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Considerando o foco de nossa pesquisa – o trabalho em equipe realizado em contexto comunitário por intérpretes de Libras - de acordo com as entrevistas concedidas, as intérpretes em questão não tiveram nenhum contato com trabalho em equipe além das atividades disciplinares que o curso de graduação proporcionava.

A partir das experiências trazidas nas entrevistas com as intérpretes de Libras participantes, foi possível perceber a grande importância do trabalho em equipe durante as interpretações e que esse trabalho não envolve apenas o momento da atuação e sim também o momento que antecede a atuação, pois, prepara cada um dos profissionais para o que pode ser encontrado depois. Para se tornar um bom profissional, demanda do indivíduo um certo período de estudos, que não existe apenas para aprender sobre como lidar com o poderá ser enfrentado, é algo que permanece acompanhando o profissional durante toda sua carreira.

Com as entrevistas, pudemos perceber que os feedbacks realizados pela equipe também é importante para que esse trabalho continue acontecendo e, além disso, é essencial que o grupo de intérpretes procure se reunir com freqüência, pois, também notamos que esse é um momento importante de trocas entre as intérpretes, mas também acabava sendo um momento de refúgio, onde as mesmas podiam se abrir e solicitar conselhos de suas colegas para que fosse possível colocar em prática nas suas interpretações.

Com o decorrer da formação para profissionais intérpretes, aprendemos que não é possível que um intérprete trabalhe sozinho e com a prática tivemos certeza da importância desse apoio e trabalho compartilhado. Que consigamos levar essas experiências a outros ambientes de atuação comunitária e também mostrar como faz diferença existir o trabalho em equipe durante a interpretação entre Libras e Língua Portuguesa.

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