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Considerações Finais – Uma Opinião Pessoal

5. Projeto de Investigação Dropout no Desporto em Idade Escolar

5.7. Considerações Finais – Uma Opinião Pessoal

O fenómeno do “Dropout” é algo que tem de continuar a ser seguido e estudado pelas entidades ligadas ao desporto, como forma de serem criadas estratégias para que os números do abandono da prática desportiva por parte dos jovens ainda em idade escolar possam vir a diminuir.

Penso que no futuro os profissionais da Educação Física e do Desporto devem tomar várias medidas, e digo isto porque após a análise dos dados recolhidos com este estudo foi possível tirar algumas ilações que considerei importantes e que podem ser aspetos chave para que se possa dar a volta a este problema.

Em primeiro lugar existe a necessidade de que haja uma campanha de sensibilização junto dos clubes desportivos, pais e ainda as próprias escolas para que tomem conhecimento do crescimento deste problema.

Como tal, considero as escolas como o melhor intermediário para que seja possível transmitir esta mensagem aos pais sobre este assunto e ainda dos benefícios do desporto e da atividade física de forma a poder ser dado um maior apoio aos jovens, não os deixando abandonar o desporto e ajudando-os a fazer uma boa gestão do tempo para que não haja conflitos com outras atividades.

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Considero que esta é uma das principais razões identificadas, dado que existe pouco apoio dos pais por pretenderem que os jovens se dediquem somente aos estudos, e ainda uma má gestão do tempo por parte destes de forma a conciliar todas as suas tarefas.

Outra das principais razões que identifiquei tem haver com o papel determinante que os treinadores têm perante os atletas e é necessário que estes estejam consciencializados deste aspeto para que possam ter outro tipo de postura, tendo em consideração as idades em que o fenómeno do abandono está mais presente de modo a não deixar que os jovens percam o apoio e se sintam desmotivados devido ao treinador. Os treinadores e os pais têm ambos um papel crucial e são fundamentais para diminuir o número de jovens que abandonam precocemente a prática desportiva.

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Capítulo VI

6. Conclusão Final

Dado por concluído o meu EP, olho para trás e vejo como tudo passou tão rápido sem que me tenha apercebido, como se costuma dizer o que é bom acaba depressa.

Esta foi a principal experiência por mim vivenciada ao longo do meu percurso académico, pelo facto de estar muito próxima daquilo que é o contexto real da minha futura profissão, pela qual lutei e me esforcei para alcançar os objetivos por mim traçados.

Cada momento foi uma nova aprendizagem ao longo desta minha evolução. Houve momentos muito bons, mas nem tudo corria da forma que eu estava à espera… Porém, através da identificação dos aspetos menos bons era possível tirar inúmeras ilações de forma a que pudesse existir uma superação para melhorar cada vez mais, e para tal tinha que continuar a trabalhar e nunca desistir.

Nesta profissão existe um longo caminho a percorrer, pois ao longo dos anos e através da aquisição de novas experiências é que é possível aperfeiçoar e desenvolver as capacidades enquanto professor.

Para mim este EP foi o transitar da teoria para a prática, testando todos os meus conhecimentos e mostrando as minhas capacidades.

Como é sabido, o meu núcleo de estágio foi apenas constituído por mim e pelo professor cooperante e, contrariamente ao esperado, isso foi em meu entender uma enorme vantagem, pois aprendi imenso através de todos os nossos diálogos e partilha de experiências. Para além do PC, foi também essencial o contributo da professora orientadora da faculdade, ambos me acompanharam durante o meu percurso e com as suas ajudas tornei-me mais autónomo, mais motivado e empenhado ao longo de todo o ano letivo e sempre que precisava eles estavam disponíveis para esclarecer as minhas dúvidas.

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Considero que fui adquirindo diversos conhecimentos durante esta experiência, dos quais ainda não tinha uma ideia concreta, como por exemplo a organização e funcionamento da escola, o trabalho dos professores para além da lecionação das aulas junto da comunidade educativa, desde as reuniões de departamento às funções e papéis como diretor de turma e qual o perfil para exercer esse cargo. Aos poucos fui “abrindo os meus horizontes” em relação a outros contextos da comunidade escolar e não apenas aos que estavam relacionados com a prática pedagógica.

Com a elaboração do presente relatório de estágio foi possível identificar quais foram as experiências que considerei mais enriquecedoras ao longo dos três períodos letivos, e o balanço que faço no geral é muito positivo. Tive a oportunidade de lecionar em dois contextos de ensino diferentes, básico e secundário, o que fez com que identificasse inúmeras diferenças ao nível da lecionação.

Desde cedo que procurei implementar algumas das características do MED tornando as minhas aulas diferentes e motivantes para os alunos, sem nunca colocar de parte o MID, que também me foi útil dada a minha inexperiência enquanto professor estagiário, o que fez com que muitas das vezes utilizasse características de ambos os modelos de forma equilibrada, criando assim um modelo “hibrido”.

Desenvolvi uma investigação onde obtive resultados bastante interessantes, relacionados com o abandono do desporto por parte dos jovens ainda em idade escolar, e ainda que este seja um tema “pouco explorado”, penso que tem potencial para ser trabalhado por mais profissionais da área de educação física, analisando e tomando medidas para que este problema possa diminuir.

Melhorei imenso a minha capacidade crítica e de reflexão relativamente às minhas prestações, identificando os meus erros e sabendo lidar com eles, levando-me assim a conseguir superar as minhas dificuldades.

Para terminar, devo dizer que foi um enorme prazer estar diretamente ligado ao ensino, uma sensação que já conhecia, mas em contextos diferentes, e que queria aprofundar de outra forma para ter a certeza de dar continuidade à

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mesma no futuro enquanto docente, e ao ir verificando que o meu trabalho apresentava bons resultados, cada vez mais ganhava forças para seguir em frente com esta profissão.

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Capítulo VII

7. Referências Bibliográficas

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Capítulo VIII

8. Anexos

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