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Adentrar uma cultura diferente sem tê-la como uma referência mais próxima, de convívio, é um desafio. Para nós, a experiência de tradução que tivemos, ao analisar o romance Le Survenant sob a ótica de uma transposição cinematográfica, desvelou uma rede de interrelações complexas que ainda estão aquém de uma finitude. Entendemos que, a adaptação Le Survenant é resultado de uma compreensão de que o estrangeiro representa o quebequense de hoje, cuja cultura tem origem na noção do duplo pertencimento.

Esse é o olhar de um sujeito que se percebe enquanto Outro para as narrativas com as quais dialogou e que nelas se procura. Entendemos que essa transposição da obra literária para a linguagem do cinema é um sintoma de que o Québec também se procura no Outro e de que é preciso alertar a sua coletividade para o fato de que o estrangeiro é também um fundador para a cultura do Québec. Ele funda o movimento constante dos sujeitos quebequenses, imprimindo rastros em sua história.

Uma sociedade que se erigiu pela alteridade, que se nutriu e se reconstruiu no Outro, não pode ser compreendida senão na intertextualidade. E assim se constrói a representação do sujeito estrangeiro na adaptação Le Survenant. Entendemos que, na adaptação, o estrangeiro está representado nos seres marginalizados pela comunidade do Chenal du Moine. Naqueles que são rotulados, apelidados e que não têm identidade para essa comunidade. Eles são também segregados, obrigados a se exilarem, seja num prostíbulo ou dentro de si mesmos, mas se tornam sujeitos na medida em que rogam para si o direito à voz.

Nessa medida, a reconstrução da imagem do estrangeiro na adaptação Le Survenant ultrapassa os limites da narrativa escrita. Isso nos leva a perceber o romance de Germaine Guèvremont como uma narrativa a ser suplementada pelo futuro, no devir de uma (re)escritura que desconstrua o significado atribuído ao Outro, a quem buscamos representar pelo rótulo.

Por vezes, recaímos no uso desse rótulo como mecanismo de defesa contra o Outro. Porém, ao sermos levados a refletir sobre a nossa identidade, que já se sabe, não é estática, pois ela está em constante renovação, somos então obrigados a admitir que o Outro desloca a nossa identidade, agindo sempre de maneira inesperada e alterando as convenções que a nossa cultura nos impeliu.

A história, essa interminável narrativa das civilizações, é a grande testemunha da alteridade nas relações sociais. Os conflitos engendrados pelo choque entre as diversas culturas que se encontram em meio às encruzilhadas históricas só comprovam a dificuldade que os sujeitos têm em dialogar com seu Outro. Isso ocorre em decorrência da presença de um elemento estranho dentro de uma comunidade cultural, o que desencadeia reações imprevisíveis. Ao passo que esse elemento estrangeiro é pólo de fascínio, justamente por mostrar-se diferente, ele é temido, pois suscita uma mudança na ordem à qual estamos habituados, seja ela política, religiosa, enfim identitária.

Sendo esse Outro lido com uma ameaça ao grupo, a estratégia mais provável e eficaz para evitar uma mudança na ordem é o seu banimento. Porém, esquecemos que para o Outro também somos Outro(s) e essa compreensão se dá através da superação da idéia de uma identidade fixa. Para nós, brasileiros, é fácil compreender essa lógica, pois nos confrontamos em nossa diversidade. No entanto, não nos reduzimos à comunidade brasileira. Estamos em relação constante e de diversas maneiras com o Outro.

É preciso estabelecer a conexão, em detrimento de um paralelismo que sedimenta e empobrece o conhecimento das nossas identidades. Nesse aspecto, a literatura e a produção cinematográfica quebequenses têm muito a nos oferecer. Estudar a cultura quebequense, pondo em relação dois discursos paralelos em suas temporalidades, é também dialogar com ela, para quem somos Outro.

É reconhecer que não se pode compreender o sujeito, que para mim é estrangeiro, senão dialogando com ele. Ainda que façamos parte de uma mesma comunidade cultural, não se pode pretender que sejamos da mesma cultura. Isso porque, cultura é o que se constrói ao longo da história. Essa mesma história que traduzimos a cada passo dado à sua frente, que retoma o seu passado.

Muitas foram as estratégias de dominação do Outro, contadas pela história, cujo grande exemplo é a colonização. No entanto, suas consequências são inimagináveis, por isso, narrar é preciso. Como já foi afirmado, quem conta um conto... Sempre acrescenta. Acrescenta o seu testemunho à história.

Se o sujeito constrói a sua identidade ao longo da história, podemos dizer que a história move essa identidade. Significa dizer que, num longo percurso de construção da identidade, vamos assimilando cada movimento da história, seus conflitos, suas convenções,

suas imposições e seus impasses. Significa reconhecer que a identidade se constrói na alteridade, num movimento constante de autorenovação do sujeito.

Sendo o sujeito dotado da capacidade de representar seus próprios pensamentos, todo sujeito pode com isso representar a sua identidade. E se a identidade é alterada ao longo do tempo, isso trará implicações na forma com que cada sujeito representa a história para si mesmo. Obviamente, essa representação acontece na linguagem, é a expressão do pensamento em signos.

Ela, a linguagem, é, pois, uma representação parcial da história, porque não está isenta dessas implicações. Falemos, portanto, em linguagens, por que no amplo domínio da Linguagem, várias são as possibilidades de expressão do pensamento – e o que seria o pensamento senão leitura, ponto de vista, tradução? Pensar é traduzir, em linguagem. A tradução é então uma coisa pensada que se representa numa linguagem.

A tradução é também um discurso passível de alteridade, pois é também leitura. Ela contribui, portanto, para a reconstrução das identidades. O ato de traduzir se torna também uma representação da história, um discurso que representa um outro discurso. Ela não pode representar outra coisa a não ser o sujeito. E se a tradução representa esse sujeito, representará por consequência a sua alteridade, o que lhe é subjacente.

Se somos sujeitos estrangeiros para nós mesmos, então somos externos, desconhecidos, estranhos, não nos compreendemos a partir de uma noção generalizada - um

nós. Por esse motivo, somos portadores da diferença, ou seja, provocadores de combates entre

o conhecido e o desconhecido, entre o igual e o diferente.

Ao nos confrontarmos com o desconhecido, confrontamo-nos também com aquilo que conhecemos. Esse exercício de comparação entre o que se conhece e o que não se conhece pode nos levar à renúncia do que desconhecemos, em detrimento das certezas que trazemos no decorrer da nossa experiência de vida. Ao mesmo tempo, pode nos forçar – e creio ser inevitável esse processo – a assimilar e reconstruir o desconhecido.

Assim, o que julgamos estranho passa a ser nosso, desde que estejamos abertos à sua constante renovação. Pois o que é novo pode assumir lugar de velho, isto é, já superado, no momento em que é reconstruído, numa infinita troca de conhecimentos entre passado, presente e futuro. Seria assim um processo de “triagem” dos elementos desconhecidos que acontece por meio de uma linguagem, sem a qual os seres não comunicam.

Esse é um processo de filtração dos componentes estranhos que o Outro traz, ou seja, a triagem entre o que esse desconhecido traz de novo e o que ele traz de igual ou equivalente a um Si. Esse seria também um processo de “alteridade”, no qual o olhar sobre o Outro, o desconhecido, é transformado e ressignificado para um Si.

A tradução, neste âmbito, é um processo de descoberta e leitura do Outro. Ela evoca toda a nossa concepção da história e também se conflitua com elementos estrangeiros. Para ela, o banimento do Outro é impossível, pois é dele que ela se nutre. É ele que ela deseja representar. Traduzir traz à tona o discurso do Outro que sobrevém numa linguagem. O esforço em representar o Outro é um esforço de tradução. Se é através de uma linguagem que tento representá-lo, e se com ele estou em conflito, esse conflito se dará também em linguagem.

Entendemos então que o tradutor está fadado a um eterno movimento de redescoberta de si mesmo ao confrontar-se com o texto do outro e isso experimentamos na prática. Dado que o tradutor também absorveu esse texto, filtrando-o segundo seu repertório cultural, inevitavelmente, algo muda em sua perspectiva sobre a cultura do outro e sobre a sua própria cultura, que se enriquece com a do outro. Traduzir é alterar e alterar-se, ao mesmo tempo. Tradução é alteridade. É um processo de redefinição de identidades para si e para o Outro. A tradução só pode, portanto, se dar no plano semiótico, pois representa a simbiose do olhar e do verbo. O verbo é a palavra manifesta que funda o texto. O texto é o discurso implícito na língua do Outro. Esse Outro é a pessoa cujo verbo se manifesta no texto.

Em outras palavras, a tradução está representada nas linguagens, tantas quantas forem possíveis. Ela é então um conjunto de signos que buscam representar outros signos. Portanto, um texto – enquanto representação em signos - nos será sempre estrangeiro enquanto nosso olhar se voltar somente para a nossa própria cultura, excluindo a cultura desse texto – que, ora, foi escrito em signos por outro(s) que não eu. A tarefa do tradutor é, num sentido mais amplo, a de iluminar o texto para que o leitor/receptor possa vê-lo em sua estrangeiridade, filtrá-lo segundo suas identificações com a cultura desse texto e assimilá-lo, pois que esse texto fatalmente acrescentar-se-á em seu repertório.

O respeito ao tradutor e às suas traduções só acontece na medida em que o esforço do leitor-receptor é empregado na tentativa deste de colocar-se na condição de Outro, que lê a si mesmo através do olhar do outro-tradutor. E não numa mera classificação qualitativa do seu trabalho, sujeita às regras arbitrárias de uma cultura pré-determinada, seja ela a de recepção

ou a de partida. Um texto é, portanto, um espectro de sentidos lacunar e infinitamente preenchível. O tradutor pode e deseja preencher tais lacunas. Nisso reside o seu esforço e a sua intenção. Ele evidencia a possibilidade da ressignificação de um logos.

Inscrita numa poética sincrônica, a tradução, em termos práticos, permite às gerações posteriores ao texto primeiro o acesso à sua própria memória, ou seja, à sua própria história. Ao ampliarmos a noção e compreendermos que a tradução é uma relação intersemiótica entre sujeitos, nós ampliamos também o campo da atuação sígnica. A via de acesso ao conteúdo implícito no texto se mantém aberta aos olhos do leitor, basta que ele “abra” seus olhos para o texto subjacente.

Não existiria texto sem antes haver um movimento de interpretação sígnica de um dado real. Da mesma forma, não existiria tradução se não houvesse uma transformação dessa interpretação. Assim, o dado real assume o sentido que lhe é atribuído, ou melhor, que é deduzido a partir da imagem que o texto nos apresenta. A tradução pode ser, portanto, entendida também como uma dedução. Um movimento de interação entre o que se deduziu do real, que assume forma de texto, e o que se deduz desse texto que já é em si uma tradução do real, ou seja, da história enquanto dado real.

A tradução intersemiótica poderia então ser classificada como a forma mais inovadora da tradução, pois que ela abraça todas as linguagens em que o pensamento pode ser expresso. Nesse ínterim, o próprio conceito de tradução é revisado. Ele é apreendido enquanto manifestação do pensamento em signos e a partir da intersecção deles.

Se é manifestação, a tradução é também um dado, um testemunho. E só se pode testemunhar sobre o que se viu. O ver aqui deve ser entendido como um olhar lançado sobre a coisa. E a história, a própria coisa. Traduzir é então lançar-se sobre a história, pensá-la e manifestar-se nela. Concluimos, pois, que a tradução é sim um testemunho histórico, pois ao passo que recupera a história, a reescreve, transformando o dado em signo.

Nessa perspectiva, a tradução é uma leitura particular delineada sob um ponto de vista. É, portanto, imprevisível, pois a experiência é imprevisível. E se a tradução - conforme Derrida (2006) defende - é a própria experiência, vivemos a traduzir. Traduzir é, pois experimentar esse lugar do Outro, tornar-se um estrangeiro por alguns momentos. É imprimir as marcas de uma experiência pessoal numa coletividade. É dar o próprio testemunho da sua história e permitir que esse testemunho dialogue com outros.

A tradução é então um eterno vir-a-ser, é a expressão do pensamento forasteiro que assimila e é assimilado. Traduzir é survernir na cultura do Outro, o que ilumina a própria cultura do Si. O trabalho do tradutor é o mesmo de um survenant; o de deslocar os discursos, enfrentando na linguagem as fronteiras que o pensamento coletivo impõe ao sujeito moderno. Se vivemos a traduzir, então, somos todos survenants.

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