Atenção: Para informar qualquer questionamento durante a sua participação no estudo, dirija-se ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará – Rua Coronel Nunes de Melo, 1127, Rodolfo Teófilo – Telefone: 3366.8338.

Autorização:

Eu,_________________________________________, ______ anos, RG no. _______________ após a leitura deste documento e de ter tido a oportunidade de conversar com o pesquisador responsável, para esclarecer todas as minhas dúvidas, acredito estar suficientemente informado, ficando claro para mim que minha participação

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