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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No documento Rosilene Monteiro dos Santos Costa (páginas 52-55)

Realizar um estudo em busca de respostas para situações vivenciadas, que possam contribuir para mudanças e melhorias na condição de pedagoga, professora e pesquisadora é de fato muito instigante. Houve muito aprendizado com os estudos investigativos das referências que serviram de base conceitual. Sabe-se que o estudo perpassa por aspectos subjetivos referentes aos conhecimentos e experiências que a pesquisadora possui sobre arte e as tecnologias digitais contemporâneas.

Tem-se como maior desafio deste trabalho compreender como a disciplina Arte pode ter o seu processo de ensino-aprendizagem realizado com auxílio das TDICs e dos recursos audiovisuais. As referências utilizadas auxiliaram na compreensão da diferença de relação que se estabelece entre a experiência que se pode ter ou não, em contato físico com a obra de arte. E a experiência que se pode ter ou não, ao navegar por meio do ciberespaço a um museu virtual.

De acordo com o estudo pode-se fazer um elo entre o processo de ensino-aprendizagem em Artes com as TDICs. E com a mediação do professor, a relação de aprendizagem com o mundo real e virtual pode acontecer, resultando em trocas constantes de informação e conhecimento. Como está expresso na BNCC, estas ações se intercruzam e podem contribuir para o desenvolvimento de habilidades e competências de ordem cognitiva, social e emocional.

As reflexões apontam que visitas virtuais a museus podem servir para suprir e ampliar conhecimentos relativos a arte e a cultura. Uma vez que, os museus virtuais apresentam-se como espaço de possibilidade e acessibilidade a um número exponencial de acervo de obras de arte. As imagens presentes no ciberespaço podem proporcionar distintas experiências sem limite de espaço-tempo, podendo contribuir para potencializar a aprendizagem.

O que nos parece fundamental nos estudos sobre o ensino de Arte e a utilização das TDICs como recurso didático pedagógico para potencializar o processo de ensino-aprendizagem, é a discussão sobre as consequências da educação tradicional, excludente frente ao estudante que por questões de ordens diversas não tem acesso a arte na forma presencial. Assim, é importante repensarmos as práticas pedagógicas a serem desenvolvidas, a elaboração de

currículos que integrem e articulem um ensino de Arte pautado em ações que incentivem o estudante a pesquisa, a criação e construção de conhecimentos em/sobre arte.

É necessário que se tenha muita atenção com questões referentes à: carência de recursos humanos e financeiros, preocupações com a falta de segurança e os atrasos que normalmente ocorrem em dias de excursão. A escola em parceria com a comunidade escolar precisa buscar junto a instâncias superiores o apoio e os recursos necessários para que esses problemas sejam sanados. E assim, mais experiências práticas com as modalidades da arte poderão ser realizadas.

Não há como negar que conhecer obras de arte ao vivo e no original é muito diferente de conhecê-las por meio de reproduções, quer seja no livro didático, slides, Datashow, celular ou computador. Pois, não se pode substituir a riqueza de uma obra de arte no original e nem mesmo a experiência de aprendizagem da apreciação estética que se pode ter com a mesma. Para tanto, torna-se necessário que professor, equipe pedagógica e direção escolar compreendam a importância das relações que poderão ser estabelecidas. Assim, talvez haja uma mudança educacional, que visa aproximar a escola e os estudantes de espaços artísticos e culturais.

Neste sentido, para propiciar um ensino de Artes Visuais que viabilize o acesso do estudante as artes visuais, a música, ao teatro e a dança na forma presencial, faz-se necessário investimento em políticas públicas. Estes devem iniciar desde a infraestrutura apropriada para o desenvolvimento das aulas; inclusão de verba para custear o transporte das visitas e excursões à museus, galerias, teatros, cinemas, espetáculos de dança e outros espaços culturais.

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No documento Rosilene Monteiro dos Santos Costa (páginas 52-55)