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Considerações finais

No documento Estudos da Língua Brasileira de Sinais II (páginas 40-45)

ID-Sinais para organização e busca de dados em corpus de Libras

6. Considerações finais

A disponibilização da primeira etapa do Identificador de Sinais contri- buiu para reformulações que revelam aprofundamento da reflexão sobre os fenômenos linguísticos da Libras. A partir da apresentação do sistema em workshop sobre o tema7 e pela incorporação de sua consulta à rotina dos transcritores do NALS observa-se por parte dos próprios transcritores um refinamento na apresentação e inclusão dos IDs.

As principais mudanças implementadas em paralelo com a expansão do sistema são:

6 Teste de usabilidade disponível em <https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dDlMZUg wVWtOWFJNa09VdUQxUXoxMkE6MQ#gid=0>.

7 Workshop sobre identificadores de sinais – Brasil e Estados Unidos, realizado em 28/07/2012. Com a participação de Diane Lillo-Martin, Julia Fanghella, Pedro Pascual-Villanueva – University of Connecticut; Gaurav Mathur, Gene Mirus, Julie Hochgesang, Carla Morris – Gallaudet University; Leah Geer – Texas University; Jonathan Henner – Boston University; e Ronice Müller de Quadros – Universidade Federal de Santa Catarina.

• Ao invés de indexação por números quando tem mais de uma ocor- rência substituição por locação do sinal, por exemplo, sinal FÁCIL: FÁCILtesta, FÁCILqueixo.

• Inclusão de informação sobre a variante do sinal associada ao estado em que o sinal é mais usado, por exemplo, sinal MÃE: MÃE-PR, MÃE-RS.

• Sobre a classificação definida para glosas de sinais que podem per- tencer a mais de uma categoria: COMER ou COMIDA adota-se a utilização de uma única ID elegendo sempre que possível a forma verbal, nesse caso, COMER. A trilha de tradução é que diferenciará os sentidos, pois a glosa não tem o compromisso com o contexto, mas com a forma do sinal.

Outras informações sobre o sistema podem ser obtidas na seção per- guntas frequentes, disponível na página do ID <http://www.idsinais.libras. ufsc.br/perguntasfrequentes.php>.

A definição das glosas dos sinais e sua escrita em sinais estão disponí- veis no Identificador de Sinais a todos os pesquisadores interessados. Assim, todos aqueles que estiverem transcrevendo sinais no Brasil poderão utilizar a mesma glosa associada a determinado sinal tornando as transcrições consis- tentes e padronizadas. Isso potencializa o uso e a reutilização de dados já des- critos, no espírito do banco de dados CHILDES (MacWhinney, 2000), mas especificamente com a língua brasileira de sinais. Pesquisadores começam a acessar dados já descritos por outros pesquisadores compreendendo o que foi utilizado como parâmetro, ao recorrer ao ID de sinais.

Além disso, iniciou-se recentemente na UFSC a coleta de dados para o projeto Corpus de Libras, um projeto que objetiva fazer a documentação da língua brasileira de sinais, por meio de dados coletados em várias capitais bra- sileiras. O ID, então, estará sendo amplamente usado como ferramenta para o fim de garantir mais consistência nas anotações dos dados da libras.

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Investigando a aquisição da categoria aspectual

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