Esse trabalho tratou de um tema recorrente nas Relações Internacionais: a influência econômica nas situações de paz e guerra entre as nações. Mais precisamente, sobre a importância do livre comércio para a promoção da paz entre indivíduos e países, através da criação das relações amistosas e dependentes.
Na segunda seção, faz-se uma revisão do liberalismo clássico e a conclusão a que se chegou é que nele estão as raízes para o livre comércio internacional. Além disso, é no pensamento liberal que se encontram os ideais necessários para obtenção da paz em todas as esferas da sociedade. Neste capítulo tem-se a ideia central de que o livre comércio é uma situação natural. Para outros pensadores, a agressividade e o espírito de conquista são inerentes ao homem, daí a necessidade de um Estado coercitivo. Sem a cooperação, dificilmente, este homem obteria todas as coisas das quais precisa.
Na terceira seção, apresenta-se duas teorias cujas origens estão no pensamento liberal. A Teoria da Paz Democrática se refere à democracia como elemento fundamental para alcançar a paz entre as nações. Essa teoria, no entanto, sofre com questões básicas, por exemplo, como se daria a configuração das relações entre nações democráticas e não democráticas. Torna-se clara, portanto, a crítica de que essa teoria tem problemas em seu escopo que sugerem contestações. Por sua vez, a Teoria da Paz Capitalista, coloca o livre comércio como a fonte de paz entre as nações. Essa teoria resolve a questão democrática, pois argumenta que o livre comércio entre as nações não se preocupa com o sistema político adotado pelo país vizinho e, sim, com a possibilidade de obter bens e serviços que não pode produzir sozinho.
Na última seção, cita-se uma evidência que robustece a paz gerada pelo livre comércio, através de um contrafactual consubstanciado na Segunda Guerra Mundial. Alguns teóricos sugeriram que este conflito foi causado pela ausência de livre comércio entre as nações. Sob a ótica da Escola Austríaca, percebe-se que o livre comércio esteve ausente nos anos anteriores à guerra, mas o fato gerador foi o abandono das ideias liberais como um todo, não apenas do livre mercado.
Conclui-se desse estudo, que o livre comércio internacional é um elemento de promoção da paz porque cria laços fortes de cooperação entre países e indivíduos. Entretanto, ele não é suficiente para estabelecer a paz, sendo, assim, apenas um dos seus condicionantes.
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