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No estudo feito sobre a Revista Civilização Brasileira (1965-1968) ficou evidente a relação entre política e cultura na década de 1960 até como possível resultado de um processo de politização da esfera cultural, exatamente quando esta constrói sua autonomia no momento de desintegração das grandes entidades de esquerda. Essa autonomia, por sua vez, reforça e deposita em seus interlocutores (intelectuais e artistas) a “missão” de constituir um projeto de emancipação da sociedade brasileira através do princípio de liberdade de criação e expressão na esfera da cultura. Ou seja, a cultura constitui instrumentos ideológicos próprios de intervenção política como única forma (ou espaço) possível de articulação dos grupos de intelectuais e artistas, fora do âmbito dos partidos políticos e do Estado.

Por outro lado, ocorre processo semelhante ao descrito por Roberto Schwarz na constituição da hegemonia cultural da esquerda, a partir da assimilação da temática de esquerda através de livros, filmes, peças de teatro e musicais. A condição material colocada pelo mercado de bens culturais que favorece, num âmbito mais abrangente a “estetização da política” também favorece a relação entre cultura e política. Essa condição de produção e reprodução social de bens culturais não somente co-participa da estruturação da indústria cultural brasileira na década de 1960 como fortalece a relação entre as esferas da cultura e da política. De qualquer modo, acreditamos que as duas condições ainda que distintas, ocorrem simultaneamente no processo de organização das esquerdas entre 1964 e 1968.

Quanto ao conceito de hegemonia cultural de esquerda especificamente e a sua fundamentação na esfera pública, em geral, ele é comumente interpretado como um momento de consolidação de um poder quase centralizador das forças de resistência (cultural) da esquerda, garantido a determinadas classes ou grupos sociais uma autonomia que as permite agir com consciência dessa própria hegemonia; Nesse sentido, e erroneamente, o conceito de hegemonia é sempre lido através da suposta desvinculação que os intelectuais têm em relação às contingências históricas e sociais. Ou seja, não se deve ignorar a existência de uma tal hegemonia — chamada antes de cultura oficial de esquerda —, mas ela antes deve ser considerada de forma que postule seu processo de formação através ação social de seus agentes.

Tão mais importante que a revista em si, o grupo de colaboradores ou diversas facetas das esquerdas na década de 1960, constitui um elemento chave na compreensão e no mapeamento da produção de artistas e intelectuais de esquerdas dispersos em função do desagregação das entidades de esquerdas clássicas. Sabe-se que a oposição percorreu de distintas maneiras os três períodos em que se pode dividir a história do autoritarismo, de acordo com o maior ou menor espaço aberto à competição política e o grau maior ou menor de exercício das liberdades públicas e individuais – logo, a possibilidade de rever ou ampliar o conceito de hegemonia de esquerda. Isso realizado – levando em conta as formações heterogêneas dessas esquerdas que vinham fazendo política fora do âmbito do partido e da esfera estritamente política – foi possível conceber uma esfera pública de debates como a RCB, considerando como as questões ditas do mundo privado agora eram representadas política e ideologicamente.

É através dessa perspectiva que se pretende analisar o conjunto de artigos, resenhas, manifestos, relatos e documentos publicados na RCB entre 1965 e 1968. Pois, apreender tais fontes implica em inseri-las num processo amplo de produção intelectual determinante naquele contexto. Ou seja, é importante e necessário considerar estes documentos não a partir da especificidade autoral dos mesmos, mas do processo que determinou a sua estrutura e significação que interferiram na formação de um diálogo entre colaboradores e leitores que buscavam, antes de tudo, constituir um espaço legítimo de interlocução na esfera da cultura.

Daí também a insistência entre alguns intelectuais e artistas denominarem-se membros de um grupo – “grupo da Civilização Brasileira”, como diziam – que definia, a priori, o conjunto de colaboradores fixos da RCB. Evidentemente que o conceito de grupo remete a uma formação social com vínculos definidos e estabelecidos a partir de relações objetivamente verificáveis num determinado contexto histórico. Ainda que a RCB tenha reunido um contingente de indivíduos em torno de suas diretrizes editoriais, num primeiro momento, isso não representa a efetiva organização social de um grupo. A revista, antes de mais nada, representou uma tribuna de debates que abriu possibilidades para a formação dos mais variados grupos; ela abrigou diversas tendências ideológicas e favoreceu o contato diversificado entre idéias, projetos e ideologias, mas não o fez – ou o seus responsáveis não o fizeram – pressupondo a consolidação ou legitimação de um determinado grupo no espaço público. Daí a importância dessa ressalva quanto à utilização da expressão “grupo” nos termos de análise da RCB e de seus colaboradores fixos e não-fixos. Aliás, quanto ao grupo de colaboradores não regulares, estes não são considerados no processo de análise, exceto em situações de

extraordinária necessidade ou quando interferiram diretamente tanto na organização do contingente de colaboradores fixos quanto na pauta colocada sugerida pelo Conselho de Redação – que por algumas poucas vezes esteve reunida.

Comando dos Trabalhadores Intelectuais (CTI)

(Publicado do jornal Correio da Manhã, 13 de outubro de 1963)

Compreendendo a necessidade de maior coordenação entre os vários campos em que se desenvolve a luta pela emancipação cultural do País – essencialmente ligada às lutas políticas que marcam o processo brasileiro de emancipação econômica – trabalhadores intelectuais, pertencentes aos vários setores da cultura brasileira, resolveram fundar um movimento denominado Comando dos Trabalhadores Intelectuais (CTI).

O CTI tem por finalidades:

a) congregar trabalhadores intelectuais, na sua mais ampla e autêntica conceituação;

b) apoiar as reivindicações específicas de cada setor da cultura brasileira, fortalecendo-as dentro de uma ação geral, efetiva e solidária;

c) participar da formação de uma frente única, democrática e nacionalista, com as demais forças populares, arregimentadas na marcha por uma estruturação melhor da sociedade brasileira.

Com este propósito de união são convocados todos os trabalhadores intelectuais que, estando de acordo com as finalidades do CTI, desejam nele atuar acima de personalismos ou de secundários motivos de dissensão.

Esta convocação nasceu do exercício da delegação de poderes que uma numerosa assembléia de intelectuais, reunida a 5 do corrente mês, deu a um grupo de treze de seus componentes, para que a representassem, durante a última crise política, junto às demais forças populares agrupadas contra as tentativas de golpe da direita e em defesa das liberdades democráticas. Como seu texto de base, foi elaborado o seguinte documento:

Considerando que a situação política do País impõe a necessidade cada vez maior da coordenação e da unidade entre as várias correntes progressistas;

Considerando que os intelectuais não podem deixar de constituir um ativo setor de luta dessas correntes progressistas;

Considerando a inexistência de um órgão mediante o qual possam os intelectuais emitir os seus pronunciamentos a afirmar a sua presença conjuntamente com os demais órgãos representativos das forças populares;

Considerando que os acontecimento recentes demonstraram a urgência da criação desse órgão capaz de representar de forma ampla o pensamento dos que exercem atividades intelectuais no País, os abaixo-assinados,

Primeira Assembléia Geral a ser realizada no decorrer do mês de novembro, com o objetivo de eleger os seus organismos de direção.

Rio de Janeiro, 7 de outubro de 1963.

(aa.) Alex Viany – Álvaro Lins – Álvaro Vieira Pinto – Barbosa Lima Sobrinho – Dias Gomes –

Édison Carneiro – Ênio Silveira – Jorge Amado – Manuel Cavalcanti Proença – Moacyr Félix – Nelson Werneck Sodré – Oscar Niemeyer – Ony Duarte Pereira.

A este documento de fundação – ainda aberto para recebimento de adesões, em listas que podem ser encontradas, até o dia 31 de outubro, nas livrarias São José, Ler e Civilização Brasileira – já apuseram as suas assinaturas, passando assim a ser membros fundadores do CTI, os seguintes intelectuais:

DIREITO: Max da Costa Santos (Dep. Federal) – Paulo Alberto M. de Barros (Dep. Estadual) – Sinval Palmeira (Dep. Estadual) – Modesto Justino de Oliveira – Hélio Saboya – Pedrílvio Ferreira Guimarães – Cláudio Pestana Magalhães.

ARQUITETURA: Flávio Marinho Rêgo – Júlio Graber – Bernardo Goldwasser – Edson Cláudio – Artur Lycio Pontual – David Weissman – Carlos Elbert – Hircio Miranda – José de Albuquerque Milanez – Bernardo Tuny Wettreich – Paulo Cazé.

MEDICINA: Mauro Lins e Silva (Direção da Associação Médica) – José Paulo Drummond – Álvaro Dória – Valério Konder – Mauro de Lossio Leiblitz.

LITERATURA: Aníbal Machado – Álvaro Moreira – Adalgisa Nery – Geir Campos – Astrojildo Pereira – Paulo Mendes Campos – Eneida – José Conde – Joaquim Cardozo – Nestor de Holanda – Dalcídio Jurandir – Mário da Silva Brito – Miécio Tati – Ferreira Gullar – Reynaldo Jardim – Rernard Perez – Felix Athayde – Oswaldino Marques – Homero Homem – James Amado – Otávio Brandão – Esdras do Nascimento – Luiz Paiva de Castro – Cláudio Mello e Souza – A. Pizarro Pereira Jacobina – João Felício dos Santos – Beatriz Bandeira – Ary de Andrade – Edna Savaget – Carlos Heitor Cony – Moacir C. Lopes – Campos de Carvalho – Sylvan Paezzo – Jurema Finamour – Guido Wilmar Sassi – Júlio José de Oliveira – Roberto Pontual.

CIÊNCIA: José Leite Lopes – Jaques Danon

TEATRO: Francisco de Assis – Oduvaldo Vianna – Eurico Silva – Oduvaldo Vianna Filho – Gianfrancesco Guarnieri – José Renato – Flávio Rangel – Modesto de Souza – Tereza Rachel – Miriam Pérsia – Yara Sales – Luiz Linhares – Mário Brasini – Rodolfo Arena – Rafael de Carvalho – Ferreira Maia – Flávio Migliacio – Joel Barcelos – Rodolfo Mayer – Antônio Sampaio – J. Sebastião Amaro (Scandall) – Jackson de Souza – Ary Toledo – Agildo Ribeiro – Costa Filho – Maria Gledis – Maria Ribeiro – Wanda Lacerda – Vera Gertel.

ARTES PLÁSTICAS: Di Cavalcanti – Iberê Camargo – José Roberto Teixeira Leite (diretor do Museu Nacional) – Djanira – Darel Valença – Poty Lazzarotto – Carlos Scliar – Kumbuka – Edith Behring – Lígia Papi – Sílvia Leon Chalreo – Claudius.

EDUCAÇÃO: Heron de Alencar – Carlos Cavalcanti – José Carlos Lisboa – Emir Ahmed (Confederação Nacional de Professores) – Pedro Gouveia Filho – Sarah Castro Barbosa de Andrade – José de Almeida Barreto (Confederação Nacional de Professores) – Ony Braga de Carvalho – Robespierre Martins Teixeira – Iron Abend – Cursino Raposo – Miriam Glazman – Edwaldo Cafezeiro – Maria Lia Faria de Paiva – Dulcina Bandeira – Lauryston Gomes Pereira Guerra – Antônio Luiz Araújo – Pedro de Alcântara Figueira – Marly Casas – Alberto Latorre de Faria – Rosemonde de Castro Pinto.

EDITORES: Jorge Zahar – Carlos Ribeiro – Irineu Garcia – José Dias da Silva.

CINEMA: Joaquim Pedro de andrade – Miguel Borges – Paulo César Sarraceni – Nelson Pereira dos Santos – João Ramiro Melo – Sérgio Sanz – Fernando Amaral – Leon Hirzman – Glauber Rocha – Marcos Farias – Saul Lechtmaches – Carlos Diegues – Roberto Pires – Paulo Gil Soares – Eliseu Visconti – Walter Lima Júnior – Arnaldo Jabour (sic) – Mário Carneiro – Waldemar Lima – Ruy Santos – Luís Carlos Saldanha – David Neves – Fernando Duarte – Ítalo Jacques – Alinor Azevedo – Célio Gonçalves – Braga Neto.

RÁDIO E TELEVISÃO: Chico Anísio – Moacyr Masson – Teixeira Filho (Secretário da Federação Nacional dos Radialistas) – Giuseppe Ghiaroni – Oranice Franco – Amaral Gurgel – Janete Clair – Hemílcio Froes (diretor da Federação Nacional dos Radialistas e dos Sindicato de Radialistas da Guanabara) – Nara Leão – Jorge Goulart – Nora Ney – Ênio Santos – Ísis de Oliveira – Newton da Matta – Grancindo Júnior – Neuza Tavares – Mário Monjardim – Maria Alice Barreto – Célia de Castro – Ilka Maria – Gerdal dos Santos – Rodney Gomes – Jonas Garret – Domício Costa – Walter Alves – Geraldo Luz.

Guimarães – Darwin Brandão – Otávio Malta – Barboza Mello – Muniz Bandeira – Osmar Flores – Flávio Pamplona – Wilson Machado.

ECONOMIA: Cid Silveira – Domar Campos – Oswaldo Gusmão – Cibilis da Rocha Viana – Paulo Schilling – Wanderley Guilherme – Aristóteles Moura – Alberto Passos Guimarães – Theotônio Júnior – Helga Hoffmann – Jorge Carlos Leite Ribeiro.

Manifesto da UBE ataca terrorismo

(Publicado No Correio da Manhã em 24 de outubro de 1964, p. 14)

A União Brasileira de Escritores distribuiu ontem um manifesto à Nação, solidarizando-se com os “intelectuais com direitos cassados, lares invadidos, com empregos perdidos ou sumàriamente aposentados e processados por defesa de idéias”.

Acrescenta o manifesto que “urge a convergência de esforços das autoridades da Nação e fôrças políticas legalmente instituídas com o restabelecimento da ordem jurídica com as garantias ao pensamento no Brasil”.

Democracia: A opinião do presidente da União Brasileira de Escritores, sr. Peregrino Júnior, coincide inteiramente com o manifesto que, afirmou, “foi escrito em sessão livre e democrática, regimentalmente convocada e reunida, com pleno debate e liberdade de pensamento e opinião”. [...]

Manifesto: O manifesto, na íntegra, é o seguinte: “A União Brasileira de Escritores vem, perante a Nação Brasileira, demonstrar solidariedade e simpatia a cada um, em particular dos intelectuais com direitos cassados, lares invadidos, afastamento ou perda de empregos, ou processados por defesa de idéias.

Levando-lhes o confôrto de sua atitude, a UBE pratica a única iniciativa que lhe é facultada, nas circunstâncias.

Usa o ensejo, ainda, para manifestar seu inconformismo, que é também de tôda intelectualidade brasileira, ante o fato e a situação que êle espelha. Apela para as autoridades da República e as fôrças políticas legalmente instituídas, no sentido de pleitear a urgente convergência de esforços pelo restabelecimento da ordem jurídica com as garantias ao pensamento, no Brasil.

A UBE, estatutàriamente posta à margem da vida política, não entra na apreciação do mérito dos fatos políticos ocorridos, mas acredita na possibilidade de ver a realização de seus propósitos sem encarceramento de escritores nem perseguição de idéias, cuja inutilidade a História demonstra.”

Manifesto à Nação defende liberdade

(Publicado no jornal Correio da Manhã, 14 de março de 1965, p.32)

É o seguinte, na íntegra o Manifesto à Nação lançando ontem como uma condenação a “tôdas as tentativas de restrições aos direitos individuais e de suspensão das liberdade públicas”:

“Enquanto não se restabelecer a legalidade democrática, dentro do princípio da independência e da harmonia dos Podêres, com respeito às decisões dos Tribunais e do Juízes, à soberania dos órgãos legislativos e à integridade de cada pessoa e cada família, o Brasil não conseguirá fixar o seus objetivos e lançar-se à sua conquista, com a coragem e paciência que os grandes problemas do País estão a exigir.

Não pode a Nação viver em clima de intolerância e de opressão, perdendo a clara visão de suas responsabilidades presentes e das suas possibilidades futuras.

Conclamamos o povo e tôdas as fôrças políticas para a plena restauração do regime federativo, das liberdades democráticas e dos direitos individuais, tais como expressos na Constituição da República e na Declaração Universal dos Direitos do Humanos.

Esperando que todos os brasileiros, de todos os setores sociais e de todo o País, trabalhem nesse sentido, encaramos como imperativo nessa hora atual:

A garantia irrestrita dos direitos de opinião, associação, reunião e popaganda;

A reintegração, na plenitude dos seus direitos civis e políticos, de todos os cidadãos, sem restrições e nenhuma discriminação;

A cessão dos inquéritos policiais-militares de natureza política; A libertação de prêsos políticos;

A realização das eleições municipais, estaduais e federais em 1965 e 1966; A proscrição de tôdas as manobras prorrogacionistas ou intervencionistas;

A suspensão das intervenções nos sindicatos de trabalhadores e nas associações e diretórios de estudantes;

O respeito à liberdade, de cátedra e à autonomia universitária;

Condenamos tôdas as tentativas de restrições aos direitos individuais e de suspensão das liberdades públicas; a delação, a violência e a tortura; o obscurantismo e o terror cultural e tôda sorte de discriminações políticas, culturais, religiosas, ideológicas e raciais.

Rejeitamos as decisões de política econômica e financeira que – com o sacrifício do povo pelo aumento do custo de vida e pela pressão salarial – se baseiem na alienação da riqueza nacional, alterem o estatuto das emprêsas de propriedade estatal ou acarretem no enfraquecimento das entidades da economia mista; e as que, a pretexto de estímulo aos investimentos estrangeiros, causem prejuízo à iniciativa privada tipicamente nacional.

E denunciamos como contrárias aos legítimos interêsses nacionais tôdas as medidas que estão levando à progressiva transferência para o exterior dos centros de decisão sôbre a economia, as finanças, o planejamento e a política internacional do Brasil.

Desta maneira, na busca de soluções democráticas para a grave crise política nacional, resolvemos lançar o Manifesto Nacional pela Democracia e Desenvolvimento, dirigindo esta conclamação a todos os brasileiros, para que dêem a sua adesão, individual ou coletiva, aos seguintes objetivos de reintegração do país no império da lei, na ordem democrática e na plena vigência da Constituição Federal de 1946:

1) A defesa intransigente dos direitos e garantias individuais e políticas;

2) A luta pela realização das eleições de 1965 e 1966 como condição necessária à redemocratização do país;

3) A convocação de uma Conferência Nacional pela Democracia e Desenvolvimento, com vistas a fixação dos objetivos brasileiros, em têrmos de respeito à soberania nacional e às características e peculiaridades de nossa formação cultural, para a garantia de que caberá ao Brasil e ao seu povo governarem-se sem tutelas internacionais ou externas”.

Signatários: São os seguintes os signatários do documento: Alceu Amoroso Lima (escritor); Alfredo Ceschiatti (escultor); Alfredo Marques Viana (editor); Aloísio Magalhães (pintor); Anísio Teixeira (educador); Antonio Callado (jornalista); Antônio Figueira Filho (estudante); Antonio J. Chediak (professor); Augusto Rodrigues (pintor); Augusto Villas-Boas (jornalista); Ayres da Mata Machado(professor); Barbosa Lima Sobrinho (escritor); Bavard Demaria Boiteaux (professor); Berilo Dantas (jornalista); Bolívar de Freitas (professor); Cândido de Oliveira Neto (advogado); Carlos Diegues (cineasta); Carlos Heitor Cony (escritor); Carlos Ribeiro (editor); Celina Narah Teles (viúva de Ladário Teles); Cícero Sandroni (editor); Cláudio Melo e Souza (Cônego); Antônio de Paulo Dutra ( jornalista); Danton Jobim (jornalista);

Cabral (jornalista); Eduardo Augusto Viana (estudante); Eduardo Frieiro (escritor); Eduardo Portella (escritor); Edu Lobo (compositor); Fernando de Azevedo (sociólogo); Fernando Barbosa (estudante); Flávio Rangel (teatrólogo); Flávio Tavares (jornalista); Florestan Fernandes (sociólogo); Fortuna (caricaturista); Glauco de Oliveira Campelo (arquiteto); Gulater Loyola (jornalista); Hélio de Almeida (engenheiro); Hermano Alves (jornalista); Ítalo Campofiorito (arquiteto); Jaime Tiommo (físico); João Batista Mesquita (estudante); João Carlos Alvim Corrêa (advogado); João Carlos Meirelles (advogado); João Cruz Costa (professor); João Filgueiras Lima (arquiteto); João do Valle (compositor); Joaquim Pedro de Andrade (cineasta); Joel Silveira (jornalista); Jorge R. Salles (estudante); José Gregori (advogado); José Gonçalves Fontes (jornalista); José Honório Rodrigues (historiador); Josemar Dantas (jornalista); José Louzeiro (escritor); José Mauro (jornalista); José Teixeira (estudante); Limeira Tejo (escritor); Luis Aberto Barreto Leite (jornalista); Luis Carlos Barreto (cineasta); Luiza Barreto Leite (atriz); M. Cavalcanti Proença (escritor); Marcelo Alencar (advogado); Márcio Moreira Alves (jornalista); Marcus Pereira (publicitário); Mário Carneiro (cineasta); Mário da Cunha (jornalista); Mário Magalhães (médico); Mário Martins (jornalista); Mário Mazzei Guimarães (jornalista); Mário Pedrosa (escritor); Maurício Roberto (arquiteto); Mauro Lins e Silva (médico); Millôr Fernandes (escritor); Moacyr Werneck de Castro (jornalista); Nadja Andrade (professôra); Nélson Pereira dos Santos (cineasta); Nélson Rossi (professor); Newton Carlos (jornalista); Nilo Dante (jornalista); Oduvaldo Viana Filho (teatrólogo); Oscar Niemeyer (arquiteto); Osíris Lopes Filho (estudante); Oswaldo Gusmão (advogado); Otto Maria Carpeaux (escritor); Paulo Duarte (professor); Paulo Francis (jornalista); Paulo Ribeiro (advogado); Raimundo Magalhães Júnior (escritor); Reinaldo Jardim (jornalista); Roberto Faria (cineasta); Roberto Lyra (professor); Roberto Chaer do Nascimento (estudante); Rui Guerra (cineasta); Sabino Barroso (arquiteto); Sérgio Buarque de Holanda (historiador); Sérgio Cabral (jornalista); Sérgio Tostes (estudante); Tarcísio de Holanda (jornalista); Theresa Cesário Alvim (jornalista); Wilson Rahal (jornalista).

Frontispício do panfleto posto em circulação, na cidade do Rio de Janeiro, em 19/02/1964 anunciando o comício de 13/03/1964. Entre os signatários, encontra-se o nome de Ênio Silveira. (Fonte: CPDOC/FGV)

Verso do panfleto posto em circulação, na cidade do Rio de Janeiro, em 19/02/1964 anunciando o comício de 13/03/1964. Entre os signatários, encontra-se o nome de Ênio Silveira. (Fonte:

Reprodução da capa do número 03 (02/11/1965) do Jornal Reunião. Periódico criado por Ênio Silveira e dirigido pelo jornalista Paulo Francis. (Fonte: AEL/UNICAMP).

Publicidade das obras editadas pela Editora Civilização Brasileira, ocupando ¾ de páginas no periódico carioca Correio da Manhã, em 30/03/1965, p. 07. (Fonte: AEL/UNICAMP)

Charge do cartunista Fortuna. Correio da Manhã, 25/11/1965.

Charge do cartunista Fortuna mencionando a libertação de Ênio Silveira depois de sua prisão e do seu envolvimento com o chamado “IPM da Feijoada”. Correio da Manhã, 05/06/1965, p. 05.