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Quando Skinner (1989) afirmou que repetiria muito do que já havia dito sobre educação, quase 30 anos depois de ter começado a escrever sobre o tema, ele explicitou o pouco controle que suas afirmações haviam exercido sobre o comportamento de educadores em geral; a educação continuava com os mesmos problemas, problemas esses que, em sua opinião, poderiam, em sua maioria, ser resolvidos por uma efetiva tecnologia de ensino, embasada nos princípios do comportamento operante.

Encontrar na legislação recente da educação propostas que se aproximam do que Skinner defendeu durante sua vida indica, em parte, que até o momento da produção de tais documentos as propostas de Skinner ainda não estavam amplamente em vigor – do contrário, não precisariam ser propostas; em contrapartida, a compatibilidade encontrada entre as propostas do Compromisso e as de Skinner aponta para uma possível abertura para a atuação de analistas do comportamento.

Em parte, a execução desse tipo de trabalho atende ao apontado por Deitz (1994) que afirmou ser necessário aos analistas do comportamento conhecer os programas educacionais apresentados por agências governamentais e indicar como as tecnologias produzidas pela análise do comportamento podem ser aplicadas para atingir os objetivos apresentados em tais programas.

“(...) Há muito a ser feito, e rapidamente, e nada menos do que um contínuo exercício de uma ciência do comportamento será suficiente.”83

(Skinner, 1978, p.55)

83“(...) There is much to be done and done quickly, and nothing less than the active prosecution of a science of behavior will suffice.” (Skinner, 1978, p. 55)

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Anexo 1. Lista das publicações de Skinner relacionadas à Educação, selecionadas de Andery,