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Este trabalho buscou uma compreensão das trajetórias dos catadores do Jangurussu que oportunizasse ao leitor apreender as várias dimensões que uma análise desses percursos de vida e de trabalho comporta. A migração, a pobreza, a fome, o trabalho precário e todas as variáveis objetivas e subjetivas que montam o cenário das experiências vividas nos percursos destes agentes é que podem configurar uma ideia do que são suas trajetórias. Ideia imprecisa, entretanto, já que nenhum grau de empatia nos permite de fato perceber o que outro ser humano pensa ou sente. Foram vivências densas e impossíveis de serem completamente assimiladas. Nos limites da razão, entretanto, é possível realizar uma síntese de alguns elementos.

O catador é um personagem eminentemente urbano. A história de sua profissão, que remete aos coletores de trapos dos séculos XIX e XX, está imbricada aos processos de urbanização e industrialização do ocidente. É a consolidação da racionalidade capitalista que organiza os processos de trabalho na urbe e que permite a existência de trabalhadores cujas condições de vida e de atividade são precárias. A cidade, como célula das relações sociais capitalistas é o local privilegiado para as vivências dos personagens trabalhadores do lixo. Ao refletir sobre o catador como um sujeito nos espaços citadinos é possível entender o quanto ele vem transformando, deixando marcas e recriando a cidade, apesar dos exercícios de poder e controle que outros agentes intentam estabelecer sobre ela. Já não é possível pensar, por exemplo, na metrópole Fortaleza sem os catadores. Não somente por estarem em grande número, mas porque esses trabalhadores interferem veementemente no espaço urbano. Estes homens e mulheres coletaram e coletam, nas ruas e no complexo do Jangurussu, e marcam, assim, seus territórios nos lugares da cidade. Seus percursos revelaram, ainda, o quanto são parte de Fortaleza.

A profissão de catação não é atividade recente. Ela acompanha a consolidação das cidades como locais de concentração demográfica e como espaços de produção e de circulação de bens. É a possibilidade de recuperar os objetos, reinserindo-os no ciclo do consumo, o que possibilita o surgimento desta atividade que se iniciou em maior escala com a indústria de trapos, a qual demandava restos de tecido para a fabricação de papel. No segundo quarto do século XX, com os avanços no desenvolvimento tecnológico, a aceleração dos processos de urbanização e a produção crescente de lixo, a atividade adquiriu novos participantes.

Desde o início, as condições de trabalho dos catadores eram precárias e a atividade sempre foi exercida de maneira informal. A partir das últimas décadas do século XX, a quantidade de catadores cresceu muito, chegando a atingir no Brasil a cifra de milhares de trabalhadores. Os catadores coletam e selecionam materiais recicláveis e produtos reaproveitáveis nas ruas, nos lixões ou, de forma organizada, nos galpões de estocagem, em parceria com outros agentes, públicos ou privados. Os trabalhadores estão presentes em todas as grandes capitais do país e já compõem a paisagem urbana de forma ativa. Fortaleza, tendo passado por processos de industrialização tardia, já congrega uma grande leva de catadores. A trajetória itinerante dos lixões da cidade foi acompanhada por vários desses personagens.

O grupo acompanhado nesta pesquisa iniciou suas trajetórias nas cidades do interior do Ceará e migrou para a capital Fortaleza nas décadas de 1950, 60, 70 e 80 por razões diversas, dentre elas, a escassez de trabalho nos locais de origem. Naquela época, a cidade de Fortaleza já apresentava percentuais elevados de concentração de renda e tinha como característica a presença de uma população pobre que se aglutinava em espaços bem definidos do território urbano. Estes migrantes vieram engrossar as fileiras dos que moravam nas favelas e sobreviviam de ocupações informais nesta metrópole.

Os sujeitos com quem interagimos na pesquisa vivenciaram diversas situações características da pobreza urbana: as dificuldades de moradia, a fome, a mendicância e, por fim, o ingresso no ciclo de trabalhos informais. A catação de lixo e recicláveis foi uma opção diante do desemprego, da falta de acesso aos alimentos e da falta de uma formação que lhes permitisse incluir-se no mercado de trabalho urbano.

A pobreza tem na fome uma de suas expressões mais concretas. Ela foi vivenciada cotidianamente por muitos dos catadores que entrevistamos e os conduziu ora à mendicância ora à coleta de restos nos lixões da cidade. Essa pobreza, que atinge levas de indivíduos no país, é fruto de uma ausência de reconhecimento de direitos sociais aos grupos que não lograram ingressar formalmente no processo produtivo capitalista. Estes segmentos são marginalizados e seus integrantes não são percebidos como sujeitos políticos, e sim como pessoas que devem ser tuteladas por políticas de assistência do Estado ou mantidas sob controle através dos aparelhos repressores da sociedade.

Diante desta realidade, os catadores, sujeitos desta pesquisa, experimentaram ingressar na catação de lixo, empreendendo uma trajetória em torno dos lixões de Fortaleza. Esses trabalhadores migraram também no interior dessa metrópole, acompanhando o lixo para onde este se deslocava. Nos lixões, os catadores realizavam sua atividade de forma precária, alimentando-se de restos e expostos à total insalubridade.

Os trabalhadores migrantes aportaram, em 1978, no bairro do Jangurussu, onde funcionou o último lixão da cidade, cuja municipalidade, a partir de 1998, na tentativa de tratar a destinação de resíduos de maneira mais adequada, construiu aterros sanitários em outros locais.

O lixão do Jangurussu foi a experiência mais significativa na trajetória de vida e de trabalho dos agentes dessa pesquisa. Apesar de permanecerem em situação de trabalho

precária, os catadores relataram que o destino de resíduos era “rico” e que foi um momento de

seus percursos no qual conseguiram exorcizar o fantasma da fome. Inseriram-se em uma cadeia produtiva informal que foi estabelecida em torno do lixão e ali, além de criarem o bairro do Jangurussu, interferindo ativamente no espaço físico do local, viveram muitas das principais experiências de suas vidas, já que o lixão funcionou por um período de 20 anos. Naquele local, estabeleceram moradia, constituíram família e se consolidaram na atividade de catação, assumindo, a partir dela, a identidade de trabalhadores. Em seus relatos, os catadores frequentemente defendem esta identidade, já que, ao longo de suas trajetórias, foram muitas vezes estigmatizados como marginais.

Após muitos anos de funcionamento, o lixão do Jangurussu chegou a seu limite de recepção de lixo. A quantidade de catadores que sobreviviam dele era muito grande e tornou- se visivelmente um problema social para a cidade. A precariedade das condições de trabalho dos catadores do Jangurussu foi objeto de denúncia por parte de vários atores da cidade, artistas, organizações da sociedade civil, mídia local etc. Todos se indignavam com a situação dessas pessoas que viviam no lixão.

Em função do fim da vida útil, das muitas denúncias e dos problemas que o lixão trazia aos moradores dos bairros contíguos ao Jangurussu, o local foi desativado no ano de 1998. A montanha de lixo foi aterrada e ao seu lado foi edificado um complexo de tratamento de resíduos sólidos (CTRS). No interior do complexo, os poderes públicos do estado e do município construíram uma usina de triagem de resíduos sólidos que passou a ser o novo espaço de trabalho dos antigos catadores do lixão. Entretanto, não houve espaço na usina para a absorção de todos os trabalhadores e muitos deles se dispersaram pelas ruas da cidade, coletando, com carrocinhas, o material reciclável nos lixos domésticos e comerciais desta metrópole.

Os trabalhadores que foram incluídos no espaço da usina de triagem se ressentem da perda de controle sobre seu local de trabalho, já que agora têm de interagir com os agentes da prefeitura que administram o CTRS. Além disso, seu nível de renda diminuiu consideravelmente desde que deixaram de trabalhar no lixão. Acompanhando a trajetória

desses personagens, atentando ao conteúdo dos seus depoimentos, é fácil perceber que o lixão assumiu em suas vidas uma representação significativa e que sua desativação caracterizou uma ruptura em seus percursos. Durante a pesquisa de campo, percebi que seus discursos têm o lixão como principal referência e a desativação como um momento de perda relevante.

As trajetórias, entretanto, trazem também experiências de resistência dos catadores frente a várias dificuldades. A reconstituição do lixo em objetos de uso cotidiano, os arranjos feitos para modificar os espaços ocupados em função de suas necessidades, as táticas discursivas usadas para preservar sua imagem social de trabalhadores, configuram o que De

Certeau (1998) denominou de “artes de fazer”. Práticas de antidisciplina que, mesmo de

forma inconsciente, formam um corpo de resistência frente aos processos de exploração e de controle aos quais estão expostos.

Mas afinal, esses sujeitos são trabalhadores ou marginais? São catadores de materiais recicláveis ou catadores de lixo? Durante a pesquisa, concluímos que essas aparentes ambiguidades que se apresentam quando acompanhamos as trajetórias dos catadores apontam para vários caminhos. Todavia, deslizam sobre dois trilhos minimamente estabelecidos: a sobrevivência cotidiana e a luta por permanecer na condição de trabalhador. No lixão ou na usina, esses personagens contaram suas estórias, lutas, sofrimentos e conquistas. Levam em si as marcas da pobreza, mas também das vitórias diárias duramente conquistadas.

Os percursos têm muitos pontos comuns: as privações, a mendicância eventual, a falta de abrigo seguro, a ausência de oportunidades de educação o encontro com o lixo e a dificuldade permanente de sair do mundo da informalidade. Entretanto, embora evolvidos nas tramas de uma racionalidade capitalista que lhes mantém em situação de permanente precariedade e exploração, os catadores sabem, por meio de diversas táticas, reivindicar sua cidadania.

Mas se houve semelhanças, também foram detectadas diferenças. Alguns dos sujeitos se identificam com a profissão de catador e se fazem presentes na Ascajan, participando de eventos e reuniões de discussão. Outros, alheios a tudo isso, buscam o trabalho no lixão do transbordo do CTRSJ, ainda hoje ocupado por muitos. Eles não querem associar-se. Todos, entretanto, teimam em se considerar trabalhadores.

A partir do ponto de vista da funcionalidade de sua força de trabalho para o capital, não somente são trabalhadores como geram lucro à cadeia da reciclagem. Entretanto, estão longe de ter acesso aos direitos de cidadania. A proximidade com o lixo e a precariedade das condições de trabalho não condizem com uma condição de trabalho digna. Quanto mais intenso é o processo de exploração do trabalho, mais fácil é para o capital se reproduzir. A

atividade do catador está envolta por essa lógica. Sua condição de miséria faz com que outros agentes com os quais interage, como por exemplo, os atravessadores e os industriais, tenham seus lucros garantidos. Esse exército de trabalhadores contribui com a cidade através da manutenção da limpeza dos espaços públicos, sem nenhum custo contratual. É assim que a indústria da reciclagem cresce às custas desses sujeitos sem, entretanto, manter com eles um vínculo empregatício.

A trajetória dos catadores que trabalham no complexo do Jangurussu é emblemática em relação à dos catadores da cidade. Eles fazem parte da história de Fortaleza. Seus percursos cruzam as histórias individuas com a biografia da cidade. Apesar das vivências de sofrimento, esses trabalhadores permanecem no espaço do Jangurussu, demarcando lá seu território e lutando para sobreviver diante de uma trama de relações que, vivida no cotidiano, inclui lutas, tristezas, alegrias, decepções e esperanças. Relembrando De Certeau (1998),

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