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A Pegada Ecológica pode ser considerada como um valioso instrumento para indicar efetivamente a sustentabilidade e a qualidade de vida de um município, estado ou pais, se mostrando fundamental na avaliação dos impactos ambientais causados pelo homem. Essa metodologia torna nítida quais são os impactos ambientais das atividades antropológicas, podendo ser utilizada como uma ferramenta base para a tomada de decisões do poder do município a fim de beneficiar a sociedade de maneira geral.

Percebe-se que nos últimos 12 anos, Londrina vem piorando sua Pegada Ecológica, com base nos dados obtidos anteriormente por Lisboa (2007). Com isso, considerando a abordagem ora aplicada, pode-se afirmas que Londrina estaria progredindo cada vez mais para o lado da não-sustentabilidade. Isso ocorre principalmente, pelo aumento da área construída/impermeabilizada devido a crescente urbanização, que consequentemente diminui a área coberta por vegetação, visto que esses são os principais parâmetros escolhidos para a determinação da Pegada Ecológica.

Em contrapartida desses dados, Londrina apresentou uma Pegada Ecológica bem abaixo da biocapacidade do planeta, e abaixo até da Pegada Ecológica média mundial, podendo então, quando analisada desta maneira, ser considerada uma cidade sustentável. É notável então, que mudanças podem ser feitas para que alguns parâmetros sejam alterados diminuindo ainda mais a Pegada Ecológica de Londrina, como por exemplo, uma coleta de resíduos mais efetivas em regiões mais distantes do centro da cidade, políticas para reflorestamento de áreas de solo exposto, visando diminuir o impacto causado pelo aumento das áreas construídas/impermeabilizadas, assim como o reflorestamento das áreas de APP identificadas como áreas de ocupação ilegal.

Logo, com base nesse trabalho, averígua-se que por mais que Londrina esteja abaixo do índice médio mundial, ainda tem um longo caminho a se percorrer para se tornar uma cidade ambientalmente adequada do ponto de vista da Pegada Ecológica.

Trabalhos futuros poderiam avaliar a Pegada Ecológica considerando mais parâmetros que causem impacto ambiental, como por exemplo a geração/consumo de energia elétrica e a produção de bens de consumo provenientes de atividades agropastoris. Uma boa opção também seria o uso de dados atualizados para o censo, ou a utilização de progressão estatística para manter os dados atuais.

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