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QUADRO 6: CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DE EMPRESAS POR PORTE – BNDES

2.6 Considerações finais

Como foi dito às iniciais, os temas team building e PME têm conceitos e abordagens diversas, não sendo possível apontar como fundamento absoluto determinado pensamento e/ou experiência, visto que toda observação feita sobre os temas em questão permeia a relatividade de cada situação.

Com isso, neste capítulo o team building foi apresentado conforme as seguintes características: é um conceito com tendência lúdica, desafiante e de ambientação outdoor, que pode ser classificado como atividade, ferramenta, abordagem ou processo cuja correlação com o mundo empresarial enfatiza a preocupação em fazer entender a importância do espírito de equipe para o alcance do objetivo empresarial, o que acontece através da otimização das competências de cada individuo em prol do trabalho em equipe.

Em relação à modalidade, a concepção defendida conduz o team building para o âmbito do treinamento, no qual o desenvolvimento profissional e o processo de aprendizagem acontecem por meio das características presentes no treinamento vivencial, onde se percebe diferenças em relação à abordagem tradicional que são importantes para a obtenção dos resultados propostos pelo team building, principalmente quanto ao realce das forças internas de cada um em detrimento de suas fraquezas, com vistas a um melhor aproveitamento das capacidades inerentes a todos.

Quanto às PME‟s, verifica-se que existem certos requisitos para o enquadramento das empresas no rol de pequena, médias e grandes empresas. Os principais critérios observados no Brasil dizem respeito à quantidade de funcionários e/ou a receita bruta anual.

Como incentivo à constituição de PME‟s e sua permanência no mercado, o Brasil conta com legislações que garantem diferenciação na arrecadação tributária, a exemplo da Lei Complementar nº 123, órgão de apoio consultivo, como o SEBRAE, e de Bancos com pacotes, ou projetos, de financiamentos específicos, como é o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES.

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Por fim, foram abordados alguns conceitos acerca dos temas planejamento, comunicação, liderança e cultura organizacional, os quais são defendidos neste trabalho como a base para o sucesso de todo e qualquer investimento. Contudo, o objetivo principal dessa abordagem foi enfatizar a importância desses temas para consecução dos resultados obtidos no treinamento vivencial, ou team building, uma vez que o melhor resultado obtido através dessa ferramenta não terá chance alguma de ser efetivo e/ou consistente para empresa se não houver a orientação de um planejamento, a prática de uma comunicação interna clara e objetiva, o controle e direcionamento de uma liderança eficiente e uma cultura organizacional lógica.

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CAPÍTULO 3 – PESQUISA: ANÁLISE DO FENÔMENO DE INFLUÊNCIA DE VARIÁVEIS LATENTES SOBRE O ESPÍRITO DE EQUIPE.

No capítulo anterior foi apresentada a fundamentação teórica responsável pela defesa e explicitação do tema em foco: Eficácia das ações de Team building para pequenas e

médias empresas sob a perspectiva do treinamento vivencial – Uma análise do fenômeno de influência de variáveis latentes sobre o espírito de equipe.

Para tanto, foram explanados, além dos temas eixos: Team building e Pme‟s, conceitos complementares que auxiliaram no fechamento da idéia defendida: o team building inserido numa proposta de Treinamento vivencial é capaz de produzir resultados eficazes para as PME's.

Dentro desse contexto, a abordagem adotada procurou conduzir o leitor para reflexões em torno de fatores relacionados ao team building capazes de contribuir para efetivação do sucesso empresarial, partindo do pressuposto de que muitos empreendimentos vêm se mantendo e crescendo no mercado brasileiro graças ao reconhecimento e valorização do trabalho em equipe.

Outro ponto importante foi ressaltado no capítulo introdutório deste trabalho, trata-se da constatação de uma alta taxa de mortalidade de empresas brasileiras, a qual vem aumentando ao longo dos anos, em contraste com situações que indicam empresas com crescimento e consistência admirável, justificando seu sucesso com a adoção de medidas estratégicas, entre elas o investimento em Recursos Humanos.

Nesse momento, verifica-se que as empresas que conseguem se sobressair consideram que só técnica e automação não garantem boas soluções, rentabilidade e muito menos agilidade para acompanhar as mudanças mercadológicas. Essas empresas têm o capital humano como diferencial e investem consideravelmente nos Recursos Humanos que possuem como uma forma de garantir resultados efetivos, positivos e consistentes.

Na edição especial de 2009, as revistas Você S/A e Exame publicaram, juntas, uma pesquisa feita com 150 (cento e cinquenta) empresas consideradas as melhores para se trabalhar, onde verifica-se que:

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Grandes, médias e pequenas, instaladas em vários locais do país, as 150 empresas [...] compõem um painel exemplar do universo corporativo brasileiro. Os dados mostram, por exemplo, que 78% dos presidentes das 150 organizações fizeram carreira dentro da empresa. Apenas 22% foram recrutados no mercado. Esse alto percentual de aproveitamento comprova que as melhores empresas do país valorizam seu público interno e apostam no estímulo e no apoio ao desenvolvimento para formar times cada vez mais competitivos e engajados. (DETALHES..., 2009, p.47).

Nesse sentido, é possível considerar que otimizar a equipe, ou o espírito de equipe, representa um importante passo para se obter o sucesso empresarial e/ou garantir uma boa colocação no mercado.

Sendo assim, indicar o team building como uma boa opção para empresas parece ser uma assertiva promissora, uma vez que seu principal foco está em ampliar, desenvolver e/ou despertar competências, habilidades e atitudes profissionais, através da edificação do espírito de equipe e da conscientização do objetivo da empresa.

Por outro lado, considerando que a proposta deste trabalho é que as PME's vejam o team building como uma alternativa de treinamento eficaz, julgou-se importante saber como a idéia do treinamento está sendo vista no momento: se essa idéia representa algo promissor e motivador ou, ao contrário, representa algo ultrapassado.

Além disso, outras questões merecem atenção: o que, de fato, influencia o espírito de equipe? Que variáveis exercem influência sobre o espírito de equipe?

Sabendo que as questões acima têm caráter relativo, o que amplia o número de respostas passíveis de respondê-las, este trabalho propõe a análise da influência de três variáveis sobre o espírito de equipe: processo de treinamento, liderança e Incentivo à

produtividade.

Com isso, têm-se abaixo a seguinte sequencia expositiva:  Caracterização da pesquisa: Metodologia adotada;

 Análise qualitativa: expectativas em torno do treinamento;

 Análise quantitativa: montagem do modelo teórico e validação estatística respectiva; e

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