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Ao final deste trabalho temos o sonho de que tudo corra da melhor maneira possível, tendo em vista de que se trata de um plano e que muitas coisas podem acabar saindo do previsto, e o que foi pensado poderá ser modificado. A intenção é de mostrar que, ao professor não cabe fazer para/pelo aluno, mas ser mediador na relação educando e objeto de conhecimento que é a realidade social na área da Sociologia.

A pretensão é que o aluno analise as contradições sociais e perceba o movimento de construção e reconstrução da realidade social. Com esse exercício histórico e sociológico, poderá relacionar e dimensionar os conhecimentos no tempo e no espaço – local/nacional; nacional/global; local/global. Vimos neste plano anual que a expectativa é fazer um trabalho de ensino-aprendizagem coerente e dinâmico, sempre levando em consideração a formação crítica e intelectual dos estudantes, acreditamos que só assim eles terão condições de produzir novos discursos sobre a realidade social que os cercam, como também, compreender e valorizar a diversidade, as diferentes culturas, etnias, grupos, segmentos, etc.

Por fim, reconhecer que a produção deste plano anual é um processo que corresponde a uma metodologia dialética, onde o trabalho do professor é garantir ao aluno os conceitos básicos que possibilitem a aquisição e a interpretação dos conhecimentos sobre os fenômenos sociais, culturais, ideológicos, econômicos e etc. Então, é necessário que o ensino da Sociologia seja “teórico prático, isto é, os conteúdos devem estar articulados com a realidade mediata e imediata, na qual se insere o aluno” (BRIDI, ARAUJO, MOTIM, 2009, p. 13).

REFERÊNCIAS

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ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1995.p 79-84. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.

BRASIL. Lei nº 11.684, DE 2 DE JUNHO DE 2008. Altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9394 de 1996. Brasília, DF, 2008

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Orientações Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília, DF, 2008.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília, DF, vol. 4, 1999.

BOMENY, Helena, et al. Tempos modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Editora do Brasil, 2013.

BRIDI, Maria Aparecida; ARAUJO, Silvia Maria; MOTIM, Benilde Lenzi. Ensinar e aprender Sociologia no ensino médio. São Paulo: Contexto, 2009.

CHAUI, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COELHO, Teixeira. O que é Indústria Cultural. São Paulo: Brasilense, 2006.

COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2013.

FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala. 51. Ed. São Paulo: Global, 2006. P. 116. HALLS, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006. KRISHNAMURTI, J. A educação e o significado da vida. São Paulo: Editora Cultrix, 2009. LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.

LEMOS, Carlos Eugênio, et al. Curso de especialização em ensino de sociologia: nível médio: módulo 2. Cuiabá: Central de Texto, 2013.

LEVI-STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. In: Cuche, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: Edusc, 1999, pg. 98.

MARTÍN-BARBERO, J. Indústria cultural: capitalismo e legitimação. In_____. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001, p. 75 a 101.

MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982.

MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins fontes, 2001. P. 48-49. SARANDY, Flávio M. S. A sociologia volta à escola: um estudo dos manuais de Sociologia para o Ensino Médio no Brasil. Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro, UFRJ, 2004.

SILVA, Afrânio, et al. Sociologia em movimento. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2013.

TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio, volume único. 3 ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

ANEXOS

(ANEXO 1)

Universalidade e particularidades das culturas

O homem é como um jogador que tem nas mãos, ao se instalar a mesa, cartas que ele não inventou, pois o jogo de cartas é um dado da história e da civilização (...). Cada repartição das cartas resulta de uma distinção contingente entre os jogadores e se faz a sua revelia. Quando se dão as cartas, cada sociedade, assim como cada jogador, as interpreta nos termos de diversos sistemas, que podem ser comuns ou particulares: regras de um jogo ou regras de uma tática. E sabe-se bem que, com as mesmas cartas, jogadores diferentes farão partidas diferentes, ainda que, limitados pelas regras, não possam fazer qualquer partida com determinadas cartas.

LÉVI--STRAUSS, Claude. Antropologia estrutural. In: CUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: Edusc, 1999.pg.98

(ANEXO 2)

O RITUAL DO CORPO ENTRE OS SONACIREMA

https://revistapittacos.org/2012/05/02/o-ritual-do-corpo-entre-os-sonacirema/

(ANEXO 3)

A IDEOLOGIA ALEMÃ

Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material dominante numa dada sociedade é também a potência dominante espiritual. A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe igualmente dos meios de produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles a quem são recusados os meios de produção intelectual está submetido igualmente à classe dominante. Os pensamentos dominantes são apenas a expressão ideal das relações materiais dominantes concebidas sob a forma de ideias e, portanto, a expressão das relações que fazem de uma classe, a classe dominante; dizendo de outro modo, são as ideias do seu domínio. Os indivíduos que constituem a classe dominante possuem entre outras coisas uma consciência, e é em consequência disso que pensam; na medida em que dominam enquanto classe e determinam uma época histórica em toda a sua extensão, é lógico que esses indivíduos dominem em todos os sentidos, que tenham, entre outras, uma posição dominante como seres

pensantes, como produtores de ideias, que regulamentem a produção e a distribuição dos pensamentos da sua época; as suas ideias são, portanto, as ideias dominantes da sua época. Consideremos, por exemplo, um país e um tempo em que o poder real, a aristocracia e a burguesia disputam o poder e onde este é portanto partilhado; vemos que o pensamento dominante é aí a doutrina da divisão dos poderes, por isso enunciada como “lei eterna”. MARX, K; ENGELS, F. A ideologia alemã. São Paulo: Martins fontes, 2001. P. 48-49.

(ANEXO 4)

TELEVISÃO E IDEOLOGIA

(...) em primeiro lugar, compreendo “televisão como ideologia” (...) ou seja, a tentativa de incutir nas pessoas, uma falsa consciência e um ocultamento da realidade, além, de, como se costuma dizer tão bem, procurar-se impor as pessoas um conjunto de valores como se fossem dogmaticamente positivos (...) Além disto, contudo, existe ainda um caráter ideológico-formal da televisão, ou seja, desenvolve-se uma espécie de vício televisivo em que pôr fim a televisão, como também outros veículos de comunicação de massa, converte-se pela sua simples existência no único conteúdo de consciência, desviando as pessoas por meio da fartura de sua oferta daquilo que deveria se constituir propriamente como seu objeto e sua prioridade. (...) (...) Contudo quero destacar também o que considero ser o perigo específico. (...) Trata-se dessas situações inacreditavelmente falsas, em que aparentemente certos problemas são tratados, discutidos e apresentados (...) Tais problemas são ocultos sobretudo na medida em que parece haver soluções para todos esses problemas, como se a amável vovó ou o bondoso tio apenas precisassem irromper pela porta mas próxima para novamente consertar um casamento esfacelado. Eis aqui o terrível mundo dos modelos ideias de uma “vida saudável”, dando aos homens uma imagem falsa do que seja a vida de verdade, e que além disto dando a impressão de que as contradições presentes desde os primórdios de nossa sociedade poderiam ser superadas e solucionadas no plano das relações inter-humanas, na medida em que tudo dependeria das pessoas. (...)

Adorno, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1995.p 79-84.

PITTY

Admirável chip novo

Pane no sistema, alguém me desconfigurou Aonde estão meus olhos de robô?

Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo

Parafuso e fluido em lugar de articulação Até achava que aqui batia um coração Nada é orgânico, é tudo programado E eu achando que tinha me libertado

Mas lá vêm eles novamente, eu sei o que vão fazer Reinstalar o sistema

Pense, fale, compre, beba Leia, vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Tenha, more, gaste, viva Pense, fale, compre, beba Leia, vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Não, senhor, sim, senhor Não, senhor, sim, senhor

Pane no sistema, alguém me desconfigurou Aonde estão meus olhos de robô?

Eu não sabia, eu não tinha percebido Eu sempre achei que era vivo

Parafuso e fluido em lugar de articulação Até achava que aqui batia um coração Nada é orgânico, é tudo programado E eu achando que tinha me libertado

Reinstalar o sistema Pense, fale, compre, beba Leia, vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Tenha, more, gaste, viva Pense, fale, compre, beba Leia, vote, não se esqueça Use, seja, ouça, diga Não, senhor, sim, senhor Não, senhor, sim, senhor

Mas lá vem eles novamente, eu sei o que vão fazer Reinstalar o sistema

Pitty. Admirável chip novo, 2003. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/pitty/admiravel-chip- novo.html>

(ANEXO 6) ECA

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;

b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;

d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude.

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades previstas no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 3o A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será está incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência

§ 3o A manutenção ou a reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será está incluída em serviços e programas de proteção, apoio e promoção, nos termos do § 1o do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 12.962, de 2014)

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069Compilado.htm>

(ANEXO 7)

Considerada de um modo geral, a formação brasileira tem sido, na verdade, como já salientamos as primeiras páginas deste ensaio, um processo de equilíbrio de antagonismo. Antagonismo de economia e de cultura. A cultura europeia e a indígena. A europeia e a africana. A africana e a indígena. A economia agrária e a pastoril. A agrária e a mineira. O católico e o herege. O jesuíta e o fazendeiro. O bandeirante e o senhor de engenho. O paulista e o emboaba. O pernambucano e o mascate. O grande proprietário e o pária. O bacharel e o analfabeto. Mas predominando sobre todos os antagonismo, o mais geral e o mais profundo: o senhor e o escravo”.

Freyre, Gilberto. Casa Grande & Senzala. 51. Ed. São Paulo: Global, 2006. P. 116.

(ANEXO 8)

ENGENHEIROS DO HAWAII

3ª do Plural

Corrida pra vender cigarro Cigarro pra vender remédio Remédio pra curar a tosse Tossir, cuspir, jogar pra fora Corrida pra vender os carros Pneu, cerveja e gasolina Cabeça pra usar boné

E professar a fé de quem patrocina Eles querem te vender

Eles querem te comprar Querem te matar (de rir) Querem te fazer chorar Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Corrida contra o relógio Silicone contra a gravidade Dedo no gatilho, velocidade Quem mente antes diz a verdade Satisfação garantida

Obsolescência programada Eles ganham a corrida Antes mesmo da largada Eles querem te vender Eles querem te comprar Querem te matar (a sede) Eles querem te sedar Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Vender, comprar, vendar os olhos Jogar a rede... contra a parede Querem te deixar com sede Não querem te deixar pensar Quem são eles?

Quem eles pensam que são? Quem são eles?

Quem são eles?

Engenheiros do Hawaii. 3ª Do Plural. Surfando Karmas & DNA, 2002. Disponível em: <https://www.vagalume.com.br/engenheiros-do-hawaii/3-do-plural.html>

(ANEXO 9) CHARGE

Por Valquíria Padilha, Renata Cristina A. Bonifácio. Le Monde Diplomatique. Disponível em: <http://profisabelaguiar.blogspot.com.br/2013_11_01_archive.html>

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