• Nenhum resultado encontrado

A nossa investigação teve como ponto de partida o interesse em pesquisar a aprendizagem de um grupo de alunos do Ensino Fundamental a partir de uma sequência didática que tinha como atividade principal uma saída de campo para uma trilha ecológica. Em princípio, a nossa grande preocupação era a de entender como diferentes elementos contribuíam para a aprendizagem de conceitos associados aos conteúdos referentes à temas ambientais. Era nossa expectativa inicial que os diferentes actantes mobilizados favorecessem uma compreensão de elementos conceituais que são trabalhados nas aulas de ciências de forma tradicional.

Para a construção da SD, nós escolhemos diferentes atividades que envolviam a leitura de textos de capítulos de livros, a exposição e análise de imagens, a pesquisa em campo, a visita à uma estação ecológica e a caminhos do bairro e a produção de textos. Essa pluralidade de atividades foram pensadas para favorecer uma aprendizagem mais ampla e com características investigativas. Entre o que foi idealizado e o que foi possível fazer existiu uma grande diferença. Quando a pesquisadora foi à campo, encontrou limitações típicas de uma escola real e que precisam ser destacadas.

O primeiro problema foi a necessidade de que a pesquisadora assumisse a regência das turmas da escola, pois a professora responsável tirou uma licença médica. Essa mudança no papel da pesquisadora em sala de aula trouxe dificuldades tanto para a aplicação quanto para a coleta dos dados. Existia uma grande preocupação em executar as atividades e coletar os dados, mas com a atenção dividida nessas duas ações, em alguns momentos, a pesquisadora se sentiu perdida, ou ainda, pode não ter tido acesso a eventos importantes que não foram possíveis de serem registrados.

Outro problema foi a impossibilidade de se realizar todas as atividades na SD proposta. Por exemplo, a saída para a investigação no bairro e também a produção do jornal mural não foram realizadas. A primeira atividade não foi autorizada pela direção da escola e a segunda não foi realizada devido ao começo do recesso de meio do ano na escola e também devido ao término do contrato de substituição da pesquisadora como professora naquela escola.

Com relação ao que foi possível de ser realizado na escola, consideramos que as atividades contribuíram para a aprendizagem dos alunos. Entretanto, se esperávamos ter

dados referentes a uma aprendizagem de natureza conceitual, nos vimos em uma situação de frustração de expectativas. Ao analisar os dados, não observamos a enunciação de conceitos científicos, de proposições de explicações ou argumentos bem fundamentados. Em um primeiro momento, ao elaborar os nossos diagramas de associações, identificamos diferentes actantes mobilizados pelos alunos e alunas que foram considerados desvios, entretanto só foram identificados dessa forma à luz das nossas expectativas iniciais. Expectativas que se originam de nossa prática docente, muitas vezes marcadas por um olhar mais restrito da aprendizagem.

Em uma análise mais detida e fundamentada fortemente na Teoria Ator-Rede, que nos incita a abandonar as nossas hipóteses e nos lançar ao desconhecido, podemos observar que os actantes presentes nessas redes nos levaram a associações inesperadas que evidenciaram outras vivências ou performances. Por exemplo, quando foi apresentado uma imagem da Lagoa da Pampulha em uma fase inicial, os alunos se mantiveram em interações por vários minutos, curiosos com a informação de que este era um lago artificial. Esse não era o objetivo da pesquisadora com a exposição das imagens antigas de Belo Horizonte, mas pode ser considerado um evento de aprendizagem para esses sujeitos que passam a perceber esse ambiente de uma forma diferenciada. Outro exemplo, é a presença dos micos na trilha. Esses animais acompanhavam o grupo de alunos e alunas e desviavam o foco da exposição da monitora. Eles foram tão marcantes e por isso são tão presentes nos desenhos que analisamos.

Com relação ao nosso objetivo principal, a questão que se coloca é se não podemos identificar claramente indícios de aprendizagem conceitual, houve alguma aprendizagem dos sujeitos a partir de nossa intervenção? Em nossa análise, acreditamos que as atividades propostas, principalmente a trilha ecológica, favoreceu uma aprendizagem que podemos associar à estética.

Nesse sentido, temos em nossa pesquisa dados que evidenciam que as experiências visuais, tanto com as imagens de Belo Horizonte, quanto com a trilha oportunizaram novas e importantes associações que se materializam por meio de sensações e sentimentos expressos por esses alunos. Podemos destacar, a partir das imagens os alunos e alunas identificaram pontos da cidade e ficaram impressionados com a supressão das áreas verdes que existiam no passado. Interessante foi que quando

passavam ao largo do Ribeirão Arrudas, se questionaram o porquê daquele corpo da água ter sido recoberto com asfalto. Já na trilha, os alunos e alunas foram incitados a perceber como uma área verde pode diminuir as interferências climáticas e sonoras trazidas pela urbanização. Com relação aos desenhos, esses registros autorais trazem elementos que despertam o olhar dos sujeitos para a biodiversidade presente na área da trilha. Destaca-se que na maioria dos desenhos, eles procuram evidenciar a diferença entre o formigueiro e cupinzeiro, que se antes era entendidos como a mesma estrutura, a partir dessa experiência são compreendidos como elementos diferentes.

A partir de uma abordagem latouriana, podemos concluir que a aprendizagem estética, pouco valorizada nos processos de ensino de ciências e biologia, pode contribuir para a educação científica ampliando as percepções e as vivências dos estudantes. Novamente voltamos a assumir que a aprendizagem consiste em estabelecer translações com os diferentes actantes e dessa forma se articular e se deixar afetar, o que incide em perceber o mundo em diferentes dimensões, inclusive de modo estético. Consideramos que a SD proposta e a que foi aplicada promoveu essa aprendizagem estética. Esse é um resultado, a princípio, inesperado, mas que nos traz uma nova associação com a Filosofia da Estética que pode nos trazer contribuições para discussões futuras.

Em uma visão geral de nosso trabalho, percebemos que essa pesquisa trouxe contribuições para estudos futuros que se dediquem ao desenvolvimento e análise de intervenções didáticas inspiradas na Teoria Ator Rede. Destacamos que a construção dos diagramas nos permitiram dar visibilidade aos dados e também propiciariam questionar as nossas premissas do que esperávamos e do que foi performado a partir dos diferentes actantes mobilizados. Ressaltamos também a possibilidade da análise dos desenhos, que enquanto registros autorais evidenciaram percepções e vivências dos alunos e alunas.

Por último, se não pudemos aplicar toda SD na escola, ainda temos a esperança de que a intervenção proposta possa contribuir para a aprendizagem sobre o ambiente em que vivemos. Entretanto, essa é uma expectativa nossa, e portanto deixamos a nossa SD como uma possibilidade para futuros trabalhos. Esperamos que o educador interessado nesse tipo de material didático, possa utilizá-lo: adaptando, reformulando, criticando.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, V. L. D.; FONSECA, C. D. O. Diversidade da paisagem geomorfológica

nos ambientes da Serra do Curral, símbolo da capital mineira (MG): historicidade, permanências e rupturas de sua geoconservação. In: 4º Colóquio Ibero-americano

Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto Belo Horizonte, set. 2016

ALCADIPANI, R.; TURETA, C. Teoria ator - rede e análise organizacional:

contribuições e possibilidades de pesquisa no Brasil. Organizações & Sociedade - O & S, v. 16, p. 647- 664, 2009.

ALLAIN. L. R. Mapeando a identidade profissional de licenciandos em Ciências

Biológicas: um estudos Ator-Rede a partir do programa institucional de bolsa de iniciação a docência.2015. 217 f. Tese (Doutorado em Educação em Ciências,

Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte, 2015. ANGROSINO, M. Etnografia e observação participante: Coleção Pesquisa Qualitativa. Bookman, 2009.

AULER, D. Interação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade no contexto da

formação de professore de ciências. 2002. 257 f. Tese (Doutorado em Educação:

Ensino de Ciências Naturais), Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, Florianópolis, 2002.

AULER, D.; BAZZO, W. A. Reflexões para implementação do movimento CTS no contexto educacional brasileiro. Ciência & Educação, v. 7, n.1, p. 1-13,2001.

BARÇANTE, C. O.; SANTOS, F. C.; SILVA, F. A. R. As Atividades do Projeto de

Extensão Trilhas Ecológicas na Fazenda Experimental Agro Ecológica Izabela Hendrix, Sabará/MG – In: VII Colóquio Nacional de Pesquisa em Educação, 2010, Belo Horizonte/MG, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, 2010.

BARROS, E. Belo Horizonte – História de uma capital. SlideShare, 2011.

Disponível em < https://pt.slideshare.net/Edirlaine/historia-de-bh-8293063> Acesso em 29 jun. 2016.

BAZZO, W. A. Ciência, Tecnologia e Sociedade: e o contexto da educação

tecnológica. Florianópolis: Ed. da UFSC, 1998.

BELO HORIZONTE, Diário do Executivo de Minas Gerais, 6 de jul. 1988. Decreto

nº 28.162, de 6 de julho de 1988. Cria o Parque Estadual da Baleia, no município de

Belo Horizonte. Disponível em: <

http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=1228> Acesso em 14 de outubro de 2016.

BRASIL. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, 18 jul. 2000. Lei nº

9.985, de 18 de julho de 2000. Institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação

da Natureza e dá outras providências. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9985.htm>. Acesso em: 14 de outubro de 2016.

CARO, C. M. et al. Construindo Consciências: Ciências, 7º ano, São Paulo: Scipione, 2009.

CARVALHO, I.; MION, R.; SOUZA, C. A. Abordagem CTS na formação de

professores (investigador ativo) de física em rede sócio técnica. In: V Encontro

Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, n. 5, 2005.

CASTRO, R. S. A construção de conceitos científicos em Educação Ambiental: In: ______; LOUREIRO, C. F. B.; e LAYRARGUES, P. P. (Orgs). Repensar a Educação Ambiental: um olhar crítico. São Paulo, SP: Cortez, 2009, p. 173-202.

COSENZA, A.; POLATO, R.; ROSSIGNOLI, M. K.; DAMASCENO, E. Saneamento

Básico e enfoque CTS no contexto escolar. In: III Encontro Nacional de Ensino de

Biologia, Fortaleza, Universidade Federal do Ceará, 2010.

COUTINHO, F. A.; MATOS, S. A. e SILVA, F. A. R. Aporias dentro do movimento Ciências, Tecnologia, Sociedade e Ambiente. Apontamentos para uma solução. Revista

Sociedade Brasileira do Ensino de Biologia - SBEnBio, n. 7, Out. 2014.

DIAS, G. F. Educação Ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Editora Gaia, 2010.

EDWARDS, Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

El - HAMMOUT, N. D. Diarios etnográficos “profanos” na formação e pesquisa educacional. Revista Europea de Etnografia de la Educacion, v. 1, n. 1, p. 9 – 20. 2002.

FANTIN, T. C. S. et al. Jornal Mural: Leituras do Juca sobre o corpo humano e

cidadania. In: 10º Fórum de Extensão e Cultura da UEM, Maringá, Universidade

Estadual de Maringá, 2012.

FENWICK, T.; EDWARDS, R. Researching education through actor-network

theory. John Wiley & Sons, 2012.

FLANNERY, M. C. The conservation aesthetic and the microscopic aesthetic. Bioscience, 49(10). p. 801-808. 1999

FREIRE, L. L. Seguindo Bruno Latour: notas para uma antropologia simétrica.

Comum, 11 (26): 46-65, 2006.

FIGUEIREDO, N.M.A. Método e metodologia na pesquisa científica. 2ª Ed. São Caetano do Sul, SP, YENDIS, 2007.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002. GIL PEREZ, D.; VALDES CASTRO, P. La orientación de las prácticas de laboratorio como invetigación: un ejemplo ilustrativo. Enseñanza de las Ciencias, 1996.

GOETTEMS, A. A. Problemas ambientais urbanos: desafios e possibilidades para a

escola pública. 2006. 221 páginas. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana).

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

GOOGLE MAPS. Disponível em <https://www.google.com.br/maps/@19.9216648,-

JORNAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Gerais: Parque Estadual Florestal da

Baleia sofre com o abandono. Disponível em <

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2014/10/09/interna_gerais,577826/parque- estadual-florestal-da-baleia-sofre-com-o-abandono.shtml> Acesso em 16 Mar. de 2017. KALTHOFF, H.; ROEHL, T. Interobjectivity and interactivity: material objects and discourse in class. Human Studies, v.34, n.4, 2011.

KWIECINSKI, I. M. Aulas expositivas: sua importância e seus perigos. Outubro 2011. Disponível em < http://psico09.blogspot.com.br/2011/10/aulas-expositivas-sua- importancia-e.html>. Acesso em dezembro de 2016.

LATOUR, B. Jamais Fomos Modernos (C. I. Costa, Trad.). Rio de Janeiro, RJ: Ed. 34.1994.

LATOUR, B.; WOOLGAR, S. A vida de laboratório: a produção dos fatos

científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997.

LATOUR, B. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos escudos

científicos. Bauru, SP: EDUSC, 2001.

LATOUR, B. Reagregando Social: uma introdução a teoria do Ator – Rede. Bauru, SP: EDUSC, 2012.

LAW, J. Notes on the theory of the actor-network: Ordering, strategy, and heterogeneity. Systems practice, v. 5, n. 4, p. 379-393, 1992.

LEOPOLD, A. A Sand County Almanac and Sketches Here and There. Oxford UniversityPress. New York, 1949.

LESTINGE, S. e SORRENTINO, M. As contribuições a partir do olhar atento: estudos do meio e a educação para a vida. Ciência & Educação (Bauru), v.14, n.3, p. 601-619, 2008.

LINSINGEN, I. v. Perspectiva educacional CTS: aspectos de um campo em

consolidação na América Latina, Ciência & Educação, v. 1, n. especial, nov. 2007 LOPES, C. e PONTUSCHKA, N. N. Estudo do Meio: teoria e prática. Revista

Geografia (Londrina), v. 18, n. 2, p. 173 – 191, 2009.

MACHADO, L.; SILVA, L. V. A. A pesquisa acadêmica no contexto internacional –

uma análise exploratória dos trabalhos de conclusão de curso desenvolvidos na Graduação em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, em uma Universidade do Sul do País. In: Encontro da ANPAD, Rio de Janeiro, RJ, Set. 2007.

MARTINS, I.; et al. Aprendendo com imagens. Ciência Cultura, v. 57, n. 4, São Paulo, 2005

MARTINS, I.; OLININISKY, M. J.; ABREU, T. B.; SANTOS, L. M. F. Contribuições da análise crítica do discurso para uma reflexão sobre questões do campo da Educação Ambiental: olhares de educadores de ciências. In: Pesquisa em Educação Ambiental, v. 3, n. 1, 2008.

MELO, M. F. A. Q. A aprendizagem sob a perspectiva da teoria ator – rede. Educar em

NASCIMENTO, L. M. M.; GUIMARAES, M. D. M.; EL-HANI, C. N. Construção e

avaliação de sequências didáticas para o ensino de biologia: uma revisão crítica da literatura. In: VII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências,

Florianópolis, SC, 2009.

NEVES, C. B. Atividade na trilha ecológica [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por <cbaeta@reitoria.ufmg.br> em 16 mar. 2017.

NOBRE, J. C. A e PEDRO, R. M. L. R. Reflexões sobre possibilidades metodológicas da teoria ator rede. Revista Ator Rede. Ed. Especial, v. 1, n. 1, 2013.

PEDRETTI, E. e NAZIR, J. Currents in STSE education: mapping a complex field, 40 years on. Science Education, 95: p. 601-626, 2011.

PINHEIRO, N. A. M. Educação crítico-reflexiva para um Ensino Médio científico-

tecnológico: a construção do enfoque CTS para o ensino- aprendizagem do conhecimento matemático. Florianópolis, 2005. Tese de Doutorado em Educação

Científica e Tecnológica.

PINHEIRO, N. A. M.; SILVEIRA, R. M. C. F.; BAZZO, W. A. Ciência, Tecnologia, Sociedade: A relevância do Enfoque CTS para o contexto do ensino médio. Ciência &

Educação, v. 13, n. 1, p. 71-84, 2007.

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE, O traçado da cidade e a exclusão social. Belo Horizonte. Disponível em <

http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?evento=portlet&pIdPlc=ecpTaxono miaMenuPortal&app=historia&tax=11827&lang=pt_BR&pg=5780&taxp=0&> Acesso em 03 de junho de 2017.

RICARDO, E. C. Educação CTSA: Obstáculos e Possibilidades para implementação no contexto escolar. Ciência & Ensino, v. 1, n. especial, 2007.

REIGOTA, M. A. S. Ciência e Sustentabilidade: a contribuição da educação ambiental.

Revista da Avaliação da Educação Superior (Campinas), v. 12, n. 2, Sorocaba, junho,

2007.

SANTOS, F. C. S.; RODRIGUES SILVA, F. A. Um estudo preliminar sobre a

formação de educadores ambientais no Projeto de Extensão Trilhas Ecológicas na Fazenda Experimental Agro-Ecológica Izabela Hendrix, Sabará-MG. In: V

Encontro Regional Sul de Ensino de Biologia (EREBIO-SUL) e IV Simpósio Latino Americano e Caribenho de Educação em Ciêncis do Internacional Council of

Associations for Science Education (ICASE), Londrina – PR, set, 2011 SANTOS, P. G. F.; LOPES, N. C.; CARNIO, N. P.; CARVALHO, L. M. O.; CARVALHO, W. L. A abordagem de questões científicas no ensino de ciências:

uma compreensão de sequências didáticas propostas por pesquisas na área. In: VIII

Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Campinas, SP, 2011. SANTOS, W. P. Contextualização no Ensino de Ciências por meio de Temas CTS em uma perspectiva crítica. Ciência & Ensino, vol. 1, n. especial, 2007.

SANTOS, V. M. F. Abrindo a caixa-preta de uma sequência didática: uma análise

ator-rede da aprendizagem docente de um professor de biologia. 2016, 181 f.

Dissertação de Mestrado em Educação - Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.

Sá, E. F. et al. As características das atividades investigativas segundo tutores e

coordenadores de um curso de especialização em ensino de ciências: In: VI

Encontro Nacional de Pesquisa em Ensino de Ciências, Florianópolis, SC, 2007. SÁ-SILVA, J. R.; ALMEIDA, C. D.; GUINDANI, J. F. Pesquisa documental: pistas teóricas metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais, a. 1, n. 1, p. 1 – 15, 2009

SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de Campo em ambientes naturais e

aprendizagem em Ciências – Um estudo com alunos do Ensino Fundamental. Ciência

& Educação, v. 10, n. 1, p. 133-147, 2004.

SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Afetividade, motivação e construção de

conhecimento científico nas aulas desenvolvidas em ambientes naturais. Ciências &

Cognição, v.13, n.3, p. 120-136, 2008.

SILVA, L. F. e CARVALHO, L. M. A temática ambiental e o processo educativo: o ensino de física a partir de temas controversos. Ciências & Ensino, v. 1, n. especial, 2007.

SILVA, F. A. R.; e COUTINHO, F. A. Formação docente em ensino de ciências: uma reflexão a partir da epistemologia da ignorância. Educação em Foco, v. 21, n. 1, p. 197-214, mar-jun., 2016.

SILVA, H. C.; ZIMMERMANN, E.; CARNEIRO, M. H. S.; GASTAL, M. L.; CASSIANO, W. S. Cautela ao usar imagens em aulas de ciências. Ciências &

Educação, v. 12, n. 2, 2006.

SIMÕES, J. F. e CARNIELLI, B. L. A importância da leitura para o desempenho escolar dos alunos do ensino fundamental. Revista de Educação, PUC- Campinas, n. 13, 2002.

SOUZA, V. T. de; RAGGI, F. A. S.; FRANCELINO, A. S. dos S.; FIGUEIRÓ, R. RODRIGUES, D. C. G. de A. SOARES, R. A. R. Trilhas interpretativas como

instrumento de Educação Ambiental. Ensino, Saúde e Ambiente, v. 5, n. 2, p. 294-

304, ago. 2012.

SPRADLEY, J. P. Participant Observation. Harcourt Brace Jovanovich College Publishers. Orlando, Florida, 1980.

TOALDO, A. M. A educação ambiental como instrumento para a concretização do

desenvolvimento sustentável. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 87, abr. 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Agência de notícias: Estação

ecológica recebe investimento em infraestrutura. Disponível em <

https://www.ufmg.br/online/arquivos/003233.shtml> Acesso 16 Mar. de 2017. VALLADARES, L. Os dez mandamentos da observação participante. Revista

Brasileira de Ciências Sociais, v. 22, n. 63, p. 153-155, Fev. 2007

VENTURINI, T. Diving in magma: how to explore controversies with actor-network theory. Public Understanding of Science, Londres, v. 19, n. 3, p 258-273, 2010. ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. ZAMBERLAN, L. et al. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas. Ijuí: Unijuí, 2014.

ZEIDLER, D., SADLER, T., SIMMONS, M. L., HOWES, E. V. Beyond STS: A research - Based Framework for Socioscientific Issues Education. Science Education, v. 89, p. 357 -377, 2005.

ZÔMPERO, A. de F.; LABURÚ, C. E. As atividades de investigação no Ensino de Ciências na perspectiva da teoria da Aprendizagem Significativa. Investigação e

APÊNDICE A - TERMO DE CONCORDÂNCIA DA ESCOLA

A Escola Estadual “XXXXXX” foi convidada a participar da pesquisa: “Sequência didática para o Ensino Fundamental: Trilhas para investigar a aprendizagem em ambientes naturais e urbanos”, que será realizada pela aluna Fernanda Costa dos

Santos para obtenção do título de Mestrado Profissional em Ensino de Ciências da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), sob a orientação do Prof. Dr. Fábio Augusto Rodrigues e Silva.

O objetivo do estudo é compreender os processos de ensino e aprendizagem dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental a partir de uma sequência didática sobre ecossistemasarticulada com a perspectiva Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente - CTSA. Os participantes que aceitarem integrar-se a pesquisa deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e Assentimento (para alunos). O estudo será realizado no primeiro semestre de 2016, nas dependências da escola e haverá duas saídas de campo para coleta de dados.

A aplicação da sequência didática será realizada em horário previamente acordado com a direção e professor participante. Durante a sequência, caso algum aluno se sinta desconfortável em responder alguma pergunta ou participar das saídas de campo, poderá recusar-se e estará livre para interromper a atividade sem qualquer prejuízo.

A primeira saída será para a Estação Ecológica UFMG que é uma unidade de conservação, pesquisa e educação ambiental situada dentro do campus da Universidade Federal de Minas Gerais. Neste espaço os alunos farão uma trilha ecológica de formato irregular, apresentando grau de dificuldade mediano. O percurso total, com paradas frequentes dura em média 90 minutos e já é conhecido pela pesquisadora. A segunda saída será uma pequena trilha pelo bairro nos entornos da escola e seu percurso será futuramente decidido em comum acordo dentre os participantes.

Devemos esclarecer todos os riscos associados a este estudo que compreendem a revelação da identidade dos voluntários, e perigos envolvidos com as saídas de campo. No entanto, todos os cuidados serão tomados buscando garantir a confidencialidade das informações pessoais dos mesmos e da escola, para que não sejam identificados e ou

revelados publicamente em nenhuma hipótese. Em relação as atividades que ocorrerão fora da escola, todas as providências serão adotadas visando a segurança dos participantes, como presença de monitores, kit de primeiros socorros, contatos dos responsáveis, dentre outros que a direção julgar importante. Informamos ainda que somente a discente e o orientador terão acesso aos dados. Esses serão arquivados em computadores e protegidos com ferramentas que limitam o acesso de usuários não

Documentos relacionados