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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do que foi visto nos capítulos 1, 2 e 3, foi possível compreender a realidade do transporte aéreo comercial brasileiro, entender como o mercado foi modificado ao longo dos anos e como a entrada da Gol foi de extrema importância para que isso acontecesse. O transporte aéreo antes exclusivo das classes mais altas passou a incluir também, com a Gol, a classe C em seu público alvo. Com isso mais pessoas puderam começar a utilizar os aviões como meio de locomoção, e a demanda passou a influenciar na oferta, ajudando a reduzir os custos das passagens e assim dando início à popularização desse transporte.

O capítulo 2 apresentou conceitos, características e definições do modelo de gestão lowcost/lowfare, dentro da realidade tanto do mercado nacional, quanto do europeu e norte americano, o que serviu como base de estudo para que uma comparação mais profunda pudesse ser feita com a empresa Gol no capítulo 4, e assim foi possível ter uma perspectiva mais ampla no uso/emprego desse modelo e suas aplicações no mercado brasileiro. A Gol se mostrou claramente uma companhia low cost, cumprindo todos os requisitos de corte de custos, embora a mesma já apresente alguns serviços que a distancie do modelo inicial, como por exemplo, seu programa de milhagens e a separação de classes nos aviões. Lembrando que as companhias aéreas “tradicionais” também buscam a redução de seus custos operacionais, e nem por isso podem ser consideradas LCC, ou que estejam mudando seu modelo de negócio.

Entretanto, somente a partir da elaboração do capítulo 5, bem como do desenvolvimento da pesquisa tarifaria, pode-se chegar até a resposta ao questionamento desse trabalho: A Gol não pode ser considera uma companhia lowcost/lowfare. Ela seria então, apenas uma companhia low cost. Sabendo disso, pergunta-se: Mas por que isso acontece? Alguns dos motivos expostos ao longo do trabalho, e que podem explicar tal questionamento, entre outros, são:

A Gol operar nos mesmos aeroportos que as outras companhias “tradicionais”, e não em aeroportos secundários ou menores, o que reduziria ainda mais seus custos com taxas aeroportuárias, impostos, etc;

 O país não ter uma proposta de aeroporto LCC, formando parcerias;

Operar também nas mesmas rotas dessas outras companhias, em destinos tradicionais e saturados, não buscando novos fluxos ou destinos inexplorados;

Suas tarifas não condizem com as do modelo, ou seja, ficam aquém do esperado e se encontram em equilíbrio tarifário com as demais;

Dessa forma, pode-se concluir que a redução de custos não necessariamente influencia na redução das suas tarifas, porém é uma das principais características quando se trabalha com esse modelo de gestão. Inicialmente a Gol o seguiu e obteve sucesso, porém o mercado foi se equilibrando naturalmente, e ela manteve suas tarifas no mesmo patamar das suas concorrentes.

O equilíbrio de mercado pode também ser explicado pelos serviços oferecidos pelas outras companhias, que por serem considerados mais completos, diferenciados, ou mais “exclusivos”, acabam fidelizando seus clientes e tornando essas empresas grandes concorrentes das fatias desse mercado.

Assim como foi feito com o caso da Gol, outros estudos poderão ser realizados com o intuito de detectar outras companhias nessa mesma situação, ou até mesmo orientar uma possível formação de companhia desse tipo no Brasil, visto que até então, não se pode dizer que existe alguma.

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