• Nenhum resultado encontrado

Etapa 3 – Simulações e Análise dos Resultados A) Montagem dos ambientes de testes:

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo deste trabalho foi avaliar o uso do OpenFlow para troca tráfego sensível a atraso entre Sistemas Autônomos na Internet.

Para análise dos dados foram gerados fluxos de sessenta segundos para cada experimento, alterando a taxa de utilização do canal entre vinte e cinco, cinquenta, setenta e cinco e cem por cento de ocupação, gerando cinquenta fluxos de tráfego IP, UDP e TCP.

Foram elaborados experimentos para simulação do encaminhamento de tráfego similar à Internet e a transmissão de dados controladas pelo OpenFlow. O laboratório foi implementado com quatro roteadores, um gerador e analisador de tráfego.

Para a análise dos dados, foi utilizado o módulo de captura de pacotes do gerador de tráfego, conectados diretamente às interfaces dos roteadores de acesso.

No experimento foi possível encaminhar o tráfego prioritário entre o Sistema Autônomo origem e destino sem a alteração atributos de roteamento e de parâmetros do datagrama como, marcações de DSCP e ToS.

Durante os resultados observou-se que não houve alteração significativa dos tempos de latência e variação da latência entre os modelos avaliados neste trabalho para todos os testes realizados.

Para tráfegos com ocupação total do enlace de comunicação, o encaminhamento OpenFlow mostrou ser mais linear do que o encaminhamento tradicional apresentados na Figura 30, Figura 31 e Figura 32.

Tanto para funcionalidade quanto para desempenho, o encaminhamento OpenFlow pode ser utilizado como alternativa ao método tradicional para o envio de tráfego de dados.

A análise dos parâmetros, latência, variação da latência e perda de pacotes com diferentes ocupações do canal de transmissão, tamanhos de pacotes e tipos de tráfegos fim a fim em sentido único comprovou a viabilidade do uso do OpenFlow para esta finalidade.

A troca de tráfego prioritário entre os Sistemas Autônomos pode ser controlada através do OpenFlow, possibilitando uma alternativa aos pontos de trocas de tráfegos

atuais que não tenham priorização de tráfego e sim possibilidade de uso de caminhos alternativos no roteamento entre os provedores.

O experimento permitiu a documentação da configuração dos elementos de rede do OpenFlow disponível no Apêndice que podem ser contribuídas para novos testes e implementações.

O OpenFlow é recente, e embora não tenha um suporte oficial, existem muitas informações e listas de discussões na Internet para suporte, porém este item deve ser avaliado em uma escolha assim como os itens observados no item Pontos de Atenção/ Dificuldades deste trabalho.

8.1 Conclusão

O resultado deste trabalho mostrou viável e indicado como alternativa para uma Internet especializada destinada a aplicações sensíveis a atraso o uso do OpenFlow para o controle e priorização do trafego entre provedores de serviços. Esta alternativa se diferencia do modelo existente de qualidade de serviço atual que não utiliza priorização entre distintos Sistemas Autônomos, conforme tratado na revisão de literatura no Capítulo 2.

8.2 Contribuições

Com o maior conhecimento do OpenFlow aplicado em transmissões de dados nas redes de provedores de serviços de Internet para a troca de tráfego prioritário em uma rede não especializada como a Internet, novas oportunidades de estudo e aplicação do OpenFlow serão desenvolvidas. Será também uma alternativa para as aplicações atuais que demandam redes MPLS com o uso de engenharia de tráfego e QoS, o que inviabiliza a massificação destes serviços devido à complexidade e alterações necessárias nas configurações de dispositivos de rede e em sua arquitetura.

8.3 Pontos de atenção

Devido ao OpenFlow ser uma tecnologia recente, até a data da conclusão deste trabalho algumas limitações e dificuldades foram encontradas:

 Dificuldade de encontrar controladores OpenFlow com suporte a versão 1.2 e 1.3;  Dificuldade de encontrar equipamentos com suporte ao OpenFlow e também com

as versões de OpenFlow superiores à 1.1;

 Muitas implementações em fase de desenvolvimento e pesquisa;

 Latência para o primeiro fluxo que é recebido pelo roteador quando este não esteja na tabela de fluxo, uma vez que o controlador deverá ser consultado caso esta seja a configuração selecionada, devido à latência de comunicação entre o roteador e o controlador;

 Funcionalidades ainda limitadas devido ao processo de adoção e amadurecimento do OpenFlow;

 Mais difundido em instituições de ensino e utilização acadêmica;

 Dificuldade em encontrar hardwares de teste para realização dos experimentos.

8.4 Trabalhos futuros

Devido ao OpenFlow ser um novo padrão que define um novo conceito de funcionamento para as redes de computadores e embora não tenham sido explorados nesta dissertação, possíveis campos de atuação e pesquisas podem ser abordados:

 Uso do OpenFlow em aplicações de segurança para funções de mitigações de ataques, sendo uma alternativa do padrão usado atualmente com o protocolo BGP;  Uso em aplicações de cleaning pipe para mitigações e limpeza de tráfego

malicioso;

 Alternativa de laboratório de ensaio de novas tecnologias para provedores de serviço Internet, usando a rede de produção para realizar experimentos

 Estudo de contingência para controlador OpenFlow;

 Uso de mais de um controlador OpenFlow para avaliar balanceamento de carga e contingência.

REFERÊNCIAS

AAMIR, M. E. et al. Performance Analysis of DiffServ based Quality of Service in a Multimedia Wired Network and VPN effect using OPNET, 2012. Disponível em: http://arxiv.org/pdf/1206.5469v1.pdf. Acesso em: 30 jun. 2012.

BERTRAND, G. et al. – Inter-Domain Path Computation with Multiple Constraints, 2008. Disponível em: http://hal.inria.fr/docs/00/31/94/01/PDF/PI-1902.pdf. Acesso em: 11 mai. 2012.

BHANIRAMKA, P.; SUN, W.; JAIN, R. Quality of Service using Traffic Engineering over MPLS: An Analysis, 2010. Disponível em:

http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.12.7142&rep=rep1&type=p df. Acesso em 01 mai. 2012.

________. Quality of Service using Traffic Engineering over MPLS: An Analysis, 2010. Disponível em:

http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.12.7142&rep=rep1&type=p df. Acesso em 01 jul. 2012.

BIANCO, A. E. et al. OpenFlow Switching: Data Plane Performance, 2010. Disponível em: http://ieeexplore.ieee.org/xpl/freeabs_all.jsp?arnumber=5502016. Acesso em: 09 set. 2011.

BRADNER, S.; MCQUAID J. RFC 2544 – Benchmarking Methodology for Network Interconnect Devices, 1999. Disponível em:

CASADO, M. et al. Ethane: Taking Control of the Enterprise, 2007. Disponível em:

http://www.cs.utexas.edu/users/yzhang/teaching/cs386m-f8/Readings/fp298-casado.pdf. Acesso em: 22 jul. 2012.

COUTO, R. S. OpenFlow, 2010. Disponível em:

http://www.gta.ufrj.br/ensino/eel879/trabalhos_vf_2010_2/rodrigo/index.html=. Acesso em: 10 set. 2011.

CURTIS, A. R. et al. DevoFlow: Scaling Flow Management for High-Performance Networks, 2010. Disponível em: http://dl.acm.org/citation.cfm?id=2018466. Acesso em: 10 jan. 2012.

DORIA, A. Ed. et al. RFC 5810 – Forwarding and Control Element Separation (ForCES) Protocol Specification, 2010. Disponível em:

http://datatracker.ietf.org/doc/rfc5810/. Acesso em 24 ago. 2012.

GELEJI, G.; PERROS, H. G. – QoS Routing Across Multiple Autonomous Systems Using the Path Computation Element Architecture, 2010. Disponível em: http://www4.ncsu.edu/~hp/Geza2.pdf. Acesso em 03 mai. 2012.

GETSCHKO, D. PTT – Ponto de Troca de Tráfego na Internet, 2002. Disponível em: http://penta2.ufrgs.br/comdex2002/ppt/PTTDemi/sld001.htm. Acesso em 10 out. 2012.

GUDLA, V. Experimental demonstration of OpenFlow control of packet and circuit switches, 2010. Disponível em:

http://ieeexplore.ieee.org/xpl/freeabs_all.jsp?tp=&arnumber=5465411. Acesso em 12 set. 2011.

HARES, S. Analysis of Comparisons between OpenFlow and ForCES, 2012. Disponível em: http://tools.ietf.org/html/draft-hares-forces-vs-OpenFlow-00#page-4. Acesso em 01 out. 2012.

HEINANEN, J. E. et al. RFC 2597 – Assured Forwarding PHB Group, 1999. Disponível em: http://www.ietf.org/rfc/rfc2597.txt. Acesso em 10 jun. 2012.

HIRATA, L. A. Análise do IPSec no Impacto de desempenho das transmissões de dados multimídia. São Paulo, 2012. 69f. Dissertação (Mestrado Profissional em Engenharia de Computação – Redes de Computadores) – Coordenadoria de Ensino Tecnológico, Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, 2012.

ISHIMORI, A. et al. QoSFlow: Gerenciamento Automático da Qualidade de Serviço em Infraestruturas de Experimentação Baseadas em Framework OpenFlow, 2012. Disponível em:

http://gercom.ufpa.br/index.php?option=com_content&view=article&id=142&Itemid=1 4&lang=pt. Acesso em 17 ago. 2012.

JACOBSON, V.; NICHOLS, K.; PODURI, K. RFC 2598 – An Expedited Forwarding PHB, 1999. Disponível em: http://www.ietf.org/rfc/rfc2598.txt. Acesso em: 10 jun. 2012.

JAIN, R. Art of Computer Systems Performance Analysis Techniques For Experimental Design Measurements Simulation and Modeling. Wiley Computer Publishing, 1991.

KAPPLER, C.; FU, X.; SCHLOER, B. A QoS Model for Signaling IntServ Controlled-Load Service with NSIS, 2012. Disponível em:

http://tools.ietf.org/html/draft-kappler-nsis-qosmodel-controlledload-14. Acesso em: 25 jun. 2012.

KELLER, E. et al. Accountability in hosted virtual networks, 2009. Disponível em: http://www.cs.princeton.edu/~jrex/papers/visa09.pdf. Acesso em: 01 jul. 2012.

KOBAYASHI, M. Create OpenFlow network with multiple PCs/NetFPGAs, 2011. Disponível em:

http://yuba.stanford.edu/foswiki/bin/view/OpenFlow/Deployment/HOWTO/LabSetup. Acesso em: 12 set. 2011.

KOPONEN, T. et al. Onix: a distributed control platform for large-scale production networks, 2010. Disponível em:

http://dl.acm.org/citation.cfm?id=1924968. Acesso em 10 mar. 2012.

LI, M. E. et al. End-to-end QoS Framework for Heterogeneoµs Wired-cum-Wireless Networks, 2010. Disponível em:

http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.105.5017&rep=rep1&type= pdf. Acesso em: 28 jun. 2012.

MARTINS, A. G. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3a ed.: São Paulo – SP: Ed. Atlas, 2002.

MEYER, M.; VASSEUR, JP. RFC 5712 – MPLS Traffic Engineering Soft

Preemption, 2010. Disponível em: http://tools.ietf.org/html/rfc5712. Acesso em: 25 jun. 2012.

MCKEOWN, N. et al. OpenFlow: Enabling Innovation in Campµs Networks, 2008. Disponível em: http://www.OpenFlow.org/documents/OpenFlow-wp-latest.pdf. Acesso em: 10 set. 2011.

________. OpenFlow Switch Specification Version 1.1, 2011. Disponível em: http://www.OpenFlow.org/documents/OpenFlow-spec-v1.1.0.pdf. Acesso em: 02 jul. 2012.

NAOUS, J. et al. Implementing an OpenFlow Switch on the NetFPGA platform, 2008. Disponível em: http://dl.acm.org/citation.cfm?id=1477942.1477944. Acesso em: 11 set. 2011.

OPEN NETWORKING FOUNDATION – OFN – Open Networking Foundation Formed to Speed Network Innovation, 2011. Disponível em:

http://www.OpenFlow.org/wp/2011/03/open-networking-foundation-formed-to-speed-network-innovation/#more-2123. Acesso em 15 set. 2012.

________. OpenFlow Switch Specification Version 1.3.1, 2012a. Disponível em: https://www.opennetworking.org/images/stories/downloads/specification/OpenFlow-spec-v1.3.1.pdf. Acesso em 15 set. 2012.

________. Software-Defined Networking: The New Norm for Networks, 2012b. Disponível em: https://www.opennetworking.org/images/stories/downloads/white-papers/wp-sdn-newnorm.pdf. Acesso em: 15 set. 2012.

PONTO DE TROCA DE TRÁFEGO – PTT, 2012. Disponível em: http://www.ptt.br. Acesso em: 01 nov. 2012.

POSTEL, J. RFC 789 – The TCP Maximum Segment Size and Related Topics, 1983. Disponível em: http://www.ietf.org/rfc/rfc789.txt. Acesso em: 14 mai. 2013.

WHITE, R.; AKYOL, B. RFC 5123 – Considerations in Validating the Path in BGP, 2008. Disponível em: http://tools.ietf.org/html/rfc5123. Acesso em: 09 out. 2012 .

REIS, E. A. PTTMetro – Interconexão de Sistemas Autônomos (AS), 2010. Disponível em: ptt.br/doc/nic.br-ceptro.br-pttmetro.apresentacao.pdf. Acesso em 11 nov. 2012.

SALVADORI, E. et al. Demonstrating Generalized Virtual Topologies in an OpenFlow Network, 2011. Disponível em:

http://conferences.sigcomm.org/sigcomm/2011/papers/sigcomm/p458.pdf. Acesso em 09 set. 2011.

SAMAK, T. QoS policy verification for DiffServ networks, 2011. Disponível em: http://ieeexplore.ieee.org/xpl/login.jsp?tp=&arnumber=5931332&url=http%3A%2F%2 Fieeexplore.ieee.org%2Fxpls%2Fabs_all.jsp%3Farnumber%3D5931332. Acesso em: 02 jul. 2012.

SHARAFAT, A. R. et al. MPLS-TE and MPLS VPNs with OpenFlow, 2011.

Disponível em: http://yuba.stanford.edu/~nickm/papers/mpls-sigcomm11.pdf. Acesso em: 07 jul. 2012.

SHIMONISHI, H.; ISHII, S. Virtualized network infrastructure using OpenFlow, 2010. Disponível em:

http://ieeexplore.ieee.org/Xplore/login.jsp?url=http%3A%2F%2Fieeexplore.ieee.org% 2Fiel5%2F5481949%2F5486527%2F05486599.pdf%3Farnumber%3D5486599&aut hDecision=-203. Acesso em: 08 set. 2011.

SOUSA, A. J. B. IXnet – Proposta de Internet alternativa para aplicações sensíveis a atraso, 2009. Disponível em:

http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3142/tde-02092009-153606/publico/Tese_AJBS_310709.pdf. Acesso em: 13 jan. 2012.

YAP, K. et al. Blueprint for Introducing Innovation into Wireless Mobile Networks, 2010. Disponível em: http://yuba.stanford.edu/~nickm/papers/visa10-kk.pdf. Acesso em: 15 jun. 2012.

APÊNDICE A – VERSÕES DO OPENFLOW

Documentos relacionados