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Considerações gerais

No documento LUIS MIGUEL GUTIÉRREZ KLINSKY (páginas 58-62)

CAPITULO 2 – AREIA DE FUNDIÇÃO

2.5. REUTILIZACAO DA AREIA DE FUNDIÇÃO

2.5.1. Considerações gerais

) e, de ma certa maneira, encarecem o processo de produção.

pode se realizada dentro do próprio processo, na chamada “Reciclagem Primária”, ou externamente, quando se tem uma “Reciclagem Secundária” e o

resíduo serve a fundição. Na Figura 2.6 é

apresentado um diagrama de blocos de gerenciamento de práticas correntes para resíduos, segundo Bishop1 (2000 apud SCHALCH et al.; 2002) e adaptado para a indústria de fundição por Coutinho (2004). A Figura 2.7 mostra o ciclo de reutilização de um resíduo industrial na construção de uma estrada.

As indústrias de fundições, que trabalham tanto com metais ferrosos como com metais não ferrosos, têm entre seus objetivos, reduzir e/ou dispor os resíduos sólidos da melhor maneira possível, dado que esses resíduos são bem conhecidos (pó, escórias, areias de descarte

u

O reaproveitamento da areia de fundição se faz necessário para que possa ser evitada a sua disposição inadequada e também porque essa atividade é grande consumidora de insumos naturais. Desta forma se consegue minimizar o uso destes recursos, contribuindo para a diminuição da poluição do meio ambiente, bem como agregando valor a esse resíduo.

A reutilização do resíduo

como matéria prima em outra atividade que não

1 BISHOP, p.l. (2000). Pollution Prevention: Fundamentals and practice. Singapore: McGraw-Hill companies

Inc apud SCHALCH, V. et al. (2002). Prevenção da poluição, analise de ciclo de vida, redução reutilização e reciclagem de resíduos sólidos. Apostila. Departamento de Hidráulica e Saneamento. Escola de Engenharia de São Carlos.

Figura 2.6 – Prática corrente de gerenciamento de resíduos industriais, adaptada para um processo usual de fundição (COUTINHO, 2004).

Figura 2.7 – Diagrama do uso de resíduos na construção de estradas; (http://www.rmrc.unh.edu/Partners/mainMenu.htm).

Na reciclagem primária, há necessidade de recuperar a areia, dependendo do processo de moldagem utilizado, livre de quaisquer substâncias que venham prejudicar a sua utilização na

onfecção de novos moldes. Esta regeneração nem sempre é eficiente e/ou econômica, pois

• regeneração térmica.

700º C (SIEGEL et al; 1982; MARIOTTO, 2000).

rgem, com o objetivo c

dependendo do aglutinante utilizado, torna-se muito caro recuperá-la ou as características desejadas podem ser alteradas.

Para a regeneração de areia de fundição, utilizam-se duas técnicas: • regeneração mecânica;

No processo de regeneração mecânica, que pode ser por via seca ou úmida, a matéria estranha na superfície dos grãos de areia é removida por impacto e/ou fricção dos grãos contra grãos e contra componentes do equipamento. A via úmida é utilizada principalmente para areias de grãos duros e estruturas frágeis, e para processos de areia verde.

No processo de regeneração térmica aquece-se a areia a uma temperatura suficiente para queimar completamente todo material estranho, removendo-o da superfície dos grãos da areia. É utilizado principalmente para remoção de matérias orgânicas que são resíduos típicos de processos que utilizam resinas sintéticas, óleos e melaços. Os fornos empregados trabalham em temperaturas na faixa de 500 a

Para que a areia de fundição possa ser reaproveitada externamente (Reciclagem Secundária), ela deve ser submetida a um pré-tratamento, com a remoção de restos metálicos e/ou torrões existentes. Antes de efetivar a reciclagem secundária em determinado lugar, é necessário fazer um estudo ambiental com a coleta de dados do lugar ainda no estado vi

de com os resultados ambientais após o reaproveitamento do resíduo no lugar e aquilat meio ambiente. Quando o uso de um resíduo é feito de

ma r icamente e/ou sempre que mudar de

fundição ou siderúrgica, pois, dependendo do metal ou liga moldada e do processo de

mo g pode ser alterada, tendo maior ou menor teor

de s ração pode influenciar na classificação do resíduo, de

aco 0004/2004.

• gado fino;

• pavimentação asfáltica armada.

lho foram as seguintes: parar com

ar o efeito da reutilização no

nei a rotineira, ele deve ser reavaliado sistemat

lda em empregado, a composição do resíduo sub tâncias contaminantes e esta alte

rdo com a NBR 1

A areia de fundição residual pode ser utilizada, como reciclagem secundária, principalmente na área de construção civil. Deste ponto de vista, muitas instituições brasileiras e mundiais têm se preocupado pelo desenvolvimento de projetos que possibilitem a reutilização da areia de fundição residual. Alguns desses projetos visam sua reutilização em:

• concreto;

• fabricação de tijolos e tubos;

terraplenagens para a construção de rodovias; • aterros drenantes;

misturas asfálticas, como agre

• agricultura.

McIntyre et al. (1992) substituíram parcialmente o agregado fino do concreto, para confeccionar corpos de prova cilíndricos (com 15% do resíduo) e prismáticos (com adição de 15, 30 e 45% do resíduo), por areia de fundição oriunda do processo de moldagem a verde e compararam com os produzidos com o concreto de controle (100% de agregado fino natural). As conclusões do traba

• a resistência à compressão do concreto cresce com o tempo de cura, mas não tão

ecresce com o aumento da quantidade de areia de fundição, para os corpos de prova prismáticos;

meio ambiente, tem-se pesquisado a ossibilidade de reutilização de resíduos sólidos de várias procedências (indústrias,

rapidamente como acontece com a mistura de controle; • a resistência d

No Centro Superior de Educação Tecnológica UNICAMP em Limeira/SP, Bonin e Rossini (1994) efetuaram um estudo de reaproveitamento de areia de fundição na confecção de tijolos. Nessa pesquisa foram efetuados todos os ensaios ambientais exigidos e foi concluído que os tijolos desenvolvidos apresentaram valores menores de substâncias contaminantes do que os existentes no mercado, originando a denominação “ecossocial”. Foi constatada também a viabilidade de produzir em larga escala blocos, postes, guias, sarjetas, bloquetes e outros artefatos de concreto.

2.5.2. Alguns estudos sobre a reutilização da areia de fundição em construção de

No documento LUIS MIGUEL GUTIÉRREZ KLINSKY (páginas 58-62)

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