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O presente estudo das internações por condições sensíveis à atenção básica mostrou-se de fato importante, suscitando que o indicador é uma ferramenta capaz de auxiliar os gestores no processo de planejamento e monitoramento de ações voltadas para a redução das ICSAB, sendo esta fundamental no âmbito do SUS.

Os resultados atribuídos ao estudo mostraram de acordo com outras evidências científicas que o indicador de internações por condições sensíveis à atenção básica é capaz de mensurar a efetividade dos sistemas de saúde de forma a avaliar o acesso, a cobertura, a qualidade e o desempenho da atenção básica e ajudar promover melhor adequação entre gestão, uso de recursos e qualidade do atendimento.

Concluindo, é importante ressaltar que a utilização do indicador de internações por condições sensíveis à atenção básica (ICSAB) é uma valiosa ferramenta capaz de refletir o desempenho dos serviços de saúde, portanto se os princípios fundamentais da Atenção Básica forem de fato avaliados e aperfeiçoados de acordo com as suas demandas e realidades haverá um menor risco de internar por CSAB, e através dessa avaliação também será possível auxiliar os gestores na tomada de decisão para implantação ou melhorias de programa e serviços de saúde.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A - DETALHAMENTO DAS VARIÁVEIS

1. Taxa de Internação por CSAB

 Definição: Número de casos de internações por condições sensíveis à atenção básica na população residente em determinado espaço geográfico, nos anos considerados.

 Interpretação: Revela o resultado das ações e serviços de promoção da saúde, prevenção de riscos, e do diagnóstico e tratamento precoces.

 Método de cálculo: N° de internações por causas sensíveis à atenção básica, em determinado local e período / Total de internações por todas as causas, em determinado local e período, multiplicado por 1.000.

 Fonte de informação: SIH - SUS (Sistema de Informação Hospitalar)e IBGE (censo e estimativas populacionais)

2. Porcentagem de Internação por CSAB

 Definição: Número de casos de internações por condições sensíveis à atenção básica na população residente em determinado local ou região, nos anos considerados.

 Interpretação: Monitorar as internações por causas sensíveis à atenção básica e apoiar ações para melhoria da resolutividade da atenção básica de modo a prevenir essas hospitalizações;

 Método de cálculo: Número de ICSAB de residentes no local e período/ Total de internações por local de residência e ano de internação x 100;

 Fonte de informação: SIH - SUS (Sistema de Informação Hospitalar)

3. Ano

 Definição: Ano da Internação

 Categoria: 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015.  Fonte de informação: SIH - SUS (Sistema de Informação Hospitalar)

4. Meses

 Definição: Mês da Internação

 Categoria: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro.

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5. Sexo

 Definição: Sexo do paciente  Categoria: masculino e feminino

 Fonte de informação: SIH - SUS (Sistema de Informação Hospitalar)

6. Faixa etária

 Definição: Ano da Internação

 Categoria: Crianças (< 1 ano; 10 a 19 anos); Adulto Jovem (20 a 39 anos); Adulto (40 a 59 anos); Idoso (60 anos e mais).

 Fonte de informação: SIH - SUS (Sistema de Informação Hospitalar)

7. Causa

 Definição: Razão pela qual acontecem as internações por condições sensíveis à atenção básica, categorizadas segundo a Classificação Internacional das Doenças – 10ª revisão (CID 10).

 Categoria: Lista Brasileira de Condições Sensíveis à Atenção Básica (ANEXO 2);

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ANEXO A - LISTA BRASILEIRA DE CONDIÇÕES SENSÍVEIS À ATENÇÃO BÁSICA

Diagnóstico CID 10 Códigos Selecionados

1. Doenças preveníveis por imunização e condições sensíveis

A37; A36; A33 a A35; B26; B06; B05; A95; B16; G00.0; A17.0 A19; A15.0 a A15.3; A16.0 a A16.2, A15.4 a A15.9, A16.3 a A16.9, A17.1 a A17.9; A18; I00

a I02; A51 a A53; B50 a B54 2. Gastroenterites infecciosas e

complicações

E86; A00 a A09

3. Anemia D50

4. Deficiências nutricionais E40 a E46; E50 a E64 5. Infecções de ouvido, nariz e garganta H66; J00; J01; J02; J03; J06; J31

6. Pneumonias bacterianas J13; J14; J15.3, J15.4; J15.8, J15.9; J18.1

7. Asma J45, J46

8. Doenças pulmonares J20, J21; J40; J41; J42; J43; J47; J44;

9. Hipertensão I10; I11

10. Angina I20

11. Insuficiência cardíaca I50; J81

12. Doenças cerebrovasculares I63 a I67; I69, G45 a G46 13. Diabetes melitus E10.0, E10.1, E11.0, E11.1, E12.0,

E12.1;E13.0, E13.1; E14.0, E14.1; E10.2 a E10.8, E11.2 a E11.8; E12.2 a E12.8;E13.2 a E13.8; E14.2 a E14.8;

E10.9, E11.9; E12.9, E13.9; E14.9

14. Epilepsias G40, G41

15. Infecção no rim e trato urinário N10; N11; N12; N30; N34; N39.0 16. Infecção da pele e tecido subcutâneo A46; L01; L02; L03; L04; L08

17. Doença inflamatória órgãos pélvicos femininos

N70; N71; N72; N73; N75; N76 18. Úlcera gastrointestinal K25 a K28, K92.0, K92.1, K92.2 19. Doenças relacionadas ao pré-natal e

parto

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