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“A literatura é um exercício de pensamento; a leitura, uma experimentação dos possíveis.”

(COMPAGNON, 2009, p.66)

Durante um tempo construiu-se a ideia de que cabia à literatura enaltecer a beleza, a vitória, o que há de belo, romântico, harmonioso e gracioso. Contudo, quando pensamos numa literatura inspirada na realidade social, percebemos que, dessa forma, se acaba omitindo, negando a dinâmica verdadeira das relações sociais, nas quais a maioria dos sujeitos é subalterna e seus pontos de vista silenciados. Partindo dessa reflexão, surgem narrativas que contestam essa forma de fazer literatura, introduzindo sujeitos e discursos socialmente “invisíveis” até então. É o exemplo de Os Escravos (1863-1870) de Castro Alves e Contos

Negreiros (2005) de Marcelino Freire, que exploram as situações de violência, formas de

relacionamento e valores dos grupos socialmente excluídos.

Nesta pesquisa, analisamos a “transfiguração estética do real” nas obras supracitadas. Observamos que Castro Alves e Marcelino Freire, apesar da distância temporal, escreveram seus textos partindo de uma mesma realidade histórica e social no Brasil: a marginalização da população negra. Vale ressaltar que só destacamos esses fatores sociais porque eles funcionam como “formadores de estrutura” nas referidas obras. Sendo assim, reconhecemos, pois que “a obra poética sempre foi a formalização de um conteúdo, que só existe e alcança o tipo de efeito que lhe é próprio naquela forma” (COMPAGNON, 2009, p.88). A vontade de mobilização social, o engajamento contra o racismo, o preconceito e a opressão criaram, no caso dos referidos escritores, textos intensos adequados para a performance, que, por sua, vez pode contribuir para ocasionar grandes perturbações emotivas no ouvinte. Para amplificar a mensagem que segue impressa, Castro Alves e Marcelino Freire através da performance atingem uma unidade entre a voz, o corpo e o sentimento expresso em seus textos. Em suas apresentações “percebemos a materialidade, o peso das palavras, sua estrutura acústica e as reações que elas provocam em nossos centros nervosos” (ZUMTHOR, 1993, p. 87). Temos, portanto, não só uma voz que fala, mas uma expressão corporal e então a “leitura torna-se escuta, apreensão cega dessa transfiguração, enquanto se forma o prazer, sem igual”224

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A tradição do texto voltado para a leitura em voz alta, com o tema da negritude, teve como grande representante no século XIX Castro Alves e permanece neste século nas vozes

de Miró e Marcelino Freire, para citar apenas dois exemplos. Naquele contexto, o poeta dos escravos declamava nos teatros e praças públicas para convencer a sociedade de que era preciso abolir a escravidão, aqui o contista pernambucano faz suas performances - tendo como respaldo sua ampla experiência no teatro - em saraus, congressos e festivais de literatura, com o objetivo de chamar a atenção para a experiência daqueles que são minorias políticas. Para tanto, os autores tentaram transmitir na escrita a pulsação, a dureza, as contradições e perturbações, o sentimento mais urgente da vida. Por isso, ao ler estes textos, o leitor tem a sensação de que uma voz está gritando, de que há uma energia pulsando nas letras.

O mérito de Castro Alves está em escrever, na sua condição social, sobre negros escravizados, numa época de profundo descaso quanto à humanidade destes. Ele, nas palavras de Antonio Candido (1975, p.277)

se tornou poeta por excelência dos escravos ao lhe dar, não só um brado de revolta, mas uma atmosfera de dignidade lírica, em que os seus sentimentos podiam encontrar amparo; ao garantir à sua dor, ao seu amor, a categoria reservada aos do branco, ou índio literário.

Assim, com sua poesia social, marcada pelo estilo retórico, próprio da terceira fase do Romantismo, este poeta rompeu com muitos preconceitos da época e contribuiu para dar visibilidade à população negra em situação de escravização. Marcelino Freire, por sua vez, constrói falas marginalizadas para representar sujeitos também marginalizados, com o objetivo de denunciar a situação de opressão à qual são submetidas às minorias políticas no Brasil. O autor se encaixa, portanto, naquilo que Candido (2000) denominou de literatura social ou empenhada.

Dessa forma, embora não estejam na condição de sujeitos escravizados, Castro Alves e Marcelino Freire tentam ecoar vozes negras, ainda que através de letras brancas. Isso porque, no caso do poeta oitocentista, que tem herança africana, os seus versos são brancos na poesia, visto que faz parte de uma tradição literária hegemônica, e negros no coração, como cantou Vinícius de Moraes sobre o samba brasileiro; Marcelino Freire, por seu turno, também se insere numa tradição branca e elitizada, apesar de imprimir marcas linguísticas típicas do linguajar do povo marginalizado e de ele próprio ter uma origem pobre, o que o aproxima do Outro por ele representado. Foi pela conjugação da condição social e racial dos autores e da escrita que eles produzem, pois, que esta dissertação se prestou a examinar de que forma eles realizam – por meio de um exercício de ver, sentir e falar, através da performance, como Outro – o que chamamos de vozes negras, letras brancas.

Por fim, apostamos, no caráter libertador de Contos Negreiros e Os escravos, por serem narrativas que provocam uma curiosidade natural sobre a má sorte alheia e a partir da qual podemos redefinir o nosso próprio lugar (FERRAZ, 2009). Acreditamos, que as obras de Marcelino Freire e Castro Alves são leituras imprescindíveis por trazerem um contra-discurso daqueles que são, com frequência, silenciados pelas elites e que, por isso, merecem outros estudos e olhares críticos sobre questões que agora não fomos capazes de perceber ou foram mal compreendidas.

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