• Nenhum resultado encontrado

PED 2 e PRC 2 (da segunda escola citada) e professor PED 3 e PRC 3 (da terceira

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após os estudos realizados percebe-se, claramente, o quanto a presença do especialista em Orientação Educacional é necessária e de suma importância no ambiente escolar. Sua atuação caracteriza-se por um trabalho muito mais abrangente do que se possa imaginar.

O orientador educacional é comprometido com a formação de um sujeito/aluno criativo, ético, crítico e consciente de seus direitos e deveres, dando suporte a sua formação geral, para que este possa atuar como cidadão na comunidade a qual pertence e na própria sociedade. Procurando conhecer a realidade social, como também suas questões contextuais, para então transformá-la em uma sociedade mais justa e humana.

Seu maior compromisso com a instituição escolar está relacionado ao processo de planejamento participativo, sendo um dos profissionais responsáveis pela organização, elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico da escola.

Sua atuação, hoje, relaciona-se ao compartilhamento de experiências, com todos os profissionais da educação, discentes, docentes, família e comunidade escolar, contribuindo assim para o processo de integração escola-família- comunidade, agindo como elemento de ligação e comunicação entre todos. Atua como mediador e conciliador, junto a todos os segmentos da escola, agindo no sentido de criar e disponibilizar ações efetivas e concretas, evitando a evasão e a exclusão, e assim, humanizando as relações na busca de uma educação de qualidade.

Portanto, a Orientação Educacional hoje, não tem mais como prioridade os alunos-problema, mas sim, tentar auxiliar na solução dos problemas de todos os alunos, bem como buscar caminhos para a superação das dificuldades, sejam, nos aspectos cognitivos, afetivos, emocionais, etc... Como também de toda comunidade escolar, na perspectiva de compreender melhor as relações dentro e fora da escola, que interferem no processo ensino-aprendizagem.

Após toda esta contextualização em relação a prática do especialista em Orientação Educacional no ambiente escolar, analisando a realidade das escolas pesquisadas, constata-se que a existência deste profissional, nas escolas é precária e em alguns casos, inexistente. Percebe-se, que apesar dos pedidos insistentes das

direções das escolas, na busca deste especialista, para compor suas equipes, o Sistema Educacional Estadual trata da questão com descaso sem apresentar uma solução. Assim, com estas constatações, é possível vislumbrar o alcance dos objetivos propostos para este trabalho de pesquisa.

Os profissionais em educação são cientes que vivemos, atualmente, um momento único, tendo em vista as transformações que ocorrem no contexto econômico, político, cultural e social o que resulta em novas demandas e novos desafios para a educação, pois, temos um novo perfil de aluno com novas necessidades e carências.

Hoje, não mais por uma imposição legal, visto que a Lei 9.394/96 não traz mais a obrigatoriedade da Orientação Educacional, mas sim por efetiva consciência profissional, o orientador tem função e espaço próprio junto aos demais profissionais em educação para desenvolver um trabalho pedagógico integrado e harmonioso no desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem na instituição escolar.

Perante a complexidade que temos no mundo atual, a Orientação Educacional, pode ajudar de forma significativa, na caminhada que deve ser percorrida pela educação, que mais do que nunca, deverá ver o aluno como um ser humano (emocional/racional). Portanto, este aluno – razão principal da escola – não é só razão, conhecimento, ele também é sentimento. Educar hoje exige mais do que nunca olhar o aluno de forma ampla, um ser constituído de valores, crenças e história cultural.

Finalmente, constata-se mais uma vez, que o orientador educacional, como um educador, tem papel importantíssimo a realizar na escola, numa perspectiva para além de seus muros, a fim de torná-la mais atuante no projeto de uma sociedade mais justa, fraterna e democrática que desejamos construir.

“Eu só posso estar na vida do outro para fazer o bem, para acrescentar, caso contrário, eu sou perfeitamente dispensável”.

REFERÊNCIAS

BAUER, MW. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: Bauer MW, Pesquisa

qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 3a ed. Petrópolis (RJ):

Vozes, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental.

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC/SEF, 1996.

________. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 5.692/71 de

11 de agosto de 1971. Brasília: MEC/SEF, 1971.

________. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação

Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 4.024/61 de

20 de dezembro de 1961. Brasília: MEC/SEF, 1971.

________. Conselho Federal de Educação – CFE - Parecer 292/69 de 11 de

abril de 1969. Brasília, 1969.

________. Conselho Federal de Educação – CFE - Parecer 632/69 de 30 de

setembro de 1969. Brasília, 1969.

________. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação

Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 5.564/68 de

21 de dezembro de 1968. Brasília: MEC/SEF, 1968.

________. Conselho Federal de Educação – CFE - Decreto lei nº 17.698 de 26 de

dezembro de 1947. Brasília, 1947.

FLICK, Uwe. Introdução à Pesquisa Qualitativa. 3 ed. Porto Alegre. Artmed, 2009. GRINSPUN, Mirian P. S. Z. A Orientação Educacional: conflito de paradigmas e

alternativas para escola. 5. ed. São Paulo; Cortez, 2011.

_________. Supervisão e Orientação Educacional perspectiva de integração

na escola. São Paulo: Cortez, 2003.

_________.A prática dos orientadores educacionais. São Paulo: Cortez, 1994. LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em Educação: abordagens

qualitativas. 2 ed. Rio de Janeiro: E.P.U., 2014.

_________. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MAIA, Eny Marisa; LEITE GARCIA, Regina. Uma Orientação Educacional

PIMENTA, Selma Garrido. O Pedagogo na Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1991.

RODRIGUES, Elisangela dos Santos. A ação do Orientador Educacional no

processo de aproximação família e escola. 2008. Disponível em:

<http://www.webartigos.com/artigos/aacao-do-orientador-educacional-no-processo- de-aproximacao-familia-e-escola/13839/>. Acesso em: 03 nov. 2015.

Documentos relacionados